sábado, 29 de junho de 2019

CITAÇÕES


O período experimental é assim a mais precária de todas as relações laborais previstas na lei (muito mais precária que um contrato a prazo).
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Ao propor que se duplique de 90 dias para 180 o período experimental de jovens à procura do primeiro emprego e de desempregados de longa duração, o Governo condena estes dois grupos a um estatuto laboral de menoridade de direitos.

Todos os anos o português escrito em Portugal se afasta do do Brasil, de Angola, Cabo Verde, onde o acordo ou não existe ou não é aplicado.
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E não me venham também com o facto de ser apenas um acordo na ortografia, que não afecta a oralidade, nem a riqueza lexical.
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Falar com vocabulário variado e rico, algo que só se tem lendo, dá poder.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Os princípios e a prática decorrentes da Lei de Bases da Saúde (LBS) de 1990, ainda em vigor, deram consequências no Serviço Nacional de Saúde (SNS), cujos resultados são agora evidentes em algumas áreas e são os seus autores que contra eles mais vêm reclamar.
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O problema [do subfinanciamento do SNS] não é pois de hoje nem de ontem e não se vai resolver facilmente, sobretudo se o espírito da LBS perdurar como estamos em risco de acontecer.
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Os grupos privados têm folga para atrair médicos e enfermeiros com melhores remunerações e com práticas diárias com menos stress.
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O cumprimento efectivo das carreiras médicas e a exclusividade bem remunerada tem de fazer parte das soluções.
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Portanto, o privado e as PPP’s são só bons para os casos fáceis e o público é para os casos difíceis.
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A prática de anestesia nos privados é mais tranquila, além de mais bem remunerada.
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O sector privado fica com o filet mignon, aumenta os lucros, tem “boa gestão”, e o sector público emagrece, tem dívidas (também aos privados) e recebe os casos difíceis e caros.
Isabel do Carmo, “Público” (sem link)

No caso concreto norte-americano, desde Abril de 2018 — mês em que foi anunciado, pela administração Trump, o programa Tolerância Zero — que, com alguns avanços e recuos, fruto da pressão internacional, a política anti-migratória se tem revelado cada vez mais desumana.
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Importa questionar a incapacidade ocidental de auxiliar estes migrantes que tantos decretam ilegais.
Matilde Bianchi Sampaio, “Público” (sem link)

Crianças que vivem em jaulas sobrelotadas, sem cuidados médicos, sem poderem lavar os dentes ou tomar banho, sujeitas a pragas de piolhos e a surtos de gripe, como acontecia no centro de detenção de Clint, no Texas, é profundamente desumano.
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A política de repressão fronteiriça da Administração Trump é indigna das tradições democráticas do país e da sua história de nação formada por levas de imigrantes.
Amílcar Correia, “Público” (sem link)

Esta família [Ramirez] agora destroçada tinha fugido de El Salvador onde estariam condenados a uma pobreza extrema e à epidemia da violência espalhada por gangues armados.
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Um conjunto de advogados denunciou como são tratadas as crianças nos centros de detenção para imigrantes do lado norte-americano.
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E o que pensar quando a Hungria ergue uma vedação de quilómetros e criminaliza a ajuda aos migrantes ilegais e refugiados?
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O nosso problema não é uma crise humanitária, mas sim uma crise de humanidade em várias lideranças mundiais.
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Face à falência moral destas lideranças, cabe-nos a nós resgatar os pilares da humanidade e afirmar que ilegal é deixar outras pessoas morrer quando temos tudo para as poder salvar.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

O que é novo [em termos de alterações climáticas] é a dimensão do que enfrentamos, que vai impor custos às populações vulneráveis sem precedente na história recente.
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Os fenómenos climáticos extremos já são uma realidade nos países mais ricos.
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O apartheid climático também existe dento de cada país, onde sabemos que problemas ambientais atingem a saúde sobretudo dos mais pobres.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

O julgamento moral e a percepção social sobre o uso de drogas dependem também da classe social de quem as consome.
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Para muitas pessoas que vivem em situação de maior privação económica, a venda de substâncias psicoactivas ilícitas apresenta-se como uma estratégia de inserção económica viável para quem não tem, à partida, oportunidades de trabalho ou condições remuneratórias dignas.
Daniel Martins, Helena Valente e Cristiana Vale Pires, “Público” (sem link)

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