domingo, 30 de junho de 2024

FRASE DO DIA (2271)

 
Não há imparcialidade possível quando estão em causa direitos humanos.

Eduarda Casado Domingues, “Público”


EM CAUSA ESTÁ O FIM DAS MANIFESTAÇÕES DE INTERESSE

 

"Havia muita gente que estava já a trabalhar, a tratar da sua vida, estavam a dormir e depois perceberam, de um momento para o outro, que já não podiam entregar a sua manifestação de interesse", disse à Lusa Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Portugal. Em causa está o fim das manifestações de interesse.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-06-30-alteracoes-as-regras...

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UMA MEDIDA INÉDITA E CORAJOSA, A NÍVEL MUNDIAL

Leia por aqui:

https://capitalreset.uol.com.br/.../dinamarca-sera-o.../

 

UMA POSIÇÃO POUCO CONFORTÁVEL PARA PORTUGAL NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO

 
Via "Diário de Coimbra"

“NUM MUNDO DE PROPAGANDA, A VERDADE É SEMPRE UMA CONSPIRAÇÃO”

 

Anne Lotter

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sábado, 29 de junho de 2024

HÁ BOICOTE À LEI PARA QUE AS MULHERES NÃO TENHAM ACESSO À IVG NO SNS

 

Depois de Paulo Núncio ter feito campanha para que se alterasse a lei de acesso à IVG, toda a gente se apressou a dizer que o governo não iria fazer a alteração. Mas mesmo quem não anuncia muitas vezes acaba por boicotar a lei para que as mulheres não tenham acesso à IVG no SNS. Joana Mortágua

MAIS CITAÇÕES (289)

 
As declarações da Ministra [do Trabalho, há uma semana no sentido de que “Não pode haver em Portugal pessoas a ganhar mais por subsídio de desemprego do que se estivessem a trabalhar”] contêm um equívoco e pressupõem a mudança de um conceito fundamental da lei atual. 

(…)

O equívoco é confundir subsídio de desemprego (…) com “rendimentos dados pelo Estado”.

(…)

[Os desempregados estão] a usufruir de um direito social que resulta dos seus próprios descontos passados.

(…)

A lei protege as pessoas através do conceito de “emprego conveniente”, para impedir que os desempregados tenham de aceitar qualquer proposta de emprego, por qualquer valor, em qualquer lugar.

(…)

Assim, os desempregados têm direito de recusar uma proposta de emprego quando esta não se enquadre naquele conceito de “emprego conveniente”

(…)

Mudar isto é voltar à velha retórica da direita que trata os desempregados a partir do princípio da desconfiança - é “gente que não quer trabalhar”...

(…)

Desfigura um direito social, tratando-o como uma esmola (que não é!).

(…)

A ter em conta as declarações da Ministra, pode até supor-se que uma das hipóteses é transformar descontos dos trabalhadores num subsídio ao seu próprio empobrecimento.

(…)

Questionado no Parlamento esta quarta-feira, o Primeiro-Ministro meteu os pés pelas mãos. 

(…)

Sendo o valor médio do subsídio social de 397 euros mensais, não parece que haja muitas ofertas de emprego em que se ganha menos que o subsídio social de desemprego.

(…)

Ou seja, o que está em debate é mesmo uma mudança de fundo para desproteger os desempregados e baixar os salários.

(…)

Montenegro bem pode esforçar-se por tapar o sol com a peneira, que a Ministra e os patrões já desvelaram do que se trata realmente.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Estamos cada vez mais próximos de uma guerra frontal entre a NATO e a Rússia.

(…)

Em vez de falarem com a Rússia para evitar a hecatombe, encenam uma sinistra “celebração” do dia D, transformando a Rússia, que foi o país chave na derrota do nazismo, num ausente saco de boxe.

(…)

Todos os especialistas que consultei [anos 80 do século XX] me confessavam, em privado, ser inevitável, mais tarde ou mais cedo, uma guerra central com armas nucleares.

(…)

Gorbachev assumiu o comando da URSS. Então, aconteceu um milagre: Gorbachev preferiu salvar a paz, mesmo arriscando sacrificar o império soviético. 

(…)

Ninguém o escutou [em 2014] quando este [Gorbachev] acusou o Ocidente de ter traído a Rússia, cercando-a com a NATO.

