O crescimento do emprego não mudou,
infelizmente, a estrutura do nosso mundo laboral nem o padrão de precariedade.
(…)
Portugal tem mais contratos de trabalho,
mas o nível de contratos não permanentes permanece muito acima da média
europeia.
(…)
Independentemente de algumas flutuações
que podem ser assinaladas, o padrão do emprego em Portugal não mudou com este
Governo.
(…)
O padrão de precariedade não tem
registado mudanças significativas e, no caso dos mais jovens, a situação é
preocupante.
(…)
No final destes quatro anos, não só se
mantêm os cortes que o PSD e CDS fizeram nos dias de férias, no valor das horas
extra, nas compensações por cessação de contrato ou despedimento, como a
legislação aprovada pelo PS sozinho tem aspetos altamente regressivos.
(…)
Há uma coisa que, certamente, não produz
nenhuma transformação no Portugal precário em que nos transformámos nas últimas
décadas: martelar os números [como fez Costa ao manipular as estatísticas
sugerindo que mais de 90% do emprego criado é constituído por contratos sem
termo]
O emprego criado desde
2015 aumentou as contribuições para a Segurança Social em cerca de 800 milhões
de euros por ano.
(…)
A evolução da Segurança
Social é um dos exemplos de sucesso que arruma de vez as teorias de terror
económico da austeridade.
(…)
Novas ideias [para
reforçar as contas da Segurança Social] são necessárias, como o financiamento
do sistema de pensões pela contribuição das empresas de capital intensivo.
(…)
As preocupações da direita
com a Segurança Social servem para criar desconfiança no sistema público e
abrir as portas ao negócio privado.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
As vítimas do desemprego
nunca são só os desempregados mas também, sempre, os empregados.
(…)
O desemprego “cá fora” é,
para certos modelos e práticas de gestão, um dos instrumentos para, “lá
dentro”, se degradarem as condições de trabalho.
(…)
Como, aliás, é sustentado
por vários inerentes estudos, o (sobre)desemprego foi muito substituído pelo
“subemprego” e pelo “sobretrabalho”.
(…)
O que tem acontecido nos
últimos anos é a “crise” servir de pretexto, de instrumento de argumentação
(“justificação”), para, via alterações da legislação laboral, eliminar ou
restringir direitos dos trabalhadores.
João
Fraga de Oliveira, “Público” (sem
link)
Poderia referir-me aos
pequenos monstros saudosistas e populistas, que odeiam os professores e que vão
saindo detrás das pedras onde se acocoraram há 45 anos.
(…)
Poderia citar o aumento do
centralismo do Estado, promovido por um ministério que planta plataformas informáticas
a eito, para vigiar e impor uma estranha quanto pérfida autonomia pedagógica.
(…)
Poderia narrar o trabalho
obrigatório a que os professores estão sujeitos para decifrar e cumprir
torrentes de solicitações asfixiantes, sob nomes pomposamente modernos mas
substantivamente inúteis.
(…)
Poderia perguntar-vos,
olhos nos olhos e de coração apertado, que outros profissionais partem todos os
anos para longe dos próprios filhos, para cuidar dos filhos dos outros, por
pouco mais de mil euros de salário.
Santana
Castilho, “Público” (sem
link)
A direita atacou [em
Lisboa] a medida [de gratuitidade dos manuais escolares] dizendo que os manuais
deviam ser atribuídos apenas às crianças desfavorecidas, pondo a nu que os
líderes da direita nunca compreenderam o carácter universal e gratuito da
Escola Pública.
(…)
Desde há um ano todas as
crianças dos jardins de infância e 1º ciclo [de Lisboa] comem refeições de
confecção local produzidas nesse mesmo dia.
(…)
A vereação do Bloco de
Esquerda na Câmara de Lisboa pôs as escolas e os seus alunos no centro da ação
da autarquia, dando passos assinaláveis para uma Escola Pública, gratuita e de
qualidade como nunca antes.
Ricardo
Moreira, deputado municipal do BE em Lisboa, Público (sem link)
Nos dias de hoje parar
para pensar é tão contraditório com o estilo de vida centrado nos devices, nos telemóveis e
nas redes sociais, que é um acto quase de per si revolucionário.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Assim como os portugueses
percebem que a sua situação e a do país estão melhor, não esquecem o que
passaram.
(…)
Os sinais internacionais (…)
apontam para que pode estar a acabar o ciclo económico positivo e a iniciar-se
um ciclo de recessão e até de crise.
São
José Almeida, “Público” (sem
link)
O problema criado na
habitação é tão grande que as pessoas, sozinhas, não o conseguem resolver.
Aitor
Varea Oro, “Público” (sem
link)
Querer tornar o estado um
mero espectador, sem ser regulador e actuando quando tal for necessário,
resulta em selvajaria.
Helder Fontes, “Público” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário