(…)
Ficou provado, para seja quem for que se
inspire nisto, que é possível matar assim, atingindo milhares.
(…)
Se as negociações de cessar-fogo têm sido uma
farsa, esta nova era já faz parte de um novo género.
(…)
O
Joker israelita a rir, enquanto carrega no botão, e milhares de bombas rebentam
em escolas, mercados, hospitais, motas, ruas. Até nos funerais das vítimas da
véspera.
(…)
E continuei a ver títulos como: EUA correm a
travar escalada da guerra. (…). Ao fim de quase um ano, e de
nunca se ter visto tanto horror em directo com tanta lata. E tanta troça.
(…)
Estamos a assistir à piada diabólica da nossa
própria extinção.
(…)
Um atentado terrorista, atingindo civis de
forma indiscriminada, crime contra a humanidade segundo a lei internacional.
(…)
O Hezbollah é talvez o maior exército não
estatal do mundo. Um movimento xiita, financiado pelo Irão
(…)
É
longa a lista de países e grupos que têm interferido dramaticamente na vida dos
libaneses. Inclui Israel, os EUA, a Arábia Saudita ou a Rússia, tal como a
Síria e o Irão.
(…)
Um dos
problemas dos libaneses — e de todos os povos do Médio Oriente, sem excepção —
é a forma como as vidas deles não têm o mesmo valor para um Norte Global,
chamemos-lhe Ocidente.
(…)
Um
Ocidente que elege os seus aliados (por exemplo, a Arábia Saudita) e os seus
inimigos (o Irão), como se uns e outros não fossem carrascos dos seus próprios
cidadãos, e de outros.
(…)
Muitos
líderes ocidentais alimentam a miséria moral da tirania boa e da tirania má,
com puro menosprezo por aqueles povos.
(…)
E escudam-se cobardemente com o Hamas para não
condenar Israel.
(…)
O facto de o Ocidente ter abandonado
obscenamente os palestinianos deu força ao Hezbollah, tal como ao Hamas.
(…)
Netanyahu e Nasrallah são o inimigo de que cada
um precisa, fortalecem-se mutuamente.
(…)
O
minucioso plano dos pagers seria
um ataque-surpresa no contexto de uma guerra, como em 1967, quando Israel
destruiu a aviação egípcia, e tomou o Sinai por terra.
(…)
Porque
é que Netanyahu carregou no botão agora? Para ter mais guerra, fugindo dos
mandados de captura, incluindo o do tribunal da ONU.
(…)
A
guerra de Israel contra a Cisjordânia, onde está em curso a maior destruição
dos últimos 20 anos, além da anexação já na prática.
(…)
Ao
mesmo tempo que os fascistas Ben-Gvir e Smotrich lançam colonos no pátio da Al
Aqsa/Monte do Templo, e hordas de colonos queimam, matam, roubam, protegidos
pelo Exército.
(…)
Tudo
somado, para onde aponta o que tem acontecido desde 7 de Outubro? Para a Grande
Israel. Incluindo uma porção do Sul do Líbano.
(…)
Pela
primeira vez em 42 anos, uma grande maioria de países (124) votou pelo fim da
ocupação ilegal da Palestina, com o prazo de um ano para Israel se retirar. E também pelo embargo de armas e por
sanções
(…)
Isto,
após 50 dias da sentença do Tribunal Internacional de Justiça, que condenou a
ocupação, para que os Estados se comprometam com o que este tribunal da ONU
decidiu.
Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)
O Dia Internacional da Paz, que hoje comemoramos, foi
estabelecido por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em 1981.
(…)
Somos convocados para afirmar a paz e os seus valores.
(…)
A paz é imprescindível para o desenvolvimento humano e
social, e para se trabalharem respostas aos grandes problemas com que a
sociedade se debate.
(…)
Na Constituição da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), em 1919, foi plasmado que “só se pode fundar uma paz universal e
duradoura com base na justiça social”
(…)
Em 1944, para responder à destruição causada pela II guerra
mundial, foi realizada a Conferência de Filadélfia, onde se proclamou que “o
trabalho não é uma mercadoria” e se afirmaram bases da Declaração Universal dos
Direitos Humanos (1948).
(…)
As atuais assimetrias na divisão internacional do trabalho
geram desenvolvimento desigual que se vai reproduzindo e ampliando.
(…)
Essa divisão assimétrica é evidente, também, no acesso
a tecnologias, a novos recursos e ao conhecimento.
(…)
O funcionamento das cadeias globais de valor estão numa fase
crítica e disruptiva, decorrente da confrontação geopolítica. Agravam-se
subordinações.
(…)
A luta pelo trabalho digno e por existência de direitos
laborais e sociais está no centro dos combates pela paz.
O maior arsenal militar da Rússia, na região de Tver, a cerca
de 500km da fronteira da Ucrânia, foi atacado na madrugada de dia 18.
(…)
O ataque de dia 18 pode significar que a NATO autorizou o uso
dessas armas, sem o comunicar publicamente.
(…)
Esse
silêncio não se destina a enganar a Rússia, mas a manter os cidadãos da NATO no
véu de ignorância programada em que nos encontramos há quase 3 anos.
(…)
O que está na ordem do dia é a existência de um estado de
guerra, ainda que não-declarado, entre a NATO e a Rússia.
(…)
Há muita gente brilhante temendo a possibilidade de a
Humanidade ser destruída ou dominada pela IA (Inteligência Artificial). O que
está a acontecer no Ocidente, com aventureiros a fingir de estadistas e
militares incompetentes ao seu serviço, não vai nesse sentido.
(…)
Com imperdoável ligeireza, os líderes do Ocidente
substituíram as lições da Guerra Fria, por um temerário aventureirismo.
(…)
A maioria esmagadora dos cidadãos no Ocidente recusam o
suicídio.
(…)
Como é possível que os nossos Governos e Parlamentos deixem a
questão da vida ou morte dos povos do Ocidente entregue a incendiários
aprendizes de Dr. Strangelove, como Stoltenberg?
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