sábado, 14 de dezembro de 2019

CITAÇÕES


A escolha de contratar [porteiros e seguranças] sempre o mais barato tem gerado uma corrida para o fundo em termos de salários e condições laborais, além de ter estimulado formas de concorrência agressiva e desleal entre empresas.
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Muitos dos 40 mil trabalhadores da segurança privada em Portugal passam anos nos mesmos postos de trabalho, mas sempre com contratos precários.
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A situação não é apenas injusta – é ilegal.
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Muitas [empresas] têm chantageado os trabalhadores que, temendo perder o seu emprego, lá assinam um novo contrato.

Basta falar com responsáveis do Ministério Público ou da Polícia Judiciária e logo se percebe como é dramático lidar com um quadro de pessoal diminuto e envelhecido.
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Os “vistos gold” são uma porta aberta para corrupção, mas este pacote apresentado pelo Governo ignora olimpicamente esta realidade.
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Segundo esta organização internacional, o programa de “vistos gold” em Portugal apresenta um sério risco de ser usado por corruptos ou criminosos, potenciando até a corrupção dos próprios Estados.
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Sobre [a Entidade para a Transparência] o Governo é completamente omisso, descurando uma área fundamental no combate à corrupção: os políticos.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Vai-se confirmando que o Governo tende a encarar a governação - no plano económico, nas reformas da administração e dos serviços públicos, nas relações Estado/ privados - prioritariamente como negócios, com cheiro a barganha.
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Os líderes das confederações patronais enunciaram um conjunto de medidas que o Governo já lhes assegurou, na área fiscal e outras, que valem muitas centenas de milhões de euros.
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Os dirigentes sindicais confirmaram as benesses aos patrões inscritas nas propostas do Governo.
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Num exercício para distrair e convencer parvos, a ministra do Trabalho fez de conta que os patrões tinham estado calados e disse que na reunião apenas se identificaram temas e áreas de interesse das partes e conteúdos de caráter geral. Haja honestidade política.
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O Governo oferece compensações aos patrões pelo cumprimento de leis em várias áreas, entrega-lhes erradamente a execução de políticas públicas em áreas diversas

Uma das consequências de uma doença contemporânea da política em democracia nos dias de hoje é o cada vez maior policiamento do pensamento, das imagens, das informações e da linguagem.
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Deixem lá o homem [André Ventura] falar para a sua clientela de indignados profissionais nas redes sociais e, se querem tirar-lhe o terreno à “vergonha”, denunciem antes as “vergonhas” que ele oculta e que o fazem ser o que é.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

As constantes notícias que me provocam angústia e amargura no coração só provam um diagnóstico de doença grave. Agressões verbais e físicas a professores, por parte de alunos e encarregados da, suposta, educação.
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Este Natal, peço punições mais graves para a indisciplina, para bem de todos, mesmo dos infractores, para que, no futuro, se tornem melhores adultos.
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Este Natal, peço menos burocracia para a escola, mais adequação do ensino à realidade e mais respeito pelo processo.
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A imagem que passa de professores com a casa às costas, sem perspectivas futuras, com carreiras congeladas, salários baixos e maltratados, não são factores convidativos para os nossos jovens enveredarem por esta profissão.
Mafalda Lira, “Público” (sem link)

Dentro em breve, e fruto de uma maioria absoluta, o governo conservador de um país conservador de uma monarca conservadora sairá, de uma vez por todas, da União Europeia.
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Fomentando a iniciativa privada, os contratos de trabalho serão reestruturados ou simplesmente eliminados: hoje és preciso, amanhã já não, os direitos, quais direitos, serão uma sombra do passado, quem está doente não trabalha e quem não trabalha não recebe.
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Os apoios sociais passarão à história, os meios de comunicação serão encerrados ou subjugados, o desemprego subirá em flecha e a austeridade, sempre a austeridade, hasteará a sua bandeira a bordo da jangada da Medusa.
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Cada país tem os governantes que merece, e o Reino Unido não é excepção. Eu votei nos trabalhistas. Hei-de morrer com a consciência tranquila. Mas nem por isso o corpo.
João André Costa, “Público” (sem link)

[Os mercados de carbono são] uma versão moderna do comércio de indulgências que existia na Igreja Católica. Mas em vez de pagarem pelos pecados, pagam pela poluição. Com as indulgências, o pecador não deixava de pecar, assim como com os mercados de carbono o poluidor não deixa de poluir. As emissões voltaram a aumentar em 2019.
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Os mercados de carbono falham porque são feitos para especular, obter lucro fácil e autorização para poluir. E falhariam mesmo que o preço de carbono fosse elevado.
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Os mercados de carbono são jogos de aparências mascarados de ecologia barata.
João Garcia Rodrigues, “Público” (sem link)

A crise dos sistemas de representação tem obrigado a que voltemos a estudar a desigualdade social como fator decisivo no comportamento político.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

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