(…)

É a atual fragilidade da Rússia que faz aumentar a probabilidade de uma escalada bélica poder conduzir, no limite, a uma guerra nuclear na Europa.

(…)

Na verdade, a mesma liderança medíocre que vai arruinar a zona euro, talvez acabe por deixar mergulhar a Europa num mar de ferro e fogo.

(…)

Os EUA viram na “santidade política” de Gorbachev um sinal de fraqueza e declararam-se vencedores da guerra-fria.

(…)

Quanto mais próxima a NATO estiver da vitória, mais certa será a destruição mútua assegurada num inferno nuclear. O tempo escasseia para evitar este pesadelo.

Viriato Soromenho Marques, DN

 

Tem sido notícia neste jornal a forte contestação ao investimento que o grupo Altri pretende realizar no coração do território galego.

(…)

Trata-se de uma contestação sem precedentes, tais são os nefastos impactos para o território e suas populações, do “modelo de negócio” associado ao grupo empresarial português.

(…)

No investimento que o grupo Altri pretende realizar na Galiza muda o rio.

(…)

Para este grupo empresarial, a produção industrial está associada a extensas plantações de uma monocultura arbórea de espécie exótica e invasora (do ponto de vista científico, não da decisão política), o eucalipto.

(…)

Na Galiza, as plantações de eucalipto incidirão em áreas de elevada biodiversidade, existentes na bacia hidrográfica do rio Ulha. 

(…)

Lá [na Galiza] como cá, o investimento desta indústria recorre à “consultoria” de agentes políticos, membros dos principais partidos na partilha do poder.

(…)

Os anúncios a estes investimentos das celuloses têm sempre associados um cunho “verde “bio”, “sustentável” e “renovável”.

(…)

Por cá, sabemos bem quão “verdes” são os impactos crescentes nos incêndios florestais associados às plantações de eucalipto e às suas projeções.

(…)

Na economia rural, estes investimentos resultam no acelerar do empobrecimento, com efeitos na aceleração do despovoamento e da desertificação.

(…)

Os atuais acontecimentos na Galiza, em particular na província de Lugo, lembram os ocorridos há 35 anos no Norte de Portugal.

(…)

Ao se oporem às celuloses, são hoje regiões de paisagens de menor perigo de incêndios, assentes em modelos agroflorestais de maior valor acrescentado, socialmente de menor impacto de despovoamento e de menores riscos para a saúde pública.

(…)

O que claramente dispensamos são modelos de negócio que priorizam a distribuição de dividendos a acionistas, através da depreciação e da delapidação dos nossos territórios e dos seus recursos naturais.

Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)

 

A organização de lobby pró-israelita gastou 25 milhões de dólares (23,4 milhões de euros) para conseguir derrotar Bowman na terça-feira e assim fazer calar uma das primeiras vozes que se fez ouvir no Congresso dos Estados Unidos a pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza depois de 7 de Outubro.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Aos 25 anos de democracia, a Nigéria continua a ser considerado um regime híbrido, de acordo com o Índice Democrático: nem democracia plena, nem democracia imperfeita, um híbrido entre um regime autoritário e uma aparência democrática.

(…)

O Presidente Bola Tinubu foi eleito o ano passado numa votação tão carregada de irregularidades que até os observadores internacionais tiveram de admitir que lhe faltou transparência, eufemismo para aquilo a que a oposição chamou de fraude, pura e simples.

(…)

Os dois principais partidos do país, Convenção Republicana Nacional (NRC) e Partido Social-Democrata (SDP), foram criados pelos militares, e qualquer político que se pretende lançar na corrida às primárias para ser candidato por qualquer deles precisa de juntar uma fortuna.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


VENTURA PASSOU A FALAR DE TUDO A TODAS AS HORAS

 

"O Chega é um partido que veio para ficar. Mas desde 9 de junho que os seus dirigentes não sabem lidar com isso", diz Ricardo Costa, diretor-geral de informação da Impresa

Leia a crónica completa: https://expresso.pt/.../2024-06-27-o-homem-que-fala-mais...


PORTUGAL NÃO INVESTE O NECESSÁRIO NO SNS E NOS SEUS PROFISSIONAIS

 

Mais de metade do que é atualmente orçamentado para a saúde é dirigido para a aquisição de bens e serviços ao privado. Portugal não investe o necessário no SNS e nos seus profissionais - temos de cuidar de quem cuida de nós.

