(…)
No ano passado, quase toda a nova capacidade de produção de energia
veio de fontes renováveis.
(…)
O sol e o vento são agora as fontes de energia mais baratas
do planeta.
(…)
Os países apegados aos combustíveis fósseis não estão a
proteger as suas economias, estão a prejudicá-las.
(…)
As energias limpas também garantem a soberania e a segurança
energéticas.
(…)
Não há picos no preço da luz do sol, nem embargos ao vento e
quase todas as nações têm recursos renováveis suficientes para serem
autossuficientes em energia.
(…)
Por fim, as energias limpas impulsionam o desenvolvimento.
(…)
Os combustíveis fósseis ainda dominam os sistemas energéticos
e as emissões continuam a subir quando deveriam estar a cair.
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Os governos devem estar totalmente comprometidos com o futuro
das energias limpas.
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[Há que] abranger todas as emissões e setores e traçar um
caminho claro para as energias limpas.
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Os países do G20, responsáveis por cerca de 80% das emissões
globais, devem assumir a liderança.
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Sem redes modernas e sem armazenamento, as energias
renováveis não podem atingir o seu potencial.
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Os governos devem ter como desígnio satisfazer a crescente
procura de energia através das renováveis.
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Devemos integrar a justiça na transição energética.
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Os países em desenvolvimento continuam encurralados no fundo
das cadeias de valor.
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As cadeias de abastecimento de energias limpas estão
altamente concentradas e o comércio global está a fragmentar-se.
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É necessário canalizar financiamento para os países em
desenvolvimento.
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África recebeu apenas 2% do investimento global em renováveis
no ano passado, apesar de possuir 60% dos melhores recursos solares do mundo.
(…)
Uma nova era energética está ao nosso alcance.
António Guterres, “Expresso” online
Hoje em dia, a
única forma possível de alguém conseguir pagar uma renda de casa sem colegas de
casa é juntando-se com o namorada ou namorada.
(…)
Depois de muitos
anos a partilhar casa com pessoas começam as discussões recorrentes sobre
incompatibilidades de como se vive em casa.
(…)
O preço das rendas e das casas estão-nos a tirar esse passo
importante de auto-descoberta e liberdade [que é viver-se sozinha/o para
se perceber realmente como se gosta de viver].
(…)
Conseguir pagar
uma renda e ter casa própria deveriam ser direitos de comum acesso e não um
luxo.
(…)
Há cada vez mais
pessoas que mesmo trabalhando a tempo inteiro não têm dinheiro para pagar uma
renda, acabando por se tornarem “sem-abrigo funcionais”.
(…)
É urgente acabar
com o mercado livre da especulação imobiliária e regulamentar tetos de renda e
de preços de venda de habitações.
(…)
Temos de
construir um país com equidade de acesso a direitos humanos para todas as
pessoas e não apenas para quem tem privilégios económicos acima da média.
(…)
A especulação imobiliária continua a empurrar-nos para
relações amorosas de co-habitação.
O governo quer retirar das aprendizagens essenciais da
disciplina de cidadania e desenvolvimento tudo o que tenha a ver com sexualidade e saúde sexual e reprodutiva.
(…)
A escola não é apenas lugar onde se recebem
conhecimentos científicos, é lugar de construção de comunidade.
(…)
O que aqui está em questão é um pouco mais básico
do que isto: saúde pública e cuidado mínimo.
(…)
Com raríssimas exceções, nunca foi nem é em casa
[que se recebeu e recebe educação sexual]
(…)
Tenho, se me permitem o palpite, todas as dúvidas
que esta opção [das alterações das aprendizagens essenciais da disciplina de cidadania e desenvolvimento] tenha vindo do ministro da Educação.
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A opção parece-me vinda de cima. Para responder ao ruido das
redes sociais e da extrema-direita, não de preocupações transmitidas pelas
escolas.
(…)
Sentindo que o PS está nas lonas e incapaz de ir
à luta em qualquer debate, Montenegro quer fazer o pleno e destrunfar
o Chega.
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[Montenegro] até inventou um Ventura que, acabado
de ler nomes de crianças no parlamento, se estaria a moderar.
(…)
A cada nova vitória, o Chega trará novo tema,
continuando a dominar a agenda.
(…)
Até ver, isto dá jeito momentâneo ao governo,
porque assim nos põe a falar de tudo, menos
de saúde e habitação, os dois problemas que mais preocupam o País.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
Na verdade [os imigrantes] são usados: para
trabalhar muito, ganhar pouco, e ainda serem os bodes expiatórios convenientes.
(…)
Este
processo de desumanização serve para desviar a atenção das verdadeiras causas
dos problemas com que lidamos atualmente e para aprofundar a exploração.
(…)
Relativamente
à insegurança, as estatísticas estão aí e mostram que, tendo a imigração
aumentado, o mesmo não é verdade para a insegurança.
(…)
Fazem-no
para trabalhar e melhorar a vida, quaisquer que sejam, portugueses – que são
aos milhões – e de outras nacionalidades.
(…)
[Portugal]
tem uma economia que paga historicamente baixos salários e se baseia, cada vez
mais, na baixa produtividade dos serviços, turismo e construção.
(…)
[O] Governo
e a maioria do Parlamento o que querem, a partir de agora, é transformar uma
grande parte dos migrantes em escravos, não sem o apoio dos mesmos patrões que
reclamavam mais mão de obra e o abaixamento do custo do trabalho.
(…)
A recusa de documentos [que uma boa parte dos
imigrantes está a receber] tem uma intenção clara: votá-los a uma forma de
escravatura.
(…)
Sem documentos não têm quaisquer direitos.
(…)
Numa
sociedade de escravos, o trabalho em geral será pior para todos, porque se tu
não queres aceitar, teremos sempre ali o escravo que é obrigado a fazê-lo.
(…)
Uma sociedade que normaliza a exclusão, o medo
e a exploração é uma sociedade doente.
(…)
É tempo de escolher entre o caminho da
dignidade ou o da barbárie.
Rita Silva, “Público”
(sem link)
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