quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

CITAÇÕES À QUARTA (143)

 
Parece-me inaceitável que um autarca que, como presidente da Câmara Municipal de Vagos, fez ajustes diretos com o escritório de Luís Montenegro seja convidado pelo mesmo Montenegro para membro do governo. 

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A relação do escritório de Montenegro com autarquias do PSD, que financiaram boa parte da sua atividade como advogado, mereceu uns apertos iniciais.

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O líder do PSD atravessou a campanha eleitoral sem ser incomodado com o tema.

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O facto de Luís Montenegro não ter sentido a necessidade de explicar publicamente a remodelação que fez diz bem do estado de anemia do escrutínio político a que qualquer governo está sujeito.

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Todas [as leis ou medidas de governo] afetarão qualquer atividade profissional ou empresarial da sua mulher e filhos.

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Alguns dirão que Luís Montenegro paga o tipo de oposição a que a direita se dedicou em boa parte do governo de António Costa e Pedro Nuno Santos.

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As coisas têm o valor legal e moral que têm e os critérios de exigência não deve mudar conforme o governo.

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Compreende-se, no entanto, que André Ventura aproveite o episódio irrelevante para apresentar uma moção de censura.

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Deveríamos chamar-lhe uma moção de diversão

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Os casos que se sucedem no Chega [exigem um foguetório que distraia os eleitores].

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Os dois aliados de Donald Trump terão mais do que aquilo que alguma vez esperaram conseguir.

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O Presidente dos EUA vai conceder a ambos, respectivamente, a anexação de Gaza e da Cisjordânia e de uma grande parte do território da Ucrânia.

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Donald Trump vai sacrificar o direito dos palestinianos a um Estado, a usufruírem de quaisquer direitos cívicos, ferindo de morte qualquer noção de direito internacional.

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Benjamin Netanyahu e Vladimir Putin, ambos acusados de crimes de guerra, estão caucionados pela Casa Branca e não há nada que os possa travar a partir daqui.

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O que J.D. Vance, Pete Hegseth e Keith Kellogg vieram dizer a Munique e a Bruxelas foi que o Tio Sam não quer nada connosco.

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Os emissários de Donald Trump nutrem pelo bloco europeu o mesmo desdém que reservam aos democratas e a todos com os quais não concordam.

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J.D. Vance está muito preocupado com as eleições presidenciais romenas, porque a anulação dos resultados impediu a vitória de um candidato com públicas e assumidas paixões pelo III Reich.

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A internacional da extrema-direita vai dando passos firmes.

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É de um cinismo insuportável criticar os países europeus por uma suposta limitação da liberdade de expressão, quando o que o vice-presidente dos EUA defende é que a mentira manipuladora e o discurso de ódio mais hediondo possam circular sem limites.

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Para acabar de vez com o escrutínio, os EUA de hoje vivem uma época de purga, de censura e, talvez ainda pior, de autocensura.

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O que mais preocupa J.D. Vance e companhia são as regras e a regulação do mercado europeu, que pode refrear a crescente influência das empresas tecnológicas na criação de uma atmosfera tóxica.

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Esta administração só aceita as suas próprias regras e não hesita, até, em colocar em causa a independência do poder judicial.

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Diplomacia é outras das palavras que não fazem parte do actual vocabulário de Washington.

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Os países europeus têm de se responsabilizar pela sua própria segurança.

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Para que serve a NATO, se os EUA a encararem apenas com uma central de compras para benefício próprio.

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A Europa não deve deixar de ser a Europa, deve resistir à chantagem, responder à humilhação e fortalecer a sua autonomia.

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Num mundo cada vez mais fragmentado, a UE está entalada entre duas ameaças, a do imperialismo russo e a do imperialismo norte-americano.

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A UE se fortalece ou desaparece.

Amílcar Correia, “Público” (sem link)


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