Dois anos após o assassinato de Daphne
Caruana Galicia, a jornalista de investigação maltesa, ainda não está concluído
o processo de investigação sobre o seu assassinato.
(…)
Caruana Galicia investigava crimes de
fraude e evasão fiscal e esteve ligada aos Panama Papers.
(…)
Até hoje, o que sabemos é que ela tinha
razão e que o governo de Malta tem sido um empecilho a uma investigação transparente
e independente.
Em outubro de 2018, numa altura em que o
Governo ensaiava argumentos para refrear as exigências dos cuidadores
[informais] e evitar a aprovação do Estatuto no Parlamento, António Costa
chegou a afirmar num debate quinzenal que “em velocidade cruzeiro são 800
milhões de euros” a concretização do Estatuto. O número não tinha grande
fundamento e era manifestamente exagerado. Mas mesmo que o valor real seja um
terço desses 800 milhões, o contraste com os 30 agora apresentados é grande.
Será que sente vergonha
por Sousa Lara, porta-voz nacional do Chega para questões de segurança e
geopolítica, ter beneficiado durante anos do pagamento de uma subvenção
vitalícia.
(…)
No currículo do porta-voz
do Chega encontra-se ainda o envolvimento num dos maiores escândalos da década
de 90, o “Caso Moderna”, um escândalo de corrupção, gestão danosa e associação
criminosa ligado à Universidade Moderna.
(…)
Contudo, o que deu
dimensão nacional a Sousa Lara (e internacional, diga-se) foi a censura a
Saramago.
(…)
[Peixoto Rodriguer] sindicalista
da polícia, presidente do Sindicato Unificado da PSP, foi aposentado
compulsivamente por ter faltado 83 dias seguidos ao serviço sem apresentar
justificação. Está ainda constituído arguido num processo de fraude onde terá
lesado o Estado em mais de 60 mil euros.
(…)
A PJ suspeita que André
Ventura tenha feito parte de um esquema partidário que criou um saco azul de
financiamento ilegal através da contratação de um assessor fantasma para o seu
gabinete de vereador na Câmara Municipal de Loures.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
A relação que o
primeiro-ministro manteve e quer continuar a manter com os partidos à esquerda
é do tipo “abraço de urso”.
(…)
Para se perceber a mudança
do início da anterior legislatura para a presente, bastaria ler as primeiras
páginas do Programa de Governo em 2015 e compará-las com o atual.
(…)
Simplesmente, um Orçamento
do Estado não serve para marco histórico. Deve, sim, responder às necessidades
sociais e económicas de justiça e desenvolvimento.
(…)
A nossa democracia precisa
mesmo que se afirme uma alternativa, assente na construção de uma maioria
social transformadora do atual quadro político
(…)
O surgimento, no Bloco de
Esquerda, de uma Convergência de militantes de sensibilidades e percursos
diversos, com propostas e ideias próprias como contributo para a pluralidade do
Bloco, é um sinal de vitalidade partidária.
(…)
As diferentes opiniões,
bem como as práticas que as consubstanciam, devem ser debatidas dentro do
partido e, naturalmente, as decisões apenas cabem aos militantes.
Carlos
Matias, “Público” (sem
link)
Uma escola que tenha as
notas internas muito desalinhadas para cima pode indicar que essa escola dá
classificações mais altas que a generalidade das outras escolas, proporcionando
aos seus alunos um benefício na competição por um lugar no ensino superior.
(…)
[Em 2018, um estudo
realizado na Faculdade de Medicina do Porto evidencia que] os alunos que
completaram o ensino secundário em escolas que inflacionaram muito as notas
tiveram pior desempenho na Faculdade de Medicina que os alunos que acabaram o
ensino secundário em escolas que não o fizeram.
(…)
Segundo o mesmo estudo,
considerando apenas as escolas que não inflacionam as notas, os alunos vindos
de escolas públicas continuam a ter na Faculdade de Medicina melhor desempenho
que os que provêm de escolas privadas.
(…)
De facto, este estudo não
suporta a ideia, frequentemente assumida como verdadeira, de que os alunos das
escolas privadas estão melhor preparados para o sucesso no seu futuro
académico.
Cristina da Costa
Santos, “Público” (sem link)
Nem todas as “obediências”
[maçónicas dentro do PSD] são iguais e algumas estiveram nos últimos anos
envolvidas em casos de corrupção e tráfico de influências.
(…)
E fazer parte da
maçonaria, para quem se formou politicamente dentro do PSD nos tempos mais
recentes, nada tem que ver com os maçons sociais-democratas do passado.
(…)
Na evolução recente do
PSD, associada à viragem à direita nos anos da troika, [é possível que tenha sido usada a
maçonaria para efeitos de poder interno]
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
[Zozi] é a quinta mulher
negra a ser coroada Miss Universo, mais é a primeira a reivindicar em voz alta
a sua intenção de mudar mentalidades.
(…)
E sejamos como Zozi, ela
sabe que a beleza do mundo foi construída contra os negros, desde que foram
dominados.
(…)
A maioria de jovens do
mundo — brancos, amarelos, vermelhos, negros — quer criar um outro mundo, um
lugar mais agradável para se viver na diversidade.
Ricardo
Vita, “Público” (sem
link)
No que toca ao amianto, os
portugueses continuam a ser europeus de segunda, nomeadamente os que frequentam
escolas públicas e aí passam grande parte do seu dia-a-dia.
(…)
A ausência da lista
atualizada e completa de edifícios públicos contendo amianto, sobretudo
escolas, que serviria para definir prioridades e depois para calendarizar
intervenções, é já demasiado gritante para passar incólume.
André Julião, “Público” (sem link)
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