Fabian Figueiredo


QUANDO OS POBRES SE LEVANTAREM, ACABA-SE A FESTA DOS RICOS…

 
Via Anne Lotter

MAIS UMA ATERRADORA INFORMAÇÃO SOBRE O GENOCÍDIO DE CRIANÇAS EM GAZA

 

Via “O Esquerdista”


sexta-feira, 28 de junho de 2024

CITAÇÕES (761)

 
Para além das 14 mil crian­ças mortas em Gaza, há quatro mil desaparecidas e 17 mil não acompanhadas. 

(…)

Mas a arma israelita mais eficaz é a fome.

(…)

Quase toda a população de Gaza enfrenta níveis elevados de insegurança alimentar aguda.

(..)

E meio milhão vive o último patamar da fome coletiva. 

(…)

Em abril, havia 300 mil retidos no Norte de Gaza a sobreviver com uma média de 245 calorias diárias, 12% do recomendado. 

(…)

Chegam-nos cada vez menos imagens, porque Israel impôs o bloqueio através de ataques a jornalistas.

(…)

O genocídio em Gaza até funciona como manobra de diversão para esconder o que está a acontecer na Cisjordânia.

(…)

O reconhecimento do Estado da Palestina, que o Governo português se recusa a acompanhar, é tão urgente.

(…)

Netanyahu não tem medo da justiça internacional, da ONU ou mesmo da Casa Branca. Sabe que são tudo palavras.

(…)

As armas, o dinheiro e os apoios que interessam continuam a chegar. 

(…)

[O Governo de Israel tem dois propósitos]: acelerar a destruição da solução dos dois Estados e adiar a prisão do corrupto Netanyahu. 

(…)

Se houver uma diferença entre os crimes cometidos pelos soldados israelitas em Gaza e pelos soldados russos em Bucha, será a frieza tecnológica.

(…)

Da violação do direito internacional ao desprezo pelas organizações que o administram, da amoralidade expressa pelos círculos próximos de Netanyahu e de Putin à desumanização de outro povo, nada os distingue.

(…)

A ilegalidade e a amoralidade de ambos [Netanyahu e Putin] resultam da ideia de predestinação nacional, étnica ou religiosa a que todos os outros se devem submeter.

(…)

[O sionismo] transformou-se, nas mãos da extrema-direita, num projeto de limpeza étnica.

(…)

Sem limites, humanos e Estados fazem o mesmo: oprimem, roubam e matam.

(…)

[No Ocidente] quem manifesta solidariedade com Israel, quando assistimos ao genocídio de um povo, entra em todos os salões políticos.

(…)

Apoiantes da agressão russa e da agressão israelita têm uma coisa em comum: escolheram o seu criminoso.

(…)

A moralidade ficaria para quem tem a coerência de tratar Putin e Netanyahu de igual modo: dois candidatos a partilharem a mesma cela.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O processo que conduziu à queda do Governo de Costa é um episódio que a História estudará no paralelismo com o “soft power” dos golpes de estado institucionais.

(…)

Pobre trama, esta, que continua a produzir a prova que comprova a falta de sentido e arbítrio da Procuradoria Geral da República, cuja demissão se impõe, caso não pretenda sair pelo próprio pé.

(…)

Decidindo não correr riscos, mantendo o inaceitável, [Marcelo] fragiliza-se ainda mais, não sendo garante maior do que quer que seja.

(…)

Os próximos capítulos eleitorais indiciam a instabilidade que pode surgir antecipadamente na discussão do Orçamento do Estado, pelo que os posicionamentos partidários actuais nem sequer revelam uma orientação clara.

Miguel Guedes, JN

 

Há de facto um enredo de problemas à volta do MP, mas, de entre eles, eleger a perceção que os portugueses têm do seu funcionamento merece reflexão.

(…)

Parece existir uma relação entre a atuação do MP e a sua falta de credibilidade.

(…)

É evidente que essa perspectiva agrava-se à medida que os casos se sucedem.

(…)

Governar com o intuito de melhorar a perceção que as pessoas têm dos problemas é conflituante com resolver as causas dos problemas.

(…)

O mais difícil é precisamente fazer um ser humano ver as coisas tal como elas são.

(…)

Quando a ação política anda a toque de caixa das perceções está condenada ao fracasso e começa a confundir-se com comunicação e propaganda.

(…)

[O Governo] não pode reduzir problemas complexos, como o que atravessamos com a Justiça e com o MP, ao que é apreendido pelo “olhar do cidadão.”

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Hoje, [nos EUA] como escreve esta semana na revista Time, “o risco de termos alguma forma de guerra civil é desconfortavelmente superior a 50%”.

(…)

Emmanuel Macron, em França, também veio esta semana, a última da campanha para as eleições legislativas antecipadas do próximo domingo, agitar esse fantasma da guerra civil .

(…)

Para a antiga ministra da Educação Najat Vallaud-Belkacem, num comentário no canal BFMTV, ao mencionar a possibilidade de uma guerra civil, Macron “não está apenas a anunciá-la, mas a desejá-la?”

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Esse cordão sanitário [à volta dos partidos de extrema-direita] está cada vez mais fragilizado, porque os partidos conservadores e liberais precisam muitas vezes do extremo para conseguir maiorias à direita e porque os próprios partidos do extremo “se moderaram ao crescer”.

(…)

Para o professor de Harvard, os EUA são hoje “menos democráticos” que em 2015, antes de Donald Trump ser pela primeira vez eleito Presidente, e acredita “que se irão debilitar ainda mais se Trump voltar ao poder”.

(…)

Se Trump voltar a ser eleito “irá provocar uma crise grave, irá debilitar instituições a longo prazo e poderá causar um nível de violência muito preocupante”.

(…)

Trump constitui hoje uma ameaça muito maior para a democracia que em 2016, porque nessa eleição ele “não estava à espera de ganhar, não estava preparado, não tinha plano, nem experiência, nem equipa”.

(…)

Agora sabe [como usar os seus instintos autoritários] Comprar a democracia ou e disse-o “mais abertamente que outros autoritários do século XXI, como Orbán ou Erdogan, que planeia usar o Estado, o Departamento de Justiça para perseguir os seus inimigos políticos.”

António Rodrigues, “Público” (sem link)


GOVERNO QUER TRANSFORMAR O SNS NUMA CENTRAL DE COMPRAS PARA O PRIVADO

 

O plano do governo da AD para a saúde é a receita do governo anterior, mas em esteróides. É um plano mau, inútil e perigoso para o SNS e continua a agravar os problemas estruturais, não respondendo pelas carreiras nem pela falta de profissionais. Mariana Mortágua


UMA VERGONHA!

 

Quando esteve de licença sabática, Ana Paula Martins tinha como objetivo aproveitar esse tempo para apresentar “um plano curricular estratégico” para um curso de formação avançada em Farmacoepidemologia.

Apresentou-o, mas na prática, além de ter o mesmo nome de outro, que a própria frequentou na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, também copiava a estrutura-base desta formação, dividida em quatro módulos exatamente com os mesmos nomes.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-06-28-ministra-da-saude...


SEGUNDO O GOVERNO, NÃO HÁ MAIS DINHEIRO PARA O SNS

 

O orçamento é para estagnar, os profissionais para sobrecarregar e a capacidade para esgotar, ao mesmo tempo que aumentam a transferência para os privados. Neste momento, o país não precisa de um plano para salvar o SNS mas sim de um para salvar o SNS do governo.

Joana Mortágua


A LUTA PELA IGUALDADE FAZ-SE TODOS OS DIAS

 

Faz hoje 55 anos que um motim de pessoas LGBTQI+ reagiu à brutalidade de que era alvo. Foi o início de uma luta que ainda não está totalmente ganha e da qual herdamos as Marchas Orgulho LGBTQI+.

Uma revolta protagonizada por pessoas trans, Drag Queens e Drag Kings, que se comemora até ao dia de hoje. Os direitos ainda não são plenos, a LGBTfobia ainda é um problema que a comunidade enfrenta em Portugal e em todo o mundo.

O mês de junho, mês do Orgulho, está quase a chegar ao fim, mas a luta pela igualdade faz-se todos os dias.

