domingo, 28 de novembro de 2021

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A lei [de luto parental] que temos é reconhecidamente cruel, ao prever apenas 5 dias de luto para estes casos [como o de quem perde um filho]. 

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[O Parlamento aprovou na última sessão da legislatura] aumentar, nestes casos, as faltas justificadas ao trabalho por motivo de luto para 20 dias.

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[A lei atual] é claramente desfasada da realidade e das necessidades de quem trabalha. A lei mudou e mudou muito bem.

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É razoável um período de apenas dois dias de luto pela perda de um irmão? Não será pouco?

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A perda gestacional permanece assim com o estatuto de uma espécie de “luto não reconhecido”, por não existir ainda uma validação social ou legal desta perda.

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Também nestes casos é da mais elementar justiça consagrar o direito a faltar justificadamente ao trabalho.

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O passo que se deu de alargamento do luto parental mostra-nos que é possível amplas maiorias nestas matérias.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Sou defensor convicto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pela evidência dos extraordinários ganhos para o conjunto dos portugueses, que a sua existência significa.

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A universalidade no acesso em todas as áreas e patamares do exercício da medicina, desde logo, na saúde preventiva e no diagnóstico precoce, são um pressuposto confirmado de melhor saúde e, seguramente, de menor custo. 

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Pessoalmente, posso testemunhar que, se sou hoje uma pessoa ativa e saudável, o devo aos conhecimentos, às capacidades e multivalências acumuladas no SNS.

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Os atrasos nas respostas em saúde provocam problemas graves para os cidadãos e agravam aceleradamente os custos.

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O SNS prestigiou-se nas respostas à pandemia, mas o insuficiente investimento e o retardar de um esforço estratégico de melhoria da sua organização são demolidores. 

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[No SNS] é urgente a valorização salarial dos seus profissionais e das suas carreiras, o reforço de quadros.

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A saúde pode parecer cara no imediato, mas os ganhos obtidos com investimento atempado multiplicam-se no futuro como em nenhum outro setor.

Carvalho da Silva, JN

 

É discutível o direito de preservar a total liberdade de quem não se quer vacinar se isso prolongar a privação da liberdade de todos.

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No leste, a fraca adesão à vacina talvez se explique pela justificada desconfiança em relação ao Estado.

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A resistência da maioria [na Áustria e na Alemanha] resulta da desconfiança e do medo, não da recusa convicta.  

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Descobrimos agora, com espanto, que em vez de evoluirmos, estamos a retroceder.

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Cada vez mais pessoas formam a sua opinião com base em buscas na internet e nas redes sociais, confundindo informação com saber.

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Este processo de falsa democratização do conhecimento corresponde a um processo de falsa democratização da sociedade.

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A destruição da autoridade intelectual e científica, que acompanha a destruição de todas as instâncias mediadoras, não corresponde a uma democratização do saber, mas a uma democratização da ignorância. 

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A reação às vacinas, como a reação aos impostos, resulta de uma visão egocêntrica da liberdade.

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Por fim, a ilusão do conforto. O facto de ele ser uma coisa recente para os portugueses ajuda a explicar a nossa confiança nas vacinas e na medicina.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O PSD acabou no sentido em que, para a semana, teremos um partido muito diferente do que conhecemos até agora. 

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

O local central era o ponto de referência a partir do qual o partido estava ancorado.

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A verdadeira alteração de fundo da tradição e identidade política do PSD deu-se no período do Governo Passos-Portas-troika.

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Todo esse período está manipulado na sua história.

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Basta ver a sequência de eventos do próprio ano de 2011, quando as primeiras medidas de austeridade, anunciadas como sendo excepcionais e não repetíveis, depois se tornaram a norma.

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No fim não foi o Governo que nos libertou da troika – foi um conjunto de conveniências políticas europeias que permitiu que se escondesse por debaixo do tapete a crise da banca, que ainda hoje pagamos.

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Toda a filosofia desenvolvida nesses anos foi assente no princípio de que os portugueses viviam “acima das suas posses”, no anátema contra os mais velhos, na ideia da “justiça geracional” e no ataque à função pública enquanto instrumento de mobilidade social.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)


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