(…)
Ao longo das últimas três décadas a denúncia da
insustentabilidade em todas as suas figuras não parou de reunir consenso
científico e reconhecimento institucional a todos os níveis.
(…)
Apesar disto, a situação da crise global não
parou de se agravar paulatinamente.
(…)
Dos nove Limites de Referência do modelo
Planetary Boundaries estabelecido pelo Potsdam Institut — sete já foram
ultrapassados.
(…)
Tudo problemas que induzem uma mudança de
estado do sistema do planeta Terra com múltiplas repercussões em cadeia.
(…)
Só no último ano saíram importantes relatórios
e alertas por parte dos cientistas.
(…)
Ainda esta semana, a carta aberta de líderes
globais e prémios Nobel pedindo com urgência um “tratado de não-proliferação
das energias fósseis”.
(…)
Também a comunicação social tem noticiado com abundância
não só os estudos científicos, como as inúmeras ações dos inúmeros
protagonistas para a defesa do ambiente no planeta.
(…)
[Não passa] pela cabeça de ninguém que a emenda
dos erros não estivesse prestes a acontecer.
(…)
Os produtores ativos das causas da crise global
não só continuam impávidos e serenos, como aceleram e intensificam a sua ação
nefasta.
(…)
Todos os indicadores provam que nunca se
destruiu tanto e poluiu tanto como nos últimos anos.
(…)
As mais simples e democráticas manifestações públicas
ambientais chegam a estar policial e judicialmente perseguidas.
(…)
O resultado é o atual retrocesso político de
todas vias de recuperação daquilo que constitui a mais grave crise que a
Humanidade atravessa desde há muitos milhares de anos.
(…)
No momento em que recuam as políticas públicas
ambientais até mesmo na União Europeia, também assistimos no nosso país à
ironização desenvolta dos mais elementares conhecimentos científicos sobre
ambiente, sustentabilidade e clima.
Luísa Schmidt, “Expresso”
(sem link)
Mesmo
com tantos avanços no diálogo em torno de minorias sexuais, a assexualidade
continua a ser uma identidade minoritária praticamente invisível e mal
compreendida.
(…)
A assexualidade continua a ser esquecida.
(…)
Num
mundo que coloca a sexualidade no seu centro, é fácil esquecer que também
existem vivências fora desse círculo, que merecem ser reconhecidas e
compreendidas.
(…)
A assexualidade é definida como a ausência de
atracção sexual por outras pessoas.
(…)
Pessoas
grey-assexuais sentem atracção sexual de forma rara ou ocasional, enquanto as
pessoas demissexuais sentem atracção sexual após desenvolverem uma forte ligação
emocional com outra pessoa.
(…)
Vivemos numa cultura ocidental que valoriza a
atracção sexual e a percebe como uma experiência universal.
(…)
A assexualidade é muitas vezes posta em causa,
mal compreendida ou vista como algo temporário ou “anormal”.
(…)
Muitas
pessoas do espectro da assexualidade acreditam que há algo de errado com elas e
que as suas vivências não são válidas.
(…)
Quando
a assexualidade é mencionada, é frequentemente recebida com comentários como
“ainda não encontraste a pessoa certa” ou “isso é só uma fase”.
(…)
A assexualidade, como qualquer outra identidade
sexual, é uma parte válida e rica da diversidade humana.
(…)
É essencial que a assexualidade deixe de ser a
minoria de que ninguém fala.
Ana Catarina Carvalho,
“Público” (sem
link)
Um
dos apoios que [o Fundo Ambiental] prevê, desde 2019, é um incentivo ao abate
de carros de combustão antigos.
(…)
Dando
um apoio, com esse abate, ao financiamento de veículos eléctricos ou híbridos.
(…)
Na
verdade os carros eléctricos não se destinam a salvar o planeta mas sim a
indústria automóvel.
(…)
A verdadeira solução de mobilidade centra-se
nos transportes públicos e meios suaves.
(…)
[No
Orçamento de 2024],para além de se manterem os apoios referidos com o incentivo
ao abate, passou a prever-se também a opção pela atribuição de um Cartão de
Mobilidade creditando o valor pelo abate.
(…)
Este
cartão com uma validade longa, serviria para utilizar no pagamento de viagens
em qualquer meo de transporte público coletivo no país.
(…)
Em vez de trocar um carro
por outro na via pública, retirava-se um carro da via pública trocando por
viagens como incentivo.
(…)
O valor a atribuir à viatura
abatida ficou para fixar por despacho a publicar pelo governo… desde Dezembro
de 2023… tristemente típico.
Mário Reis, “diário as beiras”
No dia
4 de outubro de 2024, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou
os acordos de comércio de agricultura e pescas feitos em 2019 entre a União
Europeia (UE) e o Reino de Marrocos como estando em
violação com a autodeterminação do povo saraui.
(…)
[A
Frente Polisário] é a legítima representante do povo do Sara ocupado, quando
afirma que este acordo entre a UE e Marrocos foi feito ao arrepio do
consentimento dos sarauís.
(…)
[O Sara Ocidental] tem direito a um referendo
que permita aos sarauís expressarem a sua opinião quanto ao seu futuro.
(…)
É
essencial não esquecer os territórios que, fruto da ocupação colonial europeia
no passado, estão ainda em vias de ver reconhecido o seu direito à
autodeterminação.
(…)
É com
a certeza de que a causa e luta do povo sarauí é tão atual como sempre que as
deputadas e os deputados abaixo identificados criaram um Grupo Parlamentar de
Amizade com o Sara Ocidental.
(…)
Esperamos
que esta decisão seja respeitada por todas as partes, contribuindo assim para a
resolução desta ocupação que dura há décadas.
Inês Sousa Real (PAN); Jamila Madeira (PS); Jorge
Pinto (Livre); Marisa Matias (BE); Miguel Costa Matos (PS); Paula Santos (PCP),
“Público” (sem link)
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