quinta-feira, 30 de junho de 2022

MARCHA AZUL PELO CLIMA

 

No dia 29 de Junho de 2022, em Lisboa, ao mesmo tempo que a 2ª Conferência do Oceano das Nações Unidas, mais de 300 pessoas marcharam do Gare do Oriente até à frente do Pavilhão Atlântico onde a conferência teve lugar.

A Marcha Azul pelo Clima levou às ruas o lema principal “Salvar o oceano é salvar o clima” com palavras de ordem contra os combustíveis fósseis, contra pesca industrial e contra a mineração no mar profundo.

Os manifestantes exigiram:

Incorporação imediata do valor do oceano na tomada de decisões económicas e políticas;

Criação de uma rede global de áreas marinhas protegidas que proteja efetivamente pelo menos 30% dos mares e zonas costeiras a nível mundial até 2030;

Recuperação dos ecossistemas marinhos colapsados ou sobrepescados e restabelecimento de habitats sensíveis (como, por exemplo, recifes de coral);

Proibição de arrasto de fundo e outras artes de pesca industrial e destrutiva em áreas marinhas protegidas;

Respeito pelos pareceres científicos no estabelecimento de medidas de gestão da pesca e, na falta de parecer científico, adoção de uma abordagem verdadeiramente precaucionária;

Proibição imediata de todas as novas explorações e produção de petróleo e gás offshore;

Adoção de uma moratória legalmente vinculativa à mineração em mar profundo em águas territoriais e internacionais;

Garantir que o aumento de temperatura global não ultrapassa 1,5ºC de modo a limitar o aumento do nível médio das águas do mar e a acidificação do oceano;

Acabar com todas as isenções e subsídios à pesca prejudiciais e para combustíveis fósseis;

Implementação de um Tratado da ONU sobre Poluição Plástica ambicioso que regule e reduza a poluição plástica ao longo de todo o ciclo de vida; e

Adoção de um Tratado do Alto Mar na próxima sessão de negociação das Nações Unidas.

A Marcha foi convocada por cerca de 80 organizações, uma boa parte internacionais.

(via Climáximo)


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