[PELA DEFESA E] PROMOÇÃO DA IGUALDADE, DIGNIDADE E JUSTIÇA PARA TODAS AS PESSOAS

 

No Dia do Orgulho LGBTI+ reforçamos o nosso compromisso na defesa e promoção da igualdade, dignidade e justiça para todas as pessoas, recordando como os direitos LGBTI+ são ainda ameaçados por todo o mundo.

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quinta-feira, 27 de junho de 2024

FABIAN FIGUEIREDO EXPLICA PORQUE É IMPORTANTE INTEGRAR OS MEDIADORES CULTURAIS NA AIMA

 

O líder parlamentar do Bloco, Fabian Figueiredo, socorreu-se da metáfora das gaivotas popularizada" pelo presidente da IL no 25 de Abril para explicar à bancada dos liberais porque é importante integrar os mediadores culturais na AIMA


A IMPORTÂNCIA DA SIGLA LGBTQIA+

 

Num 'Temos de Falar' dedicado ao mês do orgulho LGBTQIA+, Luana do Bem comenta a importância da representatividade e deixa alertas para o crescimento de preconceitos para com a comunidade.

Ouça o programa em podcast: https://expresso.pt/.../2024-06-26-luana-do-bem-a-minha...


FRASE DO DIA (2270)

 
O insucesso escolar não é apenas do aluno, é das famílias e da sociedade. O sistema está feito e pensado como se fossemos todos iguais.

António Vilhena, “Diário de Coimbra”


ALTAMENTE CHOCANTE!

O NORTE DE GAZA ESTÁ A MORRER DE FOME

 

Não há comida nem água em Gaza. Muhammad Khalil


ELE SABE DO QUE FALA…

 
Via "O Esquerdista"

quarta-feira, 26 de junho de 2024

QUEM QUER UMA IMIGRAÇÃO REGULARIZADA, REGULARIZA

 

As alterações do governo à lei da imigração mostram que não aprenderam nada com o passado. Os imigrantes vão continuar a entrar e o que o governo faz é condená-los à clandestinidade e à precariedade. Regularizar, acolher, integrar. Assim trabalhamos para uma cidadania inteira. Mariana Mortágua


CITAÇÕES À QUARTA (109)

 
Julian Assange chegou a acordo com as autoridades norte-americanas [das acusações que impendiam sobre ele no que diz respeito à obtenção e divulgação de documentos confidenciais de defesa nacional dos EUA].

(…)

Assange está detido desde dezembro de 2010 e que, desde então, viveu num absoluto calvário pessoal e judicial.

(…)

[O crime de que estava acusado] coincide em muito com aquilo que faz parte do trabalho do jornalismo de investigação: obter informação confidencial e divulgá-la publicamente.

(…)

Poderia ser condenado a uma pena até 175 anos de prisão, como já tinha sido previamente anunciado.

(…)

O acordo de Assange pode ter evitado uma sentença que marcaria uma ameaça à liberdade de todos os jornalistas.

(…)

A maior ou menor empatia que as pessoas sentem pela situação de Julian Assange tem sobretudo a ver com convicções políticas e muito pouco com a avaliação do seu caso, questões de justiça ou questões humanitárias.

(…)

Essa divulgação de emails teve lugar durante a campanha para as presidenciais norte-americanas em 2016 e faz sentido que tenha contribuído para a derrota de Hillary Clinton nessas eleições.

(…)

A questão que se coloca é: há alguma coisa para perdoar?

(…)

E acredito que escolheu aquele momento [para divulgar os emails,] consciente das consequências.

(…)

A posição [da esquerda mais à esquerda] prende-se sobretudo com o facto de considerarem Hillary Clinton e Trump “igualmente maus”.

(…)

É verdade que Hillary Clinton e Trump eram maus, mas não é verdade que fossem igualmente maus.

(…)

[Mas] o que tramou Hillary Clinton foi a verdade sobre Hillary Clinton; foram os emails que a própria escreveu.

(…)

Julian Assange trouxe para o domínio público informações gravíssimas, das quais nunca teríamos conhecimento e que nos dizem respeito.

(…)

E devemos-lhe também ter posto a nu que as sociedades democráticas em que vivemos não são santuários da liberdade e dos direitos humanos.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Estando nós a meio da década mais crítica para a ação climática, o facto de não se ter conseguido avançar significativamente nas negociações sobre os objetivos de financiamento climático e aumento de ambição demonstra uma desconexão total com a urgência de travar esta crise.

