Hoje assinala-se o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA. Este dia foi
internacionalmente instituído para consciencializar as sociedades para o
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, promover o conhecimento, combater a
discriminação e o estigma social que atinge as pessoas que vivem com o VIH.
Portugal continua a ser um dos países europeus com maior número de novos
diagnósticos, sobretudo nas regiões da Grande Lisboa, Grande Porto e Algarve.
Lisboa integra o “Fast Track Cities”, um movimento internacional que
defende o envolvimento das cidades na resposta ao VIH, através do qual o
Município, em parceria com ONG’s especializadas, promove ações de formação,
informação e rastreio, contribuindo para a prevenção da infeção e para o
combate à invisibilidade a que o assunto VIH/SIDA ainda se encontra votado.
Mas são muitos os problemas que persistem: o diagnóstico continua
frequentemente a ser tardio, há dificuldades de acesso a instrumentos de
prevenção como a Profilaxia Pré Exposição (PrEP) fora do contexto hospitalar,
há barreiras ao acesso à saúde por parte de certos grupos sociais, nomeadamente
de pessoas migrantes e pessoas transgénero, assim como persistem situações de
discriminação de pessoas infetadas com VIH, incluindo nos serviços públicos.
Problemas que são agravados pelas desigualdades sociais existentes em Portugal.
Neste Dia Mundial de Luta Contra a SIDA urge combater não apenas a doença,
mas também a sua invisibilidade, a discriminação no acesso à prevenção e
tratamento e as desigualdades que impedem que a saúde seja, de facto, um
direito universal. (Beatriz Gomes Dias)
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