Foi nas ruas de Lisboa que encontrámos testemunhos de uma profissão
invisível: os trabalhadores e trabalhadoras de entregas, mais conhecidos por estafetas.
Não têm direito a salário fixo, muito menos a descanso e férias. Os
acidentes não são poucos e as horas de trabalho são muitas, por vezes, 12-14h
por dia, 7 dias por semana. Algumas pessoas procuram um extra ao trabalho que
já têm, outras dependem exclusivamente deste rendimento. Quem os avalia e
despede? Um algoritmo. Proteção em caso de doença, acidente ou roubo? Não há.
Não são empresários, nem trabalhadores independentes ou empreendedores. São
trabalhadores por conta de outrem. Trabalham para empresas que lucram milhões e
se descartam das responsabilidades laborais. São estafetas - e estão estafados.
"ESTAFADOS", um minidocumentário sobre a precariedade laboral dos
trabalhadores estafetas. Estreia no Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador. (via Bloco de Esquerda)
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