O autoproclamado Estado
Islâmico, sobre o qual na União Europeia não têm faltado análises acerca do seu
recuo, ignorando que estas forças estão a organizar-se e a ganhar forma em
outras regiões do mundo.
(…)
Com honrosas exceções de
magnífico trabalho jornalístico também feito por portugueses, para a
generalidade do mundo, o Iémen é uma espécie de não guerra, de não genocídio,
de não tragédia.
(…)
A situação no Iémen é
complexa, já sabemos, mas não podemos ignorar que é no meio dessa complexidade
que se vai revigorando a ameaça terrorista novamente no Médio Oriente.
Segundo a OCDE, o salário
médio real em Portugal, que regrediu 7% entre 2009 e 2015, recuperou a partir
daí até ao final de 2018 apenas 0,68% do seu valor, encontrando-se ainda 4%
abaixo do nível que tinha no ano 2000.
(…)
O número é espantoso e
falso. [É falso que dos 350 mil postos de trabalho criados, 92% sejam contratos
definitivos].
(…)
A precariedade não é um
problema resolvido e jamais se resolverá atirando-o para debaixo do tapete.
(…)
Foi aquele órgão [Concertação
Social] que, em grande medida, sancionou as políticas antilaborais e
antissociais da troika e da Direita.
(…)
A estagnação salarial para
ser rompida requer articulação entre política de rendimentos e política
industrial.
Em particular desde a
globalização financeira, a consonância entre os principais partidos em torno de
medidas neoliberais estreitou o espectro político.
(…)
A conjugação tóxica entre
globalização financeira e desigualdade, ou esvaziamento partidário e crise de
representação, só permite o autoritarismo como forma de governar.
(…)
Passando do reaganismo
para o trumpismo, a direita agora é gregária, cresce onde haja fermentação e
ódio.
(…)
A partir de 1991, um dos
seus [da direita] temas prioritários foi a negação das alterações climáticas e
o combate a medidas antipoluição.
Francisco
Louçã, “Expresso” Economia (sem
link)
O que os defensores da parte dinâmica e
saudável da tradição social-democrata hoje defendem não é, pois, a continuidade
da conciliação com o capitalismo, mas, sob condições sociais e técnicas
inteiramente novas, um regresso à matriz socialista.
Como pode António Costa olhar à sua
volta e dizer, sem pestanejