sábado, 12 de novembro de 2022

MAIS CITAÇÕES (206)

 Milhares de pessoas puseram-se em aviões [a caminho do Egito], com o zelo burocrático da inutilidade, e pela 27ª vez foram ouvir discursos piedosos no palco e tratar de assuntos relevantes nos corredores.

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Macron encontrou Maduro e ficou marcada uma conversa de negó­cios com um emissário, que anda tudo ao mesmo: onde arranjar petróleo e gás barato.

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Guterres fez mais um discurso apocalíptico, cada vez menos eficaz, porque o anúncio do Apocalipse só assusta uma vez.

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Que renováveis nos interessam e que modelo de produção queremos para elas?

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Como desglobalizar parte da economia, encurtando cadeias de produção e distribuição, sem devolver os países pobres à miséria?

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Como mudar a alimentação e a agricultura sem destruir culturas e identidades?

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Que instrumentos precisamos para que as nossas cidades, transformadas em ativos financeiros, voltem a ser para lá viver quem lá trabalha, reduzindo movimentos?

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Como as preparamos para o carro ser a exceção vinda do passado e o transporte público a regra do presente?

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Como passaremos a usar muito menos os aviões sem nos confinarmos ao espaço nacional?

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O resto do mundo, que pouco contribuiu para o estado do clima, ainda não tem eletricidade em muitas casas e produção que lhe garanta o mínimo.

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Dizemos que a guerra na Ucrânia terá de ir até às últimas consequências porque está em causa o “nosso modo de vida”, que de qualquer das formas tem os dias contados.

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E achamos que a transição energética, em vez de ser acelerada, pode ser adiada até ao fim do conflito.

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Talvez imaginemos sociedades livres e democráticas em seca extrema ou debaixo de água.

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[Ativistas pela justiça climática] cresceram a pensar nisto e descobriram, quando ganharam consciência política, que os adultos não levam a sério o que lhes ensinaram na escola. 

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[Os antiativismo climático] primeiro negaram-se as alterações climáticas, depois a origem humana dessas alterações, agora o ódio é apenas irracional.

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Não se muda o mundo vivendo fora dele. 

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Que sorte temos que estas ativistas ainda só atirem sopa a vidros para podermos viver, melhor ou pior, neste planeta.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

[A expressão “A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha.” teve lugar] em plena ofensiva do Governo Passos-Portas-troika contra os direitos dos pensionistas e reformados e é a eles que se dirige o amável epíteto de “peste”.

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O discurso “geracional”, mais uma variante dos discursos antidemocráticos que circulam nos dias de hoje, estruturalmente semelhante aos discursos “identitários”, era à época uma forma de legitimar a ofensiva contra a “peste”.

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O que é grave é que ele aparece de novo no actual projecto constitucional do PSD.

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O que sabemos sobre esse projecto [é que tem] uma ou outra ideia razoável, mas muitas más.

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Um partido que aspira a governar, no seu afã de combater o actual Governo, está a fazer uma cama em que se tem de deitar e, nessa cama, passar o seu tempo a litigar com o Tribunal Constitucional.

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Uma das ideias perigosas é exactamente essa da “justiça intergeracional”.

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A última alínea – “reforço da dignidade na terceira idade”, numa formulação de slogan, está lá apenas por razões cosméticas, porque o essencial está antes disfarçado em afirmações confusas.

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A verdade nua e crua, e que muita gente não gosta de ouvir, é que ser jovem é, sob todos os pontos de vista, melhor do que ser velho.

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[Na meia idade] ser desempregado de um dia para o outro com família constituída e receber o subsídio de desemprego por uns meses é um drama maior.

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E, se há injustiça é a invisibilidade social da condição de velho, a que se soma a condição terrível de ser velho e pobre, e que a sociedade, obcecada pela moda da juventude (…) ignora por comodidade e desatenção.

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E ser velho hoje é insulto, e não é preciso ir mais longe para o ver do que as caixas de comentários deste jornal.

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Sim, há “injustiça geracional”, só que num sentido diferente daquele que o PSD coloca nas suas propostas de revisão constitucional.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

A ganância, o egoísmo e a sobranceria cegam e enlouquecem. É isto que vemos desde a escala global à nacional. 

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A realidade evidencia aumento das preocupações e reduz a esperança.

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Reconheço empenho sincero em alguns responsáveis pela Cimeira e em parte dos participantes, mas as contradições são imensas e bloqueadoras. 

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A iniciativa tem patrocínios e apoios de entidades privadas predadoras diretas do ambiente e referências de um estilo de vida demolidor.

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Só caminharemos para soluções quando se falar menos de crescimento para os que já são ricos e muito mais de distribuição da riqueza. 

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O pior do capitalismo mais selvagem brota em força por todo o lado.

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Os conflitos alastram e ninguém parece ver como se descalça a bota da guerra na Ucrânia.

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Os Estados Unidos da América, potência tida por muitos como a intérprete do Bem e da Democracia, é hoje uma sociedade dividida entre bons e maus.

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No nosso país, é hoje bem claro que não eram as reivindicações dos partidos à Esquerda do Partido Socialista que impediam o anterior Governo de uma governação dinâmica, justa e transformadora nos planos económico e social.

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A gula [do PS] contribuiu para enfraquecer essas forças que catapultaram aquele partido para o poder.

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Alguns governantes quase a gritar tirem-me daqui e outros entretidos na gestão da agenda mediática, deixando os grandes problemas sociais e económicos sem resposta.

Carvalho da Silva, JN

 

A agricultura voltada para a exportação é, sem dúvida, o principal motivo de desflorestação no mundo, com estimativas variáveis que podem chegar aos 90%.

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Entre as mercadorias de maior risco, contam-se a carne de bovino e derivados da produção de gado, o óleo de palma, a soja e o cacau.

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Só o consumo da UE é responsável por até 16% da desflorestação tropical.

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O reconhecimento do problema da desflorestação é grande.

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Perante a ineficácia de medidas de auto autorregulação , é necessária regulamentação.

Francisco Ferreira e Ana Tapadinhas, “Público” (sem link)


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