domingo, 14 de março de 2021

MAIS CITAÇÕES (123)

 
A vasta maioria das pessoas no Iémen depende de ajuda humanitária para sobreviver, mas, apesar de esta necessidade ser clara, é um desafio permanente para as organizações humanitárias conseguirem chegar às populações mais vulneráveis. 

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A desnutrição expõe as crianças a uma série de doenças secundárias, que podem ser fatais se não forem tratadas.

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Muitas das complicações relacionadas com a desnutrição que tratamos podem ser evitadas com a prestação de serviços básicos ao nível dos cuidados primários.

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Apesar de esta realidade aparecer regularmente nas notícias, assistimos a muito poucas mudanças no terreno.

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A população iemenita está a ser empurrada até aos limites absolutos da sua capacidade de superação. A guerra matou pelo menos 233 mil pessoas desde 2015.

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[A guerra] causou milhões de deslocados, muitos por múltiplas vezes. Destruiu as infraestruturas do país, em especial o sistema de saúde. Os civis no Iémen não podem continuar assim.

Muriel Boursier, “Público” (sem link)

 

[As mulheres refugiadas] são forçadas a saírem de seus países de origem. As mulheres enfrentam muitas dificuldades como um todo, começando por seu próprio género, durante a rota de migração até os acampamentos.

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É preciso pôr em prática uma estratégia de apoio para reintegrar as mulheres refugiadas no mercado de trabalho.

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A Europa dentro da sua consciência, alicerçada nos valores humanistas, tem o dever de promover informação à sociedade de como receber estas mulheres, de como dar as boas vindas de forma digna e igualitária.

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Se não houver um conjunto de todas as pessoas, sociedade e Governo para integrar estas mulheres de forma humana e organizada, continuarão a existir problemas para o Governo e problemas dentro da sociedade. 

Bruna Luisa Eberhard Post, “Público” (sem link)

 

[António Costa] escolheu rematar [a entrevista que concedeu ao “Público” com uma lamentável equiparação (e personalização) entre forças neofascistas e o movimento antirracista.

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Infelizmente, o inquérito do European Social Survey de 2018/2019 desmente categoricamente essas declarações ao apontar que um em cada três portugueses manifesta racismo (62%).

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Achará o senhor PM que é um mero acaso que a extrema-direita internacional escolha Portugal como espaço de reorganização política?

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Infelizmente, senhor PM, na altura não ouvimos uma única palavra sua.

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Infelizmente, senhor PM, abundam os relatórios internacionais e nacionais que dão conta da infiltração da extrema-direita nas forças de segurança, como provam o movimento zero e sindicatos que perfilham abertamente a filiação ideológica a um partido de extrema-direita.

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Infelizmente, senhor PM, as suas declarações denotam uma enorme e preocupante contradição num assunto que merece empenho, compromisso e coerência de quem tem a responsabilidade de governar o país.

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Qualquer equiparação entre racistas e antirracistas como mero expediente político de piscar o olho ao centrão é, para além de desonesta, uma irresponsabilidade e uma inaceitável falta de coragem política perante a ameaça racista e fascista.

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Quando o primeiro-ministro desvaloriza a ascensão do fascismo e do racismo, ele demite-se de defender a democracia.

Mamadou Ba, “Público” (sem link)

 

Confundir um Presidente com um chairman, com funções de gestão do executivo, como se fosse uma administração de uma empresa, seria um equívoco.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Os EUA aprenderam na crise financeira que é melhor errar e dar de mais do que errar a dar de menos, [afirmação de Janet Yellen, ministra das Finanças de Joe Biden].

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Esta semana, o Governo orgulhava-se de ter dado num ano três mil milhões de euros em apoios sociais. É pouco, muito pouco, é 1,5% do PIB.

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Aqueles todos que somos quase todos precisam de mais rede sob o trapézio.

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A rede são apoios sociais. O trapézio são os estímulos dos fundos comunitários.

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É preciso novas medidas e políticas da UE, que perdeu o pé nos contratos com as farmacêuticas na vacinação e precisa de ganhar mão.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Na história de acidentes graves ocorridos em centrais nucleares, há três que foram verdadeiros marcos de alerta à escala mundial: Three Mile Island nos Estados Unidos da América em 1979, Chernobil na então União Soviética em 1986 e Fukushima no Japão há dez anos.

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[Nos anos seguintes a Fukushima]  a expansão da energia renovável no Japão subiu de 10,5% em 2011 para 17,4% em 2018.

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O preço do nuclear tornou-se insustentável e o acidente de Fukushima foi decisivo para o seu fim em países como a Alemanha.

Francisco Ferreira, “Público” (sem link)

 

Enquanto cidadão português que partilha com o primeiro-ministro do país essa mesma condição [de origem indiana], vejo-me compelido a afirmar publicamente, e nos mais claros e inequívocos termos, que não apenas António Costa não fala por mim, como tal comparação [de Mamadou Ba com André Ventura] me merece a mais firme e veemente repulsa e condenação. 

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Ao efectuar essa comparação, António Costa ensaia um discurso que mais não faz que declinar pela enésima vez a estafada “teoria da ferradura” [segundo a qual os extremos se tocam], tão cara a todos os fundamentalistas do extremo-centro.

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Tão poderoso é este fundamentalismo ideológico, que faz o nosso primeiro-ministro ignorar que, para os racistas, pessoas não-brancas, como somos ambos, em pouco diferem de Mamadou Ba.

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Quem defende a democracia e a igualdade, não pode senão estar ao lado de Mamadou Ba e dizer que não, que a fractura entre o racismo e o anti-racismo é real e não artificial.

Sadiq Habib, “Público” (sem link)


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