quarta-feira, 16 de julho de 2025

CITAÇÕES À QUARTA (163)

 
Um dos contextos mais frágeis em que uma mulher durante toda a sua vida é quando está em trabalho de parto.

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É neste contexto que, demasiadas vezes, as parturientes sofrem violência física e verbal de profissionais de saúde. 

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Há práticas e rotinas de tratamento médicos que foram normalizadas ao longo do tempo que podem, e devem ser questionadas,

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É importante olharmos para a medicina com sentido crítico, criando um ambiente saudável de discussão e evolução. 

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Há que ter em conta que a violência obstétrica existe em Portugal.

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Ora, tal faz com que tenha sido extremamente importante criar uma Lei que proteja as pessoas da violência obstétrica.

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Somos o primeiro país europeu a ter na lei o termo “violência obstétrica”, o que significa que Portugal está no caminho certo.

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É importante olhar para os dois lados do contexto médico e humano do parto: o cuidado e respeito pelas parturientes e a formação e condições laborais dos profissionais de saúde.

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A questão da violência obstétrica não é somente um problema das parturientes que a sofrem, mas também das fracas condições de descanso e horários dos profissionais de saúde da área.

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Ora, mesmo com o grande avanço que representa esta lei, é importante perceber como se pode melhorar a mesma, no sentido de englobar a problemática completa da violência obstétrica.

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Trata-se de uma forma de violência institucional e de género, que afecta negativamente a saúde física, emocional e mental das mulheres e bebés.

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A violência obstétrica é sistémica.

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Não se veja a questão da “violência obstétrica” como um ataque aos e às obstetras, mas como uma proteção em relação aos profissionais de saúde, para além das parturientes.

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As mulheres não são máquinas de parir, nem os e as/os obstetras são máquinas de fazer parir.

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É preciso que o Estado e os hospitais respeitem os profissionais de saúde.

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Em relação às parturientes, é indispensável que sejam ouvidas, que sejam cuidadas, informadas, respeitadas.

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O nosso país está a ser pioneiro na Europa, ao incluir o termo “violência obstétrica” na Lei.

Clara Não, “Expresso” online

 

Com o entendimento entre PSD e Chega no que há de fundamental na lei da nacionalidade e nas mudanças na imigração, que teve como extra outro no IRS, não faz sentido continuar a falar do “não é não”. Morreu.

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Até agora, Montenegro fazia um jogo de dupla chantagem, em que atirava para o PS e para o Chega a responsabilidade de qualquer crise política.

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Com o resultado eleitoral, percebeu que o Chega nunca será punido.

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Tudo o que é essencial é negociado com o Chega, sobretudo o que é essencial para o próprio Chega.

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Onde deveria haver um cordão sanitário, o Chega é o interlocutor.

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Quando chegar a hora de aprovar a fatura, encosta o PS à parede, responsabilizando-o por uma crise.

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A estratégia de José Luís Carneiro é esperar por uma crise para pôr as garras de fora. 

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Ventura tem garras que Carneiro nunca terá.

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Quem não percebeu [a escolha de Amadeu Guerra para procurador-geral da República], reveja o papel a que se prestou, com a absurda abertura de um processo a Pedro Nuno Santos nas últimas eleições.

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É bom recordar que o entendimento com a extrema-direita não resulta da moderação do Chega. Pelo contrário.

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Só no final do ano passado [o PSD] se começou a aproximar da extrema-direita.

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No essencial, o pacote legislativo do governo integra a agenda do Chega.

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Esta clarificação nasce do resultado eleitoral, das vantagens em haver manobras de diversão.

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[O PS] voltou às “abstenções violentas”.

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Mal o PS se mostrou realmente disponível para um bloco central informal, Montenegro pôde descansar e dedicar-se apenas à relação com o Chega.

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Ao deslocar-se mais para a direita, [o PSD] normalizou as posições do Chega, tornando mais fáceis os entendimentos políticos.

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[O PS foi levado a anular-se e] a acentuar a perigosa rampa deslizante a que assistimos.

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Até os autarcas do PS estão a ser levados nesta avalanche.

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Veremos se as coisas mudam, ou se a via portuguesa será a italiana, em que a esquerda não centrista desapareceu do espaço institucional.

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Seja qual for o futuro, a normalização do Chega acabou com os problemas da direita. 

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[A esquerda] tem de recuperar o lugar de oposição firme ao governo mais à direita da nossa história democrática.

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[O papel da esquerda] não é tentar manter um cordão sanitário de que não resta qualquer vestígio.

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É ser a oposição a este governo.

Daniel Oliveira, “Expresso” online

 

Vivemos um tempo estranho em que há quem, conscientemente ou não, prefira ignorar ou relativizar a ciência que nos diz que as alterações climáticas são um facto documentado, medido e explicado que está a transformar o mundo em que vivemos.

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A todos, a ciência é clara: o planeta está a aquecer, os impactos são visíveis e a origem humana das alterações climáticas é inegável.

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A todos, a ciência é clara: o planeta está a aquecer, os impactos são visíveis e a origem humana das alterações climáticas é inegável.

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A ciência não é democrática, é factual. É feita de observação, medição, experimentação e validação independente.

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As alterações climáticas não são uma questão de opinião. São uma certeza científica, confirmada por milhares de estudos.

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O grande risco hoje não é a ignorância, mas a indiferença. É a apatia estratégica de quem sabe, mas não age.

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A ciência já fez o seu trabalho: diagnosticou, alertou, propôs caminhos.

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Porque a crise climática é também uma crise humanitária, económica e democrática.

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Precisamos de líderes que tenham a coragem de ser honestos com as pessoas.

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Negar a ciência nunca resolveu nenhuma crise.

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Se ignorarmos a ciência, seremos as vítimas voluntárias da nossa própria irracionalidade e da nossa estupidez.

Bernardo Ivo Cruz, DN


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