sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

CITAÇÕES

 
Quem, na oposição, aceitou equiparar a PSP e a GNR à PJ, forças incomparáveis nas funções, critérios de entrada ou exigências de exclusividade, estava, quando chegasse ao poder, condenado a beber o cálice da demagogia até ao fim.

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E como não se indignarem quando, apesar de o salário médio líquido ser de €972 (a que acrescem subsídios), a primeira proposta do Governo ter sido a de baixar o salário de entrada?

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E como não se impacientarem quando a sua carreira não é revista há 20 anos?

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É mais uma classe a sofrer duas décadas de degradação da Função Pública que acompanha um discurso político de ataque às funções do Estado.

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Precisaremos de uma estrutura profissional e nacional com carreiras atrativas. 

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Preparar o país para os efeitos das alterações climáticas tem custos pagos pelos impostos.

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É impossível cobrir estes custos se o populismo fiscal continuar a dominar o discurso político.

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Não me esqueço da conivência [de Montenegro] com todas as demonstrações de abandalhamento nas forças que armamos, aproveitando-o até [quando estava na oposição].

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Ou do oportunismo de quem se pendurou em “movimentos inorgânicos” de enfermeiros, fragilizando os sindicatos. 

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Não se pode esperar que os bombeiros respeitem uma barreira de polícias quando os polícias fizeram o mesmo nas escadarias da Assembleia da República.

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O poder político não pode esperar respeito pelas regras quando um partido instala a baderna no Parlamento perante a tibieza medrosa de quem o preside.

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Quando saíram das negociações, os dirigentes sindicais explicaram que a manifestação não fora marcada por eles. Conhecemos a marca de água daquele comportamento. 

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Mais do que o Governo ou o patrão, quem alimenta estes movimentos “inorgânicos” tem os sindicatos como alvo. 

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Em vez de se sentir incomodado, quem andou a tirar poder aos sindicatos, desinstitucionalizando o conflito laboral, deve assumir as suas responsabilidades. 

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Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O inconcebível protesto dos bombeiros sapadores em algumas ruas de Lisboa e junto ao Campus XXI pode ser uma árvore no meio da floresta que estamos cansados de ver ardida, um momento de exaustão de uma classe profissional que não aguenta mais o ostracismo a que tem sido votada.

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Os bombeiros sapadores podem querer apagar os seus fogos assim, cansados de arder em lume brando.

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Apesar de algumas legítimas reivindicações da classe, que não vê condições revistas há 22 anos, (…) [levanta] sérias dúvidas sobre a instrumentalização do fogo.

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A manifestação até pode ser um rastilho como os outros, que acaba por estourar na demagogia ou na ânsia de violência que capitalize para outros voos.

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No caso dos bombeiros sapadores, assistimos à maior demonstração de “friendly fire” corporativo, como nas guerras onde as baixas são contadas por fogo amigo, dentro da própria trincheira.

Miguel Guedes, JN

 

O enfraquecimento do Irão interessa a israelitas e turcos e ambos beneficiam da fragilização do xiismo nas suas fronteiras e do regime iraniano na generalidade.

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Uma coisa é a retórica inflamada de Erdogan contra Israel por causa da Faixa de Gaza e o Líbano, outra coisa é o pragmatismo para um Governo turco que sonha restaurar um império otomano de influências.

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Em duas décadas de discursos turcos mais ou menos vociferantes contra Israel, as relações comerciais entre os dois países nunca deixaram de aumentar.

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Quem escreve sobre a existência de um conluio entre Israel e a Turquia poderá não andar longe da verdade – mesmo que não seja explícito, será pelo menos tácito.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

A indústria televisiva passou a jogar papel importante na diplomacia turca depois de Erdogan chegar ao poder, como ferramenta de soft power destinada a melhorar a imagem do país.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

No final de 2013, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 5 de dezembro de 2014 como o primeiro Dia Mundial dos Solos (DMS).

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Deste então, esta data é celebrada todos os anos para destacar a importância deste recurso essencial e não-renovável, do qual dependemos para produzir cerca de 95% dos alimentos que consumimos.

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Apesar da sua importância, a situação dos solos no mundo é preocupante. Segundo a FAO, cerca de 33% dos solos estão degradados e mais de 90% poderão estar nesta situação até 2050, especialmente os solos agrícolas.

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Esta realidade torna urgente a adopção de práticas de gestão sustentável dos solos.

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É este conhecimento [sobre as propriedades do solo e das suas dinâmicas ao longo do tempo] que permitirá proteger os solos e garantir a sua capacidade de sustentar a vida no planeta, agora e no futuro.

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Em cada cmde solo saudável, biliões de microrganismos interagem de forma complexa, decompondo matéria orgânica e suprimindo doenças. 

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O século XXI trouxe a sequenciação de próxima geração (NGS), uma tecnologia que permite estudar diretamente o DNA do solo, identificando milhares de espécies microbianas sem a necessidade de cultivo.

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A perda de diversidade microbiana causada por práticas agrícolas intensivas e pela poluição compromete a saúde do solo e, consequentemente, as suas funções.

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A perda de diversidade microbiana causada por práticas agrícolas intensivas e pela poluição compromete a saúde do solo e, consequentemente, as suas funções.

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A NGS já transforma as práticas de gestão dos solos. Na agricultura, avalia a saúde microbiana do solo, orientando intervenções como o uso de fertilizantes orgânicos ou simplesmente na redução dos clássicos fertilizantes de síntese.

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Que este Dia Mundial do Solo inspire ações para desvendar os seus mistérios e preservar as suas riquezas para o futuro.

Helena Moreira e Albano Beja-Pereira, “Público” (sem link)

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