A deputada Beatriz
Gomes Dias iniciou o seu discurso evocativo do 25 de Abril dizendo que “num país que
tantas vezes padece de uma memória seletiva, lembro também todas e todos os
combatentes pela libertação dos países africanos ocupados pelo regime colonial
português, que conheciam bem o alcance da sua luta”.
A deputada lembrou ainda Amílcar Cabral que, em 1971, afirmou: “Estamos
absolutamente convencidos de que, na medida em que os povos das colónias
portuguesas avancem com a sua luta e se libertem totalmente da dominação
colonial portuguesa, estarão contribuindo de uma maneira muito eficaz para a
liquidação do regime fascista em Portugal.”
“Abril também não se cumprirá cabalmente enquanto não encararmos de frente
a corrupção. A corrupção é o cimento da injustiça económica e da desigualdade.
Ela mina a democracia, corrói a justiça e ameaça a coesão social. É necessário
quebrar a indulgência que alimenta a promiscuidade, a fraude, as portas
giratórias, a subordinação do interesse público ao negócio”.
“Há, pois, que enfrentar a corrupção com coragem e determinação, alterando
o regime da finança, combatendo a fraude, melhorando os mecanismos legais e
judiciais de prevenção, investigação e punição. E também através duma ação
política e cidadã exigente, que defenda a transparência, o interesse público e
a justiça.”
"Isso mesmo foi o que Abril nos deixou como lição: o mais essencial
dos bens comuns de um povo é a democracia. E ela não pode ser tornada
propriedade de ninguém, nem tratada como mercadoria. A nossa democracia não
está à venda. Lutemos por ela, todos os dias".
Viva o 25 de Abril! Viva a democracia! Viva o socialismo!
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