Mais de 80 por cento dos comboios da CP estiveram parados entre as 00h00 e as 10h00 de hoje devido à greve de maquinistas, que decorre até amanhã. Para o presidente do Sindicato dos Maquinistas, os objectivos da paralisação “foram conseguidos”.
“Entre as 00h00 e as 10h00 de terça-feira foram suprimidos 83 por cento dos comboios”, confirmou a responsável pela comunicação da CP, Ana Portela, à Agência Lusa. Os maquinistas decretaram greve às horas extraordinárias e cumpriram um período de paralisação total, entre as 05h00 e as 10h00, com a imposição de dez por cento de serviços mínimos.
Em Lisboa, circularam 14 por cento dos comboios habituais, situação que afectou sobretudo as linhas de Cascais e Sintra, referiu Ana Portela. No Porto, a percentagem de circulação ferroviária foi idêntica, causando maior perturbação nas linhas de Guimarães e do Douro, acrescentou.
A CP disponibilizou serviços alternativos de autocarros que se vão manter, em Lisboa, até às 14h00 e, no Porto, até às 16h00, para “apoiar este período de alguma perturbação”, adiantou Ana Portela.
Nos serviços regionais, os efeitos da greve vão ser mais prolongados, já que não houve autocarros, apesar de terem circulado 40 por cento das composições.
Os serviços internacionais funcionaram normalmente, mas o Alfa Pendular e o Intercidades foram suprimidos no período das 00h00 às 10h00. No entanto, dois dos comboios que pertenciam ao horário das 10h00 estiveram em funcionamento, apesar de terem saído com um ligeiro atraso.
Ana Portela acrescentou que “o período de greve parcial que se iniciou às 10h00 poderá resultara ainda nalguns atrasos ou supressões, mas sem o impacto ou significado que tiveram esta manha”. A greve mantém-se amanhã, mas não haverá uma paralisação total.
”Adesão plena”
Para o presidente do Sindicato dos Maquinistas, António Medeiros, “os objetivos foram conseguidos”. “Houve uma adesão plena e cumpriram-se os serviços mínimos que já estavam previstos”, declarou o sindicalista, frisando que ficou demonstrado o descontentamento entre os maquinistas face “à recusa de negociação por parte da empresa”.
“O que é preciso agora é que a empresa mude de atitude e adira à negociação para resolver o problema da contratação colectiva”, afirmou António Medeiros, admitindo que o sindicato pode avançar com nova greve, caso isso não aconteça.
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