domingo, 18 de abril de 2021

MAIS CITAÇÕES (127)

 
Entre muitas razões complexas e nenhuma delas moral, a crise da democracia resulta de vivermos num tempo em que sabemos que o futuro será pior do que o passado.

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Nenhuma república das bananas julga um ex-primeiro-ministro do partido no poder.

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Desde que Sócrates terá cometido os crimes de que vem acusado evoluiu-se: os prazos de prescrição são mais dilatados e há novos crimes na lei.

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Com ele [Isaltino Morais], não precisamos de usar o “alegadamente”. Foi condenado em todas as instâncias possíveis. 

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Quando saiu da prisão, correu com quem lhe guardou o lugar e voltou a vencer as eleições no concelho mais instruído do país.

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O mesmo povo que justamente se indigna com Sócrates vota uma e outra vez em Isaltino. 

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Raramente a ética determinou a história, poucas vezes determinou os políticos, quase nunca determinou o voto.

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Quando [o povo] é exigente, nenhuma nação é governada por patifes. Disso tenho a certeza.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Tenho dificuldade em perceber que, face aos mesmos factos, sejam possíveis interpretações tão díspares de dois juízes do mesmo tribunal. 

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O que gera perplexidade é que muitos tenham acompanhado a interpretação que mais lhe convinha [a Sócrates] sobre a alegada derrocada da acusação da Operação Marquês.

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E a questão são mesmo as “narrativas”. O Ministério Público construiu uma narrativa de grande alcance e depois procurou factos que a demonstrassem. Perante a fragilidade ou a ausência de factos, insistiu na narrativa. 

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É um bom contributo limitar a Operação Marquês aos factos passíveis de serem julgados em tempo útil. 

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

É um bom contributo limitar a Operação Marquês aos factos passíveis de serem julgados em tempo útil. 

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Observamos agora as deficiências de um sistema e exigimos uma Justiça mais rigorosa, com leis mais claras e meios de investigação mais fortes. 

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Pouca gente estragou mais a democracia portuguesa nos últimos anos do que José Sócrates.

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[As situações em que Sócrates foi maltratado ao logo do processo não significam que seja inocente] não dos crimes que ainda não foram julgados em Tribunal, mas de nos tomar por parvos com a sucessão de mentiras que repete, todos os dias, com arrogância, para se justificar.

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Todos nós o podemos condenar, apenas na base do que ele disse e diz, e no facto de o dizer na qualidade de um responsável político que o seu partido, os seus confrades na mentira e na ocultação, e os eleitores, permitiram ser primeiro-ministro.

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Há uma mecânica do populismo, que é a indiferença com a corrupção dos populistas.

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Devemos achar normal que um primeiro-ministro use dinheiro vivo em grandes quantias, trazido em malas e sacos pelo seu motorista, com origem em contas alheias ou num hipotético cofre da mãe.

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Sócrates, que acha que é Lula da Silva, como os Napoleões Bonaparte dos hospícios, atribui o que lhe sucede a uma operação política da direita e da extrema-direita

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Sócrates, quando fala da extrema-direita, fala bem: nunca ninguém nas últimas décadas fez mais para o aumento do populismo radicalizado e extremista do que José Sócrates.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Apesar de toda a retórica sobre acção climática, o Partido Socialista é a força política que pretendeu avançar com a exploração de combustíveis fósseis e com a expansão da base de emissões de gases com efeito de estufa em Portugal. 

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Há que perguntar o que é mais perigoso: o negacionismo climático da extrema-direita ou o negacionismo prático do centrão que diz que há alterações climáticas mas age como se as mesmas não existissem?

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Em Portugal e pela mão do governo PS, pelo contrário, a discussão foca-se em como ultrapassar um veto legal por parte de autarquias afectadas e da Autoridade da Aviação Civil

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Enquanto a APA for comandada por Nuno Lacasta, o “Senhor Sim” que mantém a agência a trabalhar como se fosse um carimbo de aprovação para tudo, acreditar em avaliações ambientais é como acreditar no abominável homem das neves.

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Sobre o desígnio da ferrovia, passado um ano e meio da tomada de posse do Governo, o único grande anúncio que se pôde constatar é que o comboio Lisboa-Madrid foi e continuará desactivado.

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António Costa, na sua bonomia, ilude toda a gente na sua tentativa de não desiludir ninguém, e diz que tudo vai correr bem.

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Depois das concessões de petróleo e gás, a questão do aeroporto diz-nos muito sobre o PS.

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Se esta fosse uma questão legal, o chumbo da ANAC e os vetos das autarquias teriam posto fim ao processo.

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Se esta fosse uma questão técnica, não havia qualquer possibilidade de construir uma nova infra-estrutura cujo objectivo estrito implica um aumento de emissões de gases com efeito de estufa.

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Mas esta é uma questão política, e de poder, e o PS escolheu, como sempre, que o seu lugar é o de mordomo dos negócios nacionais e internacionais.

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Tudo estaria dentro da “normalidade” se não vivêssemos nos primeiros capítulos da maior crise pela qual a Humanidade já viveu, a crise climática.

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A nossa casa está a arder e cada projecto que aumenta as emissões é um inimigo, não da economia, dos negócios, do ambiente ou até do emprego, mas da Humanidade.

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No final, o PS não tem um plano para a TAP e para quem trabalha à volta da aviação, não tem qualquer iniciativa palpável sobre ferrovia – nenhum plano para o fim do mês.

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Sobre alterações climáticas tem golpes retóricos como o “Roteiro para a Descarbonização”.

João Camargo, “Público” (sem link)

 

Para lá da evidente semelhança com a retórica de Cavaco, o percurso de Sócrates é típico daqueles dirigentes políticos que, sem origem em berço de ouro, tudo fazem para obrigar os ricos a precisar deles, sem pôr minimamente em causa as normas intrínsecas do sistema que os faz ricos.

Manuel Loff, “Público” (sem link)

 

O impacto do encerramento das escolas [devido à pandemia] não foi o mesmo para todos e que, outrossim, se verifica um evidente aumento de desigualdades entre alunos.

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Dito de outro modo, [com o encerramento das escolas devido à pandemia] só ficaram para trás os que já eram socialmente desfavorecidos.

Santana Castilho, “Público” (sem link)

 

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