Um português vítima dos
nazis. Este homem chamava-se Inácio Anta. Foi
aluno da Escola Militar (actual Academia Militar) em Lisboa, onde frequentou o
curso de Engenharia Militar e Artilharia a Pé. Nasceu, em Bragança, em 5 de
Abril de 1906, e ali viveu até concluir o curso complementar no Liceu Nacional
Emídio Garcia. No ano lectivo 1922/23, foi para Lisboa estudar no Instituto
Superior Técnico e, em Novembro de 1925, ingressou na Escola Militar.
Foi para Espanha combater na guerra civil espanhola (1936-1939), lutando
pelos republicanos contra os nacionalistas. Após a proclamação da II República
em Espanha, em 1931, reuniram-se naquele país diversos portugueses que estavam
exilados em França e noutros locais, criando ali uma base revolucionária de
opositores à ditadura portuguesa,
Inácio Anta estava ligado ao grupo dos republicanos, viveu na Catalunha,
onde tinha mulher e um filho, nascido em 1938, mas, perante a ofensiva dos
nacionalistas que conquistaram Barcelona, a 26 de janeiro de 1939, abandonou a
Espanha, a 25 janeiro, juntamente com centenas de portugueses, indo para França
com a mulher e o filho, bebé de 6 meses, que faleceu na travessia dos Pirinéus.
Inácio Anta chegou a França, ficando instalado no campo de concentração em
Argélés-sur-Mer.
Esteve no campo de prisioneiros de Vincennes, mas, depois, ele e a mulher
foram levados para a Alemanha. A sua mulher foi enviada para o campo de
Ravensbruk e Inácio foi, em janeiro de 1943, enviado para o campo de
concentração de Sachsenhausen (a norte de Berlim) onde morreu na câmara de gás.
Um português vítima dos nazis.
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