Eduarda Casado Domingues, “Público”
domingo, 30 de junho de 2024
FRASE DO DIA (2271)
EM CAUSA ESTÁ O FIM DAS MANIFESTAÇÕES DE INTERESSE
"Havia muita gente que estava já a trabalhar, a tratar da sua vida,
estavam a dormir e depois perceberam, de um momento para o outro, que já não
podiam entregar a sua manifestação de interesse", disse à Lusa Rana Taslim
Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Portugal. Em causa está o fim das
manifestações de interesse.
Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-06-30-alteracoes-as-regras...
Mais Aqui
sábado, 29 de junho de 2024
HÁ BOICOTE À LEI PARA QUE AS MULHERES NÃO TENHAM ACESSO À IVG NO SNS
MAIS CITAÇÕES (289)
(…)
O equívoco é confundir subsídio de desemprego (…) com
“rendimentos dados pelo Estado”.
(…)
[Os desempregados estão] a usufruir de um direito social que
resulta dos seus próprios descontos passados.
(…)
A lei protege as pessoas através do conceito de “emprego
conveniente”, para impedir que os desempregados tenham de aceitar qualquer
proposta de emprego, por qualquer valor, em qualquer lugar.
(…)
Assim, os desempregados têm direito de recusar uma proposta
de emprego quando esta não se enquadre naquele conceito de “emprego conveniente”
(…)
Mudar isto é voltar à velha retórica da direita que trata os
desempregados a partir do princípio da desconfiança - é “gente que não quer
trabalhar”...
(…)
Desfigura um direito social, tratando-o como uma esmola (que
não é!).
(…)
A ter em conta as declarações da Ministra, pode até supor-se
que uma das hipóteses é transformar descontos dos trabalhadores num subsídio ao
seu próprio empobrecimento.
(…)
Questionado no Parlamento esta quarta-feira, o
Primeiro-Ministro meteu os pés pelas mãos.
(…)
Sendo o valor médio do subsídio social de 397 euros
mensais, não parece que haja muitas ofertas de emprego em
que se ganha menos que o subsídio social de desemprego.
(…)
Ou seja, o que está em debate é mesmo uma mudança de fundo
para desproteger os desempregados e baixar os salários.
(…)
Montenegro bem pode esforçar-se por tapar o sol com a
peneira, que a Ministra e os patrões já desvelaram do que se trata realmente.
José Soeiro, “Expresso” online
Estamos cada vez mais próximos de uma guerra frontal entre a
NATO e a Rússia.
(…)
Em vez de falarem com a Rússia para evitar a hecatombe,
encenam uma sinistra “celebração” do dia D, transformando a Rússia, que foi o
país chave na derrota do nazismo, num ausente saco de boxe.
(…)
Todos os especialistas que consultei [anos 80 do século XX]
me confessavam, em privado, ser inevitável, mais tarde ou mais cedo, uma guerra
central com armas nucleares.
(…)
Gorbachev assumiu o comando da URSS. Então, aconteceu um
milagre: Gorbachev preferiu salvar a paz, mesmo arriscando sacrificar o império
soviético.
(…)
Ninguém o escutou [em 2014] quando este [Gorbachev]
acusou o Ocidente de ter traído a Rússia, cercando-a com a NATO.
(…)
É a atual fragilidade da Rússia que faz aumentar a
probabilidade de uma escalada bélica poder conduzir, no limite, a uma guerra
nuclear na Europa.
(…)
Na verdade, a mesma liderança medíocre que vai arruinar a
zona euro, talvez acabe por deixar mergulhar a Europa num mar de ferro e fogo.
(…)
Os EUA viram na “santidade política” de Gorbachev um sinal de
fraqueza e declararam-se vencedores da guerra-fria.
(…)
Quanto mais próxima a NATO estiver da vitória, mais certa
será a destruição mútua assegurada num inferno nuclear. O tempo escasseia para
evitar este pesadelo.
Tem
sido notícia neste jornal a forte
contestação ao investimento que o grupo Altri pretende realizar no coração
do território galego.
