domingo, 29 de dezembro de 2019

MAIS CITAÇÕES (62)


Os números são assustadores: a taxa de vacinação contra o sarampo em Itália, França ou Sérvia é inferior à do Burundi, do Ruanda ou do Senegal.
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A reacionária campanha tem algum efeito nesta estatística, mas o essencial desta degradação resulta da decadência dos serviços de saúde, do subfinanciamento das suas atividades, da crise de pessoal qualificado e da mercadorização de serviços, que conduz a uma maior desigualdade de acesso.
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O moderno serviço de saúde foi inventado como uma norma democrática ou de bem comum assegurando o acesso universal, mas tem sido transformado pelo mercado.
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Dos 42 antibióticos atualmente em teste, é possível que só um quinto deles venha a ser aprovado, mas há 700 mil pessoas a morrer por ano com infeções resistentes.
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[As grandes empresas farmacêuticas] abandonaram esta investigação [doa antibióticos], mesmo que saibam que é fundamental. Sobram os Estados e as universidades. Só eles defenderão os nossos filhos.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

[Trump] já passou 227 dias em campos de golfe desde que foi eleito (Obama por esta altura do mandato, tinha passado 88 dias e Trump criticou-o por perder muito tempo em divertimento trivial) e muitos assuntos são tratados com os parceiros selecionados para o acompanhar.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Talvez não se tenha notado muito, no meio das filhoses do Natal, mas tivemos direito à enésima campanha pela entrega de hospitais públicos à gestão privada.
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Em si, a coreografia do sucesso do privado baseia-se num discurso aflito, que é torpedeado cada dia pelos próprios arautos da virtude do mercado.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Além da suborçamentação crónica do setor [da saúde], que inviabiliza quaisquer boas práticas de gestão, Portugal foi também um dos poucos países da OCDE que diminuiu a despesa com Saúde em percentagem do PIB entre 2000-17.
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Entre nós, a fatia da despesa direta das famílias (27,5% para uma média europeia de 15,8%) e suportada por seguros voluntários (5,2%) é particularmente elevada.
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Pese embora a lei garantir um SNS, apenas 66,5% da despesa radica na comparticipação pública, um valor bem inferior à média da UE (79,35%).
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Tratar [o orçamento] como um acordo para quatro, sem qualquer compromisso do primeiro-ministro, é uma armadilha.
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Os partidos mais pequenos, sem acordos escritos ficam nas mãos de quem controla o Governo e o calendário.
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Sem cedências significativas ou um acordo de longo prazo que garanta uma “governação tendencialmente à esquerda” BE e PCP não devem viabilizar o Orçamento.
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Sempre defendi acordos à esquerda. Mas a condição é a clareza e a reciprocidade. chantagem não é diálogo.
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Os partidos mais à esquerda só podem estar próximos do poder se o condicionarem, com ganhos compreensíveis ara todos.
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Uma aprovação de borla seria um sinal de fraqueza que marcaqria toda a legislarura.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Os apios do Estado à banca são sempre excecionais. São todos os anos excecionais. Mas o que é “excecional” há 12 anos já é regra.
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Num Estado submerso em créditos, será usado mais dinheiro no Novo Banco do que na redução da dívida pública.  
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As transferências para o ex-BES não têm fim, parece que de cada vez que se abre uma gaveta se encontra mais um crédito que não será pago.
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É o mesmo todo os anos: “Não há dinheiro para isto, mas há dinheiro para os bancos.”
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

Tudo quanto é cientificamente óbvio, humanamente justo e estrategicamente necessário conseguiu ser impedido [na COP 25] por um pequeno número de países cuja conduta é difícil de qualificar.
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A Cop25 esgotou a sua energia a impedir um retrocesso fatal.
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Não é possível pensar o mar como mais um recurso meramente extrativo, à mercê de quem chegar primeiro e tiver mais força.
Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

O racismo dos ingleses veio ao de cima como espuma e Meghan tornou-se uma notícia de opróbrio.
Clara Ferreira Alves, Revista “Expresso” (sem link)

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