sexta-feira, 30 de abril de 2021

HISTÓRIAS DE PRECARIEDADE NORMALIZADA

 

Foi nas ruas de Lisboa que encontrámos testemunhos de uma profissão invisível: os trabalhadores e trabalhadoras de entregas, mais conhecidos por estafetas.

Não têm direito a salário fixo, muito menos a descanso e férias. Os acidentes não são poucos e as horas de trabalho são muitas, por vezes, 12-14h por dia, 7 dias por semana. Algumas pessoas procuram um extra ao trabalho que já têm, outras dependem exclusivamente deste rendimento. Quem os avalia e despede? Um algoritmo. Proteção em caso de doença, acidente ou roubo? Não há.

Não são empresários, nem trabalhadores independentes ou empreendedores. São trabalhadores por conta de outrem. Trabalham para empresas que lucram milhões e se descartam das responsabilidades laborais. São estafetas - e estão estafados.

"ESTAFADOS", um minidocumentário sobre a precariedade laboral dos trabalhadores estafetas. Estreia no Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador. (via Bloco de Esquerda)


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