sábado, 15 de janeiro de 2022

MAIS CITAÇÕES (164)

 
[Rui Rio propõe-se] "fazer diferente", como se fazer diferente signifique fazer melhor.

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Rui Rio, a custo, passou a ser pela valorização do salário mínimo nacional, mas logo descobriu (grande patranha) que o "crescimento excessivo" do SMN impediu a melhoria dos outros salários. 

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A sua política diferente consistirá em travar o crescimento do SMN para "melhorar a mediana salarial".

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O crescimento geral dos salários exige salários mínimos dignos, relações de trabalho equilibradas e exercício pleno da negociação coletiva.

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Esta deve ser a sede onde se tratam, em simultâneo, os compromissos de produção e de retribuição com quem produz a riqueza.

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Para acompanhar a modernidade neoliberal quer sistemas mistos [de segurança social] que entreguem uma parte das contribuições a fundos especuladores.

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António Costa, por seu lado, tenta convencer-nos de que a sua proposta de Orçamento para 2022 contém as mais eficazes propostas de políticas que nos hão de conduzir ao paraíso. 

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[para uma governação estável Costa propõe-se] conquistar uma maioria absoluta, que toda a vida considerou perniciosa pelo autoritarismo que induz; formar uma maioria com o PAN e outros restos; governar com o consentimento do PSD. Que estabilidade trazem estas soluções?

Carvalho da Silva, JN

 

Um estudo recente revelou que apenas 12 contas nas redes sociais norte-americanas (…) eram responsáveis por dois terços da desinformação sobre as vacinas.

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Outro estudo, de 2018, confirma que as notícias falsas chegam a mais gente, mais depressa e de forma mais persistente do que as verdadeiras.

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Aparentemente, o absurdo não faz tocar nenhum alarme de desconfiança. Sabemos que a política conta.

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 O mapa eleitoral dos EUA coincide com o mapa de vacinação e são os eleitores republicanos que mais partilham a informação a desacreditar as vacinas.

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Também sabemos que os mais velhos partilham mais notícias falsas do que os mais jovens.

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São as pessoas medianamente informadas as que têm mais excesso de confiança.

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As pessoas têm de aprender, antes de tudo, a saber que não sabem. E quando sabem pouco, que sabem pouco.

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Não é o espírito crítico que dispara a dúvida arrasadora que tem de ser ensinado, é o espírito autocrítico, que tempera essa dúvida.

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Não é o conhecimento científico que temos de democratizar. É o pensamento científico.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Mantenho que não é razoável que todos [os partidos com assento parlamentar] debatam com todos.

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Se uma campanha até agora praticamente reduzida a debates é uma imposição do próprio contexto pandémico, não deixa, no entanto, de ter fragilidades e virtudes.

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Em parte, estes debates produzem um efeito de empobrecimento político: sobrevalorizam o papel da comunicação social (…) e atribuem um papel primordial aos jornalistas.

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[As análises dos jornalistas,] ao focarem-se na tática, prolongam ad nauseaum a especulação sobre coligações pós-eleitorais e assentam numa avaliação dos debates como combates de box.

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Os debates geraram interesse e foram, como tal, um fator de mobilização.

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Desempenharam com eficiência uma função de avaliação dos atributos dos vários candidatos.

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Permitiram aferir a capacidade argumentativa dos participantes.

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Por obrigarem a mensagens sintéticas, exigiram dos vário lideres preparação.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

A posição mais à direita em todos os debates eleitorais não veio de Ventura, mas de Cotrim de Figueiredo quando propôs que os funcionários públicos passassem ao estatuto de “colaboradores” das empresas que resultassem da privatização dos serviços do Estado.

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A palavra “colaboradores” para designar os trabalhadores transporta consigo uma visão de sociedade que, entre outras coisas, é profundamente iliberal.

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Não existem tantas diferenças entre um e outro [Rio e Costa] como se pensa.

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Penso, aliás, que por aquilo que se conhece do pensamento de Costa e do PS, este gostaria de poder ter feito muitas das coisas que Rio propõe.

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A defesa por Costa do “equilíbrio orçamental” foi seguindo este critério simplista, tão à direita como muito do que diz Rio sobre a “sustentabilidade”.

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Defender o “potencialmente gratuito” dos cuidados de saúde não é necessariamente mais à esquerda do que a fórmula de Rio de que “os cuidados de saúde não podem ser recusados por razões económicas”.

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Qual é diferença ideológica de fundo entre querer privatizar a TAP a curto prazo ou tentar rentabilizá-la com dinheiro público para a vender depois, como quer Costa?

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[Há que discutir o] estado da democracia num país cada vez menos soberano, ou seja, onde o voto dos portugueses vale cada vez menos.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Em Portugal e no mundo, a pandemia está a aumentar casos de pobreza, aumentar os casos de ansiedade e de depressão e a aumentar o número de casos de violência contra as mulheres.

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Em Portugal, em 2021, aumentou o número de denúncias por violência doméstica, bem como os pedidos de ajuda; foram assinadas 23 mulheres, das quais 13 em contexto de intimidade, e houve 50 tentativas de assassinato.

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Os relatórios das Nações Unidas declaram que uma em cada três mulheres já foi vítima de algum tipo de violência durante a sua vida, dois em cada três homicídios em contexto familiar são de mulheres, uma em cada cinco meninas é forçada a casar antes de completar os 18 anos, e apenas 40% das mulheres procura ajuda depois de sofrer alguma forma de violência.

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[Apesar dos muitos progressos realizados em todo o mundo] ainda há muito trabalho a ser feito, pois só será possível atingir um mundo melhor e mais sustentável quando se assegurarem os direitos das mulheres como direitos humanos e fundamentais.

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Educar as nossas crianças e jovens é a chave para erradicar a violência contra as mulheres e atingir a igualdade de género no futuro, pois um dia eles serão os adultos que irão governar o mundo.

Ângela Rodrigues, “Público” (sem link)


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