sábado, 28 de dezembro de 2019

CITAÇÕES


Somos convidados a adequarmo-nos e até a utilizar tecnologias que estupidificam e nos distanciam da responsabilidade individual e coletiva.
(…)
Querem-nos acantonados nas nossas incapacidades, azedumes e culpabilizações, submissos e indiferentes, distanciados das realidades da vida.
(…)
Apesar de muitos povos nos mostrarem, em múltiplos campos, que estamos hoje mais adultos que em qualquer outro período histórico, em muitos países e regiões somos encaminhados para o caos da irracionalidade, para a harmonia da selva.
(…)
O Estado e suas instituições e órgãos têm grande responsabilidade na garantia e efetivação dos Direitos Humanos e os cidadãos nunca podem secundarizar essa responsabilização.

Querem-nos acantonados nas nossas incapacidades, azedumes e culpabilizações, submissos e indiferentes, distanciados das realidades da vida.
(…)
Se é verdade que a responsabilidade de gestão de um banco privado deve ser assegurada pelos seus accionistas, também sabemos como se anunciou o fim da história de algumas instituições destes reis magos.

Vivemos num mundo em que os alvos a abater não são os políticos que promovem o ódio e a divisão, mas sim os artistas que procuram a comunhão através do riso.
(…)
Para muitos, o humor é para existir a menos que nos toque numa vaca sagrada.
(…)
Vê-se agora que, até desses que diziam ser Charlie, nem todos são Porta dos Fundos.
(…)
A liberdade de expressão, ao contrário da ficção em que vivíamos antes de ataques destes [Charlie Hebdo e Porta dos Fundos], não está salvaguardada nem é garantia no mundo ocidental.
Nelson Nunes, “Público” (sem link)

A ferida que esta agressão [à Porta dos Fundos] deixou à vista foi a do ataque à liberdade de expressão, a tentativa de assustar e silenciar estes humoristas.
(…)
A discussão é sobre censura e a sua aceitação em pleno século XXI. É sobre as mentes conservadoras considerarem que quando o tema é religião, há limites à liberdade de expressão.
(…)
Admitir limites ao humor é colocar em causa um dos pilares da liberdade de expressão.
(…)
Do Charlie Hebdo à sede do Porta dos Fundos, a liberdade de imprensa ou o humor livre são condições para a liberdade de todos nós.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Nem o racismo nem a politização da religião são uma novidade dos anos 2010, mas desde os anos 40 que não haviam sido tão decisivos.
(…)
A crise do capitalismo financeirizado devastava já as economias do Ocidente mais rico quando a década começou, mas arrastou consigo, a partir de 2015, as economias do Sul.
(…)
Em torno dos migrantes, as extremas-direitas ocidentais criaram uma das narrativas políticas mais bem sucedidas desta década, construída sobre mentiras, reeditando os velhos medos da invasão e da contaminação pelo outro.
(…)
A crise não nos deixou apenas estes novos movimentos sociais: ajudou a reconfigurar a esquerda com o colapso quase geral da social-democracia.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

No final da vida, quando a reversibilidade da doença já não se coloca, é a criação de ambientes confortáveis que passam a representar a melhor resposta, aquela que clinicamente e socialmente é mais desejada [para o doente que carece de cuidados paliativos].
(…)
É no domicílio que estão presentes todas as referências individuais, materiais e afectivas, e que essas referências melhor se adequam e podem contribuir para a diminuição do desconforto e incapacidade.
(…)
Nesta perspectiva, estes cuidados devem ter lugar obrigatoriamente no Serviço Nacional de Saúde, considerando que é nele que melhor se aplica o dever de solidariedade entre todos.
Cipriano Justo, “Público” (sem link)

A Trump não o preocupa minimamente o obscurantismo do fundamentalismo sunita de Riad a roçar a jihad; a sua obstinação é vender milhares de milhões de dólares em armamento, mesmo que no reino saudita impere a mais pura crueldade em termos sociais e políticos.
(…)
A Europa da Declaração Universal dos Direitos Humanos sossega com o jogo das aparências para assim se poder deitar para o lado onde os negócios se fazem e enchem os bolsos do complexo industrial-militar.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

Sem comentários:

Enviar um comentário