sábado, 11 de dezembro de 2021

CITAÇÕES

 
A DGS decide fazer caixinha sobre pareceres relativos à vacinação de crianças.

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É uma parvoíce cacofónica que apenas cria ansiedade desnecessária e amplifica os populismos mais comezinhos.

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Partilho, logo de início, a minha opinião: havendo a orientação médica para vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos estaria disponível para a seguir, apesar de não ser obrigatório.

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As minhas reservas não se colocam no patamar científico.

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Dizem os especialistas que há vantagens individuais, mas são as vantagens coletivas que mais pesam na decisão da vacinação das crianças.

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Seria na eliminação das patentes, na garantia da produção distribuída das vacinas e no acesso à vacinação pelo sul global, que teríamos o melhor seguro para o futuro.

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Ora, a pretensão [da DGS] de tornar sigiloso o parecer da comissão técnica é absurda e mostra mais fragilidade do que força, algo que é incompreensível.

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[IL e Chega] querem usar este episódio para resgatar da ostracização as posições antivacinas e disputar esse apoio para as eleições que se avizinham.

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O nosso país está no topo do mundo das taxas de vacinação, os negacionistas até podem fazer muito barulho mas ficam a falar sozinhos.

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A nova tentativa para intoxicar o debate público é inventando em Portugal o debate sobre a vacinação obrigatória.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Tudo notícias confortáveis, disfarçando o ‘Brexit’ e a degenerescência antidemocrática na Polónia e Hungria.

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Então porque é que, à medida que avança a marcha forçada da integração europeia, a UE perde peso na política mundial?

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Do ponto de vista económico, a Rússia é somente um país médio.

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A economia da Alemanha, por si só, é quase o triplo da russa, a França e o Reino Unido o dobro, mesmo a Itália a ultrapassa. 

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O orçamento militar dos Estados Unidos no ano passado foi de 778 mil milhões de dólares, seguido a uma grande distância pela China, que gasta aproximadamente um terço, 252 milhões. 

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Os países europeus da NATO gastam três vezes mais em armas do que a Rússia. 

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Ao procurar a integração da Ucrânia na NATO, a Casa Branca procura estimular esse confronto [com a Rússia].

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Mas o essencial do que está em causa é a relação europeia, ou seja, entre Berlim e Moscovo.

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Um dos efeitos [da decisão de Merlel encerrar as centrais nucleares] foi tornar a Alemanha mais dependente da produção de alternativas e da compra de energia. 

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A Alemanha não tem outra solução que não buscar um sistema de relações internacionais estáveis para importar energia. O objetivo estratégico da Casa Branca é impedi-lo.

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Que a UE dance ao som desta música diz tudo sobre a fragilidade do Governo alemão ao saber que a locomotiva norte-americana acelera contra si.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Quando observamos as profundas desigualdades e injustiças com que se tratam os países e os povos na gestão da pandemia (…), vemos o Mundo a tornar-se insustentavelmente cruel.

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Temos agora "mais 100 milhões de crianças a viver em situação de pobreza multidimensional", ou seja, sofrendo de uma ou várias privações.

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Segundo a Unicef, a situação continuará a piorar em resultado da pandemia, provocando o retrocesso de uma década, e o lema "primeiro as crianças" nunca "foi tão crítico como hoje".

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Exigem-se políticas públicas que ataquem as origens deste drama, uma forte ação solidária em vários patamares, a responsabilização de todos os poderes e dos cidadãos.

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Essa mentira [de que a pandeia era democrática] serviu para esconder injustiças desde a primeira hora patentes nas políticas que iam sendo adotadas.

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Mesmo nos [países mais desenvolvidos] vimos os trabalhadores precários, as mulheres, as crianças e os mais pobres a sofrerem mais.

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Os números divulgados pela Unicef confirmam que é preciso a miséria de milhões para criar um muito rico.

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Basta abrir-se uma pequena brecha e o sistema político e económico dominante logo nos vem mostrar que com ele não há direitos irreversíveis e que a justiça e a igualdade são meras ilusões.

Carvalho da Silva, JN

 

O passo de saída de Eduardo Cabrita do Governo é o último acto de um daqueles puzzles tardios que se começam a construir com a certeza do lugar onde se coloca a última peça.

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Após um empilhador de polémicas chamado Cabrita, a fasquia está agora muito alta: para um ministro abandonar um Governo terá de acumular muitos, inquestionáveis passos em falso.

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Há muito tempo que não víamos um executivo com tanta certeza política sobre as mil e uma formas de ignorar vontade própria, incompetência e impopularidade.

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Essa inusitada arrogância [do PS], disfarçada com bonomia, foi razão de alguns dos resultados decepcionantes nas autárquicas. 

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Costa familiarizou-se ao espelho com a ideia de que o eleitorado lhe devia algo de perene.

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O projecto de poder de Costa não contemplou a hipótese de que seria ele mesmo a promover a recomposição do maior partido da oposição e a reafirmação do seu líder.

Miguel Guedes, JN

 

[Uma das características essenciais da comunicação e da cultura contemporâneas] traduz-se na hipervalorizaçãoda imagem ou do aspeto de uma determinada obra.

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Walter Benjamin notou como os regimes ditatoriais e “totais” da primeira metade do século passado se serviram da imagem para mostrarem a sua força perante os seus cidadãos, levando-os á submissão.

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Por estes dias, os novos totalitarismos (…) seguem um caminho idêntico, privilegiando o poder rápido da imagem contra a força tranquila da palavra.

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Se a minha interpretação estiver correta, está ali presente a essência deste mal: o destaque da aparência, desdenhando o essencial.

Rui Bebiano, “Diário as beiras”


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