domingo, 22 de dezembro de 2019

MAIS CITAÇÕES (61)


Não há brilho de jurista nem capacidade de comunicação e de entretenimento de um intelectual que sejam neutras.
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O intelectual que momentaneamente ocupa lugares de poder escolhe sempre se o seu campo é o da liberdade ou se é ator do pode que oprime. O jurista Antunes Varela e o intelectual José Hermano Saraiva fizeram escolhas.
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Há quem invoque a suposta necessidade de uma suposta reconciliação de Portugal com a sua História para justificar homenagens a Antunes Varela, a José Hermano Saraiva e a outros vultos da política fascista. O argumento é falso.
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Não, os expoentes da ditadura não merecem homenagens dos democratas que branqueiem o que fizeram e o que não quiseram fazer.
José Manuel Pureza, “Diário as beiras”

Mesmo descontados os eventuais percalços políticos, para os quais o Governo não se quis preparar, o Orçamento insiste em mobilizar quase ninguém e em oferecer soluções escassas para problemas graúdos.
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Suponho que [Costa] é a única pessoa que não nota que o Governo se mostrou fragilizado e com soluções atamancadas em modo de despedida do ministro.
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[O Governo] podia ter apresentado um plano para habitação ou reforçado o investimento com metas verificáveis.
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Em questões relevantes, o Governo usa a velha tática de apresentar a corajosa constituição de uma comissão.
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De facto, até se deve sublinhar que há vergonhas na nossa república, e não são poucas: escândalos de corrupção, incluindo os de destacados ministros do partido que foi o de Ventura ou o que levou a polícia ao seu próprio gabinete, ou as assinaturas falsas para legalizar um partido, logo o de Ventura, e muito mais.
Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

Será que estamos condenados a ter uma sucessão de OE sempre a apertar-nos, tolhendo a vida do povo e a capacidade de percorrer novos caminhos, e tornando o país definitivamente pequenino?
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Muitos ricos e poderosos, que consideram o povo tendencialmente gastador, não cumprem as suas obrigações, mentem descaradamente, só respeitam a ética da "Família" a que pertencem, e protegem-se em interpretações das leis que tornam os seus roubos legais.
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Um OE é bom quando aposta no desenvolvimento social e humano, no trabalho e atividades dignas, nas condições de produção de riqueza e sua justa distribuição, no conhecimento, na participação cívica e na cultura; quando coloca as pessoas como sujeitos dos seus direitos e deveres e não deixa ninguém abandonado aos caprichos da benevolência alheia.

Chegou o tempo de a “carga fiscal” ser erigida em mãe de todos os nossos males.
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A carga fiscal pode crescer por força do bom desempenho da economia, sem qualquer alteração de política fiscal.
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[O Ponto central da discórdia é] saber se a prioridade orçamental deve ser a decida de impostos ou, alternativamente, o  investimento na recuperação dos serviços públicos.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

O Chega! apenas conseguiu transformar um banal incidente parlamentar em tema nacional, com direito a conferência de imprensa e outdoor.
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Os mesmos que ao primeiro reparo se atiram para o chão num pranto, vítimas de ignóbil censura, lançam na lama quem se atreva a levantar-lhes a voz.
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É mantendo o foco, não alimentando o circo com admoestações deslocadas, que se defende a democracia que eles querem atacar.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Os desequilíbrios no imobiliário português já são considerados como risco por instituições internacionais.
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Há professores que não podem aceitar vagas em escolas porque não têm como pagar rendas em cidades como Lisboa.
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Sobretudo na capital, prosseguem despejos por fundos imobiliários impostos a famílias ou pessoas sozinhas que vivem há anos na mesma casa mas já não podem suportar os aumentos de renda no fim dos contratos.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

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