(…)
Trata-se
de uma contestação
sem precedentes, tais são os nefastos impactos para o território e suas
populações, do “modelo de negócio” associado ao grupo empresarial português.
(…)
No investimento que o grupo Altri pretende
realizar na Galiza muda o rio.
(…)
Para
este grupo empresarial, a produção industrial está associada a extensas
plantações de uma monocultura arbórea de espécie
exótica e invasora (do ponto de vista científico, não da decisão política), o
eucalipto.
(…)
Na Galiza, as plantações de eucalipto incidirão
em áreas de elevada biodiversidade, existentes na bacia
hidrográfica do rio Ulha.
(…)
Lá [na
Galiza] como cá, o investimento desta indústria recorre à “consultoria” de
agentes políticos, membros dos principais partidos na partilha do poder.
(…)
Os anúncios a estes investimentos das celuloses
têm sempre associados um cunho “verde” “bio”, “sustentável” e “renovável”.
(…)
Por
cá, sabemos bem quão “verdes” são os impactos crescentes nos incêndios
florestais associados às plantações de eucalipto e às suas projeções.
(…)
Na economia rural, estes investimentos resultam
no acelerar do empobrecimento, com efeitos na aceleração do despovoamento e da desertificação.
(…)
Os
atuais acontecimentos na Galiza, em particular na província de Lugo, lembram os
ocorridos há 35 anos no Norte de Portugal.
(…)
Ao se
oporem às celuloses, são hoje regiões de paisagens de menor perigo de
incêndios, assentes em modelos agroflorestais de maior valor acrescentado,
socialmente de menor impacto de despovoamento e de menores riscos para a saúde pública.
(…)
O que
claramente dispensamos são modelos de negócio que priorizam a distribuição de
dividendos a acionistas, através da depreciação e da delapidação dos nossos
territórios e dos seus recursos naturais.
Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)
A
organização de lobby
pró-israelita gastou 25 milhões de dólares (23,4 milhões de euros) para
conseguir derrotar Bowman na terça-feira e assim fazer calar uma das primeiras
vozes que se fez ouvir no Congresso dos Estados Unidos a pedir um cessar-fogo
na Faixa de Gaza depois de 7 de Outubro.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
Aos 25
anos de democracia, a Nigéria continua a ser considerado um regime híbrido, de
acordo com o Índice Democrático: nem democracia plena, nem democracia
imperfeita, um híbrido entre um regime autoritário e uma aparência democrática.
(…)
O
Presidente Bola Tinubu foi eleito o ano passado numa votação tão carregada de
irregularidades que até os observadores internacionais tiveram de admitir que
lhe faltou transparência, eufemismo para aquilo a que a oposição chamou de
fraude, pura e simples.
(…)
Os
dois principais partidos do país, Convenção Republicana Nacional (NRC) e
Partido Social-Democrata (SDP), foram criados pelos militares, e qualquer
político que se pretende lançar na corrida às primárias para ser candidato por
qualquer deles precisa de juntar uma fortuna.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
VENTURA PASSOU A FALAR DE TUDO A TODAS AS HORAS
"O Chega é um partido que veio para
ficar. Mas desde 9 de junho que os seus dirigentes não sabem lidar com
isso", diz Ricardo Costa, diretor-geral de informação da Impresa
Leia a crónica completa: https://expresso.pt/.../2024-06-27-o-homem-que-fala-mais...
PORTUGAL NÃO INVESTE O NECESSÁRIO NO SNS E NOS SEUS PROFISSIONAIS
Mais de metade do que é atualmente orçamentado para a saúde é dirigido para
a aquisição de bens e serviços ao privado. Portugal não investe o necessário no
SNS e nos seus profissionais - temos de cuidar de quem cuida de nós.
sexta-feira, 28 de junho de 2024
CITAÇÕES (761)
(…)
Mas a arma israelita mais eficaz é a fome.
(…)
Quase toda a população de Gaza enfrenta níveis elevados de
insegurança alimentar aguda.
(..)
E meio milhão vive o último patamar da fome coletiva.
(…)
Em abril, havia 300 mil retidos no Norte de Gaza a sobreviver
com uma média de 245 calorias diárias, 12% do recomendado.
(…)
Chegam-nos cada vez menos imagens, porque Israel impôs o
bloqueio através de ataques a jornalistas.
(…)
O genocídio em Gaza até funciona como manobra de diversão
para esconder o que está a acontecer na Cisjordânia.
(…)
O reconhecimento do Estado da Palestina, que o Governo
português se recusa a acompanhar, é tão urgente.
(…)
Netanyahu não tem medo da justiça internacional, da ONU ou
mesmo da Casa Branca. Sabe que são tudo palavras.
(…)
As armas, o dinheiro e os apoios que interessam continuam a
chegar.
(…)
[O Governo de Israel tem dois propósitos]: acelerar a
destruição da solução dos dois Estados e adiar a prisão do corrupto Netanyahu.
(…)
Se houver uma diferença entre os crimes cometidos pelos
soldados israelitas em Gaza e pelos soldados russos em Bucha, será a frieza
tecnológica.
(…)
Da violação do direito internacional ao desprezo pelas
organizações que o administram, da amoralidade expressa pelos círculos próximos
de Netanyahu e de Putin à desumanização de outro povo, nada os distingue.
(…)
A ilegalidade e a amoralidade de ambos [Netanyahu e Putin]
resultam da ideia de predestinação nacional, étnica ou religiosa a que todos os
outros se devem submeter.
(…)
[O sionismo] transformou-se, nas mãos da extrema-direita, num
projeto de limpeza étnica.
(…)
Sem limites, humanos e Estados fazem o
mesmo: oprimem, roubam e matam.
(…)
[No Ocidente] quem
manifesta solidariedade com Israel, quando assistimos ao genocídio de um povo,
entra em todos os salões políticos.
(…)
Apoiantes da agressão
russa e da agressão israelita têm uma coisa em comum: escolheram o seu
criminoso.
(…)
A moralidade ficaria
para quem tem a coerência de tratar Putin e Netanyahu de igual modo: dois
candidatos a partilharem a mesma cela.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem
link)
O processo que conduziu
à queda do Governo de Costa é um episódio que a História estudará no
paralelismo com o “soft power” dos golpes de estado institucionais.
(…)
Pobre trama, esta, que
continua a produzir a prova que comprova a falta de sentido e arbítrio da
Procuradoria Geral da República, cuja demissão se impõe, caso não pretenda sair
pelo próprio pé.
(…)
Decidindo não correr
riscos, mantendo o inaceitável, [Marcelo] fragiliza-se ainda mais, não sendo
garante maior do que quer que seja.
(…)
Os próximos capítulos
eleitorais indiciam a instabilidade que pode surgir antecipadamente na
discussão do Orçamento do Estado, pelo que os posicionamentos partidários
actuais nem sequer revelam uma orientação clara.
Há de facto um enredo de problemas à
volta do MP, mas, de entre eles, eleger a perceção que os portugueses têm do
seu funcionamento merece reflexão.
(…)
Parece
existir uma relação entre a atuação do MP e a sua falta de credibilidade.
(…)
É
evidente que essa perspectiva agrava-se à medida que os casos se sucedem.
(…)
Governar com o intuito de melhorar a
perceção que as pessoas têm dos problemas é conflituante com resolver as causas
dos problemas.
(…)
O mais
difícil é precisamente fazer um ser humano ver as coisas tal como elas são.
(…)
Quando a ação política anda a toque de
caixa das perceções está condenada ao fracasso e começa a confundir-se com
comunicação e propaganda.
(…)
[O Governo] não pode reduzir problemas
complexos, como o que atravessamos com a Justiça e com o MP, ao que é apreendido
pelo “olhar do cidadão.”
Carmo Afonso, “Público”
(sem link)
Hoje, [nos EUA] como escreve esta semana
na revista Time, “o risco de termos alguma forma
de guerra civil é desconfortavelmente superior a 50%”.
(…)
Emmanuel Macron, em França, também veio
esta semana, a última da campanha para as eleições legislativas antecipadas do
próximo domingo, agitar esse fantasma da guerra civil .
(…)
Para a antiga ministra da Educação Najat
Vallaud-Belkacem, num comentário no canal BFMTV, ao mencionar a possibilidade de
uma guerra civil, Macron “não está apenas a anunciá-la, mas a desejá-la?”
António
Rodrigues, “Público” (sem link)
Esse cordão sanitário [à volta dos
partidos de extrema-direita] está cada vez mais fragilizado, porque os partidos
conservadores e liberais precisam muitas vezes do extremo para conseguir
maiorias à direita e porque os próprios partidos do extremo “se moderaram
ao crescer”.
(…)
Para o professor de Harvard, os EUA são
hoje “menos democráticos” que em 2015, antes de Donald Trump ser pela primeira
vez eleito Presidente, e acredita “que se irão debilitar ainda mais se Trump
voltar ao poder”.
(…)
Se Trump voltar a ser eleito “irá
provocar uma crise grave, irá debilitar instituições a longo prazo e poderá
causar um nível de violência muito preocupante”.
(…)
Trump constitui hoje uma ameaça muito
maior para a democracia que em 2016, porque nessa eleição ele “não estava à
espera de ganhar, não estava preparado, não tinha plano, nem experiência, nem
equipa”.
(…)
Agora sabe
[como usar os seus instintos autoritários] Comprar a democracia ou e disse-o “mais abertamente que
outros autoritários do século XXI, como Orbán ou Erdogan, que planeia usar o
Estado, o Departamento de Justiça para perseguir os seus inimigos políticos.”
António Rodrigues, “Público” (sem link)
GOVERNO QUER TRANSFORMAR O SNS NUMA CENTRAL DE COMPRAS PARA O PRIVADO
O plano do governo da AD para a saúde é
a receita do governo anterior, mas em esteróides. É um plano mau, inútil e
perigoso para o SNS e continua a agravar os problemas estruturais, não
respondendo pelas carreiras nem pela falta de profissionais. Mariana Mortágua
UMA VERGONHA!
Quando esteve de licença sabática, Ana Paula Martins tinha como objetivo
aproveitar esse tempo para apresentar “um plano curricular estratégico” para um
curso de formação avançada em Farmacoepidemologia.
Apresentou-o, mas na prática, além de ter o mesmo nome de outro, que a
própria frequentou na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, também
copiava a estrutura-base desta formação, dividida em quatro módulos exatamente
com os mesmos nomes.
Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-06-28-ministra-da-saude...
SEGUNDO O GOVERNO, NÃO HÁ MAIS DINHEIRO PARA O SNS
O orçamento é para estagnar, os profissionais para sobrecarregar e a
capacidade para esgotar, ao mesmo tempo que aumentam a transferência para os
privados. Neste momento, o país não precisa de um plano para salvar o SNS mas
sim de um para salvar o SNS do governo.
A LUTA PELA IGUALDADE FAZ-SE TODOS OS DIAS
Faz hoje 55 anos que um motim de pessoas LGBTQI+ reagiu à brutalidade de
que era alvo. Foi o início de uma luta que ainda não está totalmente ganha e
da qual herdamos as Marchas Orgulho LGBTQI+.
Uma revolta protagonizada por pessoas trans, Drag Queens e Drag Kings, que
se comemora até ao dia de hoje. Os direitos ainda não são plenos, a
LGBTfobia ainda é um problema que a comunidade enfrenta em Portugal e em todo
o mundo.
[PELA DEFESA E] PROMOÇÃO DA IGUALDADE, DIGNIDADE E JUSTIÇA PARA TODAS AS PESSOAS
No Dia do Orgulho LGBTI+ reforçamos o nosso
compromisso na defesa e promoção da igualdade, dignidade e justiça para todas
as pessoas, recordando como os direitos LGBTI+ são ainda ameaçados por todo o
mundo.
quinta-feira, 27 de junho de 2024
FABIAN FIGUEIREDO EXPLICA PORQUE É IMPORTANTE INTEGRAR OS MEDIADORES CULTURAIS NA AIMA
O líder parlamentar do Bloco, Fabian Figueiredo, socorreu-se da metáfora das gaivotas popularizada" pelo presidente da IL no 25 de Abril para explicar à bancada dos liberais porque é importante integrar os mediadores culturais na AIMA
A IMPORTÂNCIA DA SIGLA LGBTQIA+
Num 'Temos de Falar' dedicado ao mês do orgulho LGBTQIA+, Luana do Bem
comenta a importância da representatividade e deixa alertas para o crescimento
de preconceitos para com a comunidade.
Ouça o programa em podcast: https://expresso.pt/.../2024-06-26-luana-do-bem-a-minha...
FRASE DO DIA (2270)
António Vilhena, “Diário de Coimbra”
quarta-feira, 26 de junho de 2024
QUEM QUER UMA IMIGRAÇÃO REGULARIZADA, REGULARIZA
As alterações do governo à lei da imigração mostram que não aprenderam nada
com o passado. Os imigrantes vão continuar a entrar e o que o governo faz é
condená-los à clandestinidade e à precariedade. Regularizar, acolher, integrar.
Assim trabalhamos para uma cidadania inteira. Mariana Mortágua
CITAÇÕES À QUARTA (109)
(…)
Assange está detido desde dezembro de 2010 e
que, desde então, viveu num absoluto calvário pessoal e judicial.
(…)
[O crime de que estava acusado] coincide em
muito com aquilo que faz parte do trabalho do jornalismo de investigação: obter
informação confidencial e divulgá-la publicamente.
(…)
Poderia ser condenado a uma pena até 175 anos
de prisão, como já tinha sido previamente anunciado.
(…)
O acordo de Assange pode ter evitado uma
sentença que marcaria uma ameaça à liberdade de todos os jornalistas.
(…)
A
maior ou menor empatia que as pessoas sentem pela situação de Julian Assange
tem sobretudo a ver com convicções políticas e muito pouco com a avaliação do
seu caso, questões de justiça ou questões humanitárias.
(…)
Essa
divulgação de emails teve
lugar durante a campanha para as presidenciais norte-americanas em 2016 e faz
sentido que tenha contribuído para a derrota de Hillary Clinton nessas
eleições.
(…)
A questão que se coloca é: há alguma coisa para
perdoar?
(…)
E acredito que escolheu aquele momento [para
divulgar os emails,]
consciente das consequências.
(…)
A posição [da esquerda mais à esquerda]
prende-se sobretudo com o facto de considerarem Hillary Clinton e Trump
“igualmente maus”.
(…)
É verdade que Hillary Clinton e Trump eram
maus, mas não é verdade que fossem igualmente maus.
(…)
[Mas] o que tramou Hillary Clinton foi a
verdade sobre Hillary Clinton; foram os emails que a própria escreveu.
(…)
Julian Assange trouxe para o domínio público
informações gravíssimas, das quais nunca teríamos conhecimento e que nos dizem
respeito.
(…)
E
devemos-lhe também ter posto a nu que as sociedades democráticas em que vivemos
não são santuários da liberdade e dos direitos humanos.
Carmo Afonso, “Público” (sem link)
Estando
nós a meio da década mais crítica para a ação climática, o facto de não se ter
conseguido avançar significativamente nas negociações sobre os objetivos de financiamento climático e aumento de ambição demonstra uma
desconexão total com a urgência de travar esta crise.
(…)
No que
diz respeito à nova meta quantificada coletiva de financiamento climático (NCQG), um dos tópicos mais
debatidos no âmbito das negociações, não foi apresentada nenhuma quantia pelos
países desenvolvidos.
(…)
Os
países em desenvolvimento manifestaram sérias preocupações quanto ao
desequilíbrio no texto, sublinhando que este não refletia de forma adequada as
suas reiteradas exigências de reconhecimento da responsabilidade histórica, da
equidade e do princípio das responsabilidades comuns.
(…)
Para
alcançar uma ação climática ambiciosa e alinhada com as contribuições
nacionalmente determinadas (NDCs) de 1.5°C, os países desenvolvidos devem
disponibilizar milhões de milhões em financiamento público para os países em
desenvolvimento.
(…)
[Os países desenvolvidos] continuam a
recusar-se a discutir abertamente quanto dinheiro estão dispostos a fornecer.
(…)
Se o
financiamento climático for predominantemente feito através de empréstimos,
acabará por exacerbar as desigualdades existentes e dificultar o desenvolvimento
sustentável.
(…)
É
crucial que o financiamento seja justo e que o Norte Global pague a sua dívida
climática, fundamentada na responsabilidade histórica para com o Sul Global.
(…)
O
artigo 9 do Acordo de Paris reitera que os países desenvolvidos têm a obrigação
de fornecer recursos financeiros aos países em desenvolvimento, incentivando os
restantes a oferecer apoio voluntariamente.
(…)
Os países em desenvolvimento lideraram com
propostas específicas.
(…)
O financiamento climático nas negociações internacionais
transformou-se num campo de batalha, um testemunho gritante de anos de
negligência e engano por parte dos países desenvolvidos.
(…)
Há mais do que dinheiro suficiente, está é a
ser direcionado para as coisas erradas.
Bianca Castro, “Público”
(sem link)
O Observador é um projeto jornalístico e um projeto político.
Tão político que é, desde a sua fundação, sustentado por mecenas ideológicos,
apesar da sua comprovada inviabilidade económica.
(…)
Pode mesmo dizer-se que José Manuel Fernandes é um liberal
que nunca deu um cêntimo a ganhar a um acionista, o que não deixa de ser
irónico.
(…)
O que caracteriza as ditaduras não é a reação indignada nas
redes ou em editoriais. Isso é habitual em democracias.
(…)
Nas ditaduras a censura faz-se assim, pela calada, sem
polémicas, com despedimentos expeditos e discretos.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
Na CP, a tendência tem sido diminuir a
especialização e aumentar a “polivalência” de cada técnico.
(…)
Só por isto, seria justa a luta dos
trabalhadores da CP.
(…)
[Outro motivo para se apoiar a greve da CP] é o
futuro do planeta: esta é uma greve pelo clima.
(…)
Portugal tem de descarbonizar a sua economia a
contrarrelógio.
(…)
O calor
extremo matou centenas de pessoas pelo mundo todo nos últimos dias; cheias
devastaram o sul do Brasil, a Indonésia ou zonas de Espanha; a seca
tornou-se endémica em parte de Portugal.
(…)
Os refugiados
climáticos são já mais de 30 milhões – enfim, a crise climática é
uma ameaça existencial global.
(…)
Podemos investir milhões nas renováveis (e bem
precisamos), mas, sem mudar a mobilidade, vai servir de pouco.
(…)
Teremos de investir, e muito, na ferrovia.
(…)
Mas a
questão, neste caso, é mais simples: não há ferrovia sem ferroviários. E sem
ferrovia não há descarbonização, ou seja, futuro sustentável.
(…)
Moral da história: sem investir em quem
trabalha, não há TGV, centrais solares, hidrogénio verde, nem nada que nos salve.
(…)
De que
vale investir milhões em novas linhas, na alta velocidade e na eletrificação se
depois não há gente para meter os comboios a andar?
(…)
Sem
condições, sem pessoal suficiente, sem estações próximas das pessoas, a
ferrovia não compete com o automóvel e a rodovia. E o planeta é que paga.
(…)
É
necessário juntar utentes e trabalhadores dos transportes públicos ao movimento
por justiça climática, por um planeta habitável e um país que valorize quem
trabalha e faça da mobilidade coletiva um serviço público para todos.
Manuel Afonso, “Público” (sem link)