sexta-feira, 28 de junho de 2024

CITAÇÕES (761)

 
Para além das 14 mil crian­ças mortas em Gaza, há quatro mil desaparecidas e 17 mil não acompanhadas. 

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Mas a arma israelita mais eficaz é a fome.

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Quase toda a população de Gaza enfrenta níveis elevados de insegurança alimentar aguda.

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E meio milhão vive o último patamar da fome coletiva. 

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Em abril, havia 300 mil retidos no Norte de Gaza a sobreviver com uma média de 245 calorias diárias, 12% do recomendado. 

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Chegam-nos cada vez menos imagens, porque Israel impôs o bloqueio através de ataques a jornalistas.

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O genocídio em Gaza até funciona como manobra de diversão para esconder o que está a acontecer na Cisjordânia.

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O reconhecimento do Estado da Palestina, que o Governo português se recusa a acompanhar, é tão urgente.

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Netanyahu não tem medo da justiça internacional, da ONU ou mesmo da Casa Branca. Sabe que são tudo palavras.

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As armas, o dinheiro e os apoios que interessam continuam a chegar. 

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[O Governo de Israel tem dois propósitos]: acelerar a destruição da solução dos dois Estados e adiar a prisão do corrupto Netanyahu. 

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Se houver uma diferença entre os crimes cometidos pelos soldados israelitas em Gaza e pelos soldados russos em Bucha, será a frieza tecnológica.

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Da violação do direito internacional ao desprezo pelas organizações que o administram, da amoralidade expressa pelos círculos próximos de Netanyahu e de Putin à desumanização de outro povo, nada os distingue.

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A ilegalidade e a amoralidade de ambos [Netanyahu e Putin] resultam da ideia de predestinação nacional, étnica ou religiosa a que todos os outros se devem submeter.

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[O sionismo] transformou-se, nas mãos da extrema-direita, num projeto de limpeza étnica.

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Sem limites, humanos e Estados fazem o mesmo: oprimem, roubam e matam.

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[No Ocidente] quem manifesta solidariedade com Israel, quando assistimos ao genocídio de um povo, entra em todos os salões políticos.

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Apoiantes da agressão russa e da agressão israelita têm uma coisa em comum: escolheram o seu criminoso.

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A moralidade ficaria para quem tem a coerência de tratar Putin e Netanyahu de igual modo: dois candidatos a partilharem a mesma cela.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O processo que conduziu à queda do Governo de Costa é um episódio que a História estudará no paralelismo com o “soft power” dos golpes de estado institucionais.

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Pobre trama, esta, que continua a produzir a prova que comprova a falta de sentido e arbítrio da Procuradoria Geral da República, cuja demissão se impõe, caso não pretenda sair pelo próprio pé.

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Decidindo não correr riscos, mantendo o inaceitável, [Marcelo] fragiliza-se ainda mais, não sendo garante maior do que quer que seja.

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Os próximos capítulos eleitorais indiciam a instabilidade que pode surgir antecipadamente na discussão do Orçamento do Estado, pelo que os posicionamentos partidários actuais nem sequer revelam uma orientação clara.

Miguel Guedes, JN

 

Há de facto um enredo de problemas à volta do MP, mas, de entre eles, eleger a perceção que os portugueses têm do seu funcionamento merece reflexão.

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Parece existir uma relação entre a atuação do MP e a sua falta de credibilidade.

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É evidente que essa perspectiva agrava-se à medida que os casos se sucedem.

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Governar com o intuito de melhorar a perceção que as pessoas têm dos problemas é conflituante com resolver as causas dos problemas.

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O mais difícil é precisamente fazer um ser humano ver as coisas tal como elas são.

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Quando a ação política anda a toque de caixa das perceções está condenada ao fracasso e começa a confundir-se com comunicação e propaganda.

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[O Governo] não pode reduzir problemas complexos, como o que atravessamos com a Justiça e com o MP, ao que é apreendido pelo “olhar do cidadão.”

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Hoje, [nos EUA] como escreve esta semana na revista Time, “o risco de termos alguma forma de guerra civil é desconfortavelmente superior a 50%”.

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Emmanuel Macron, em França, também veio esta semana, a última da campanha para as eleições legislativas antecipadas do próximo domingo, agitar esse fantasma da guerra civil .

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Para a antiga ministra da Educação Najat Vallaud-Belkacem, num comentário no canal BFMTV, ao mencionar a possibilidade de uma guerra civil, Macron “não está apenas a anunciá-la, mas a desejá-la?”

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Esse cordão sanitário [à volta dos partidos de extrema-direita] está cada vez mais fragilizado, porque os partidos conservadores e liberais precisam muitas vezes do extremo para conseguir maiorias à direita e porque os próprios partidos do extremo “se moderaram ao crescer”.

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Para o professor de Harvard, os EUA são hoje “menos democráticos” que em 2015, antes de Donald Trump ser pela primeira vez eleito Presidente, e acredita “que se irão debilitar ainda mais se Trump voltar ao poder”.

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Se Trump voltar a ser eleito “irá provocar uma crise grave, irá debilitar instituições a longo prazo e poderá causar um nível de violência muito preocupante”.

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Trump constitui hoje uma ameaça muito maior para a democracia que em 2016, porque nessa eleição ele “não estava à espera de ganhar, não estava preparado, não tinha plano, nem experiência, nem equipa”.

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Agora sabe [como usar os seus instintos autoritários] Comprar a democracia ou e disse-o “mais abertamente que outros autoritários do século XXI, como Orbán ou Erdogan, que planeia usar o Estado, o Departamento de Justiça para perseguir os seus inimigos políticos.”

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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