(…)

No que diz respeito à nova meta quantificada coletiva de financiamento climático (NCQG), um dos tópicos mais debatidos no âmbito das negociações, não foi apresentada nenhuma quantia pelos países desenvolvidos.

(…)

Os países em desenvolvimento manifestaram sérias preocupações quanto ao desequilíbrio no texto, sublinhando que este não refletia de forma adequada as suas reiteradas exigências de reconhecimento da responsabilidade histórica, da equidade e do princípio das responsabilidades comuns.

(…)

Para alcançar uma ação climática ambiciosa e alinhada com as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) de 1.5°C, os países desenvolvidos devem disponibilizar milhões de milhões em financiamento público para os países em desenvolvimento.

(…)

[Os países desenvolvidos] continuam a recusar-se a discutir abertamente quanto dinheiro estão dispostos a fornecer.

(…)

Se o financiamento climático for predominantemente feito através de empréstimos, acabará por exacerbar as desigualdades existentes e dificultar o desenvolvimento sustentável.

(…)

É crucial que o financiamento seja justo e que o Norte Global pague a sua dívida climática, fundamentada na responsabilidade histórica para com o Sul Global.

(…)

O artigo 9 do Acordo de Paris reitera que os países desenvolvidos têm a obrigação de fornecer recursos financeiros aos países em desenvolvimento, incentivando os restantes a oferecer apoio voluntariamente.

(…)

Os países em desenvolvimento lideraram com propostas específicas.

(…)

O financiamento climático nas negociações internacionais transformou-se num campo de batalha, um testemunho gritante de anos de negligência e engano por parte dos países desenvolvidos.

(…)

Há mais do que dinheiro suficiente, está é a ser direcionado para as coisas erradas.

Bianca Castro, “Público” (sem link)

 

O Observador é um projeto jornalístico e um projeto político. Tão político que é, desde a sua fundação, sustentado por mecenas ideológicos, apesar da sua comprovada inviabilidade económica.

(…)

Pode mesmo dizer-se que José Manuel Fernandes é um liberal que nunca deu um cêntimo a ganhar a um acionista, o que não deixa de ser irónico. 

(…)

O que caracteriza as ditaduras não é a reação indignada nas redes ou em editoriais. Isso é habitual em democracias. 

(…)

Nas ditaduras a censura faz-se assim, pela calada, sem polémicas, com despedimentos expeditos e discretos.

Daniel Oliveira, “Expresso” online

 

Na CP, a tendência tem sido diminuir a especialização e aumentar a “polivalência” de cada técnico.

(…)

Só por isto, seria justa a luta dos trabalhadores da CP.

(…)

[Outro motivo para se apoiar a greve da CP] é o futuro do planeta: esta é uma greve pelo clima.

(…)

Portugal tem de descarbonizar a sua economia a contrarrelógio.

(…)

O calor extremo matou centenas de pessoas pelo mundo todo nos últimos dias; cheias devastaram o sul do Brasil, a Indonésia ou zonas de Espanha; a seca tornou-se endémica em parte de Portugal.

(…)

Os refugiados climáticos são já mais de 30 milhões – enfim, a crise climática é uma ameaça existencial global.

(…)

Podemos investir milhões nas renováveis (e bem precisamos), mas, sem mudar a mobilidade, vai servir de pouco.

(…)

Teremos de investir, e muito, na ferrovia.

(…)

Mas a questão, neste caso, é mais simples: não há ferrovia sem ferroviários. E sem ferrovia não há descarbonização, ou seja, futuro sustentável.

(…)

Moral da história: sem investir em quem trabalha, não há TGV, centrais solares, hidrogénio verde, nem nada que nos salve.

(…)

De que vale investir milhões em novas linhas, na alta velocidade e na eletrificação se depois não há gente para meter os comboios a andar?

(…)

Sem condições, sem pessoal suficiente, sem estações próximas das pessoas, a ferrovia não compete com o automóvel e a rodovia. E o planeta é que paga.

(…)

É necessário juntar utentes e trabalhadores dos transportes públicos ao movimento por justiça climática, por um planeta habitável e um país que valorize quem trabalha e faça da mobilidade coletiva um serviço público para todos.

Manuel Afonso, “Público” (sem link)