(…)
A desnutrição expõe as crianças a uma série de
doenças secundárias, que podem ser fatais se não forem tratadas.
(…)
Muitas das complicações relacionadas com a
desnutrição que tratamos podem ser evitadas com a prestação de serviços básicos
ao nível dos cuidados primários.
(…)
Apesar de esta realidade aparecer regularmente
nas notícias, assistimos a muito poucas mudanças no terreno.
(…)
A população iemenita está a ser empurrada até
aos limites absolutos da sua capacidade de superação. A guerra matou
pelo menos 233 mil pessoas desde 2015.
(…)
[A guerra] causou milhões de deslocados, muitos
por múltiplas vezes. Destruiu as infraestruturas do país, em especial o sistema
de saúde. Os civis no Iémen não podem continuar assim.
Muriel Boursier, “Público”
(sem link)
[As mulheres refugiadas] são forçadas a saírem
de seus países de origem. As mulheres enfrentam muitas dificuldades como um
todo, começando por seu próprio género, durante a rota de migração até os
acampamentos.
(…)
É preciso pôr em prática uma estratégia de
apoio para reintegrar as mulheres refugiadas no mercado de trabalho.
(…)
A Europa dentro da sua consciência, alicerçada
nos valores humanistas, tem o dever de promover informação à sociedade de como
receber estas mulheres, de como dar as boas vindas de forma digna e igualitária.
(…)
Se não houver um conjunto de todas as pessoas,
sociedade e Governo para integrar estas mulheres de forma humana e
organizada, continuarão a existir problemas para o Governo e problemas dentro
da sociedade.
Bruna Luisa Eberhard
Post, “Público” (sem link)
[António Costa] escolheu rematar [a entrevista
que concedeu ao “Público” com uma lamentável equiparação (e personalização)
entre forças neofascistas e o movimento antirracista.
(…)
Infelizmente, o inquérito
do European Social Survey de 2018/2019 desmente categoricamente essas declarações
ao apontar que um em cada três portugueses manifesta racismo (62%).
(…)
Achará o senhor PM que é um mero acaso que a
extrema-direita internacional escolha Portugal como espaço de reorganização política?
(…)
Infelizmente, senhor PM, na altura não ouvimos
uma única palavra sua.
(…)
Infelizmente, senhor PM, abundam os relatórios
internacionais e nacionais que dão conta da infiltração da
extrema-direita nas forças de segurança, como provam o movimento zero e sindicatos que perfilham abertamente a
filiação ideológica a um partido de extrema-direita.
(…)
Infelizmente, senhor PM, as suas declarações
denotam uma enorme e preocupante contradição num assunto que merece empenho,
compromisso e coerência de quem tem a responsabilidade de governar o país.
(…)
Qualquer equiparação entre racistas e
antirracistas como mero expediente político de piscar o olho ao centrão é, para
além de desonesta, uma irresponsabilidade e uma inaceitável falta de coragem
política perante a ameaça racista e fascista.
(…)
Quando o primeiro-ministro desvaloriza a
ascensão do fascismo e do racismo, ele demite-se de defender a
democracia.
Mamadou Ba, “Público”
(sem link)
Confundir
um Presidente com um chairman, com funções de gestão do executivo, como se
fosse uma administração de uma empresa, seria um equívoco.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)
Os EUA aprenderam na crise financeira que é melhor errar e dar de
mais do que errar a dar de menos, [afirmação de Janet Yellen, ministra das
Finanças de Joe Biden].
(…)
Esta semana, o Governo orgulhava-se de ter dado num ano três mil
milhões de euros em apoios sociais. É pouco, muito pouco, é 1,5% do PIB.
(…)
Aqueles todos que somos quase todos precisam de mais rede sob o
trapézio.
(…)
A rede são apoios sociais. O trapézio são os estímulos dos fundos
comunitários.
(…)
É preciso novas medidas e políticas da UE, que perdeu o pé nos
contratos com as farmacêuticas na vacinação e precisa de ganhar mão.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Na história de acidentes graves ocorridos em
centrais nucleares, há três que foram verdadeiros marcos de alerta à escala
mundial: Three Mile Island nos Estados Unidos da América em 1979, Chernobil na
então União Soviética em 1986 e Fukushima no Japão há dez anos.
(…)
[Nos anos seguintes a Fukushima] a
expansão da energia renovável no Japão subiu de 10,5% em 2011 para 17,4% em
2018.
(…)
O preço do nuclear tornou-se insustentável e o
acidente de Fukushima foi decisivo para o seu fim em países como a Alemanha.
Francisco Ferreira, “Público”
(sem link)
Enquanto cidadão português que partilha com o
primeiro-ministro do país essa mesma condição [de origem indiana], vejo-me
compelido a afirmar publicamente, e nos mais claros e inequívocos termos, que
não apenas António Costa não fala por mim, como tal comparação [de Mamadou Ba
com André Ventura] me merece a mais firme e veemente repulsa e condenação.
(…)
Ao efectuar essa comparação, António Costa
ensaia um discurso que mais não faz que declinar pela enésima vez a estafada
“teoria da ferradura” [segundo a qual os extremos se tocam], tão cara a todos
os fundamentalistas do extremo-centro.
(…)
Tão poderoso é este fundamentalismo ideológico,
que faz o nosso primeiro-ministro ignorar que, para os racistas, pessoas
não-brancas, como somos ambos, em pouco diferem de Mamadou Ba.
(…)
Quem defende a democracia e a igualdade, não
pode senão estar ao lado de Mamadou Ba e dizer que não, que a fractura entre o
racismo e o anti-racismo é real e não artificial.
Sadiq Habib, “Público”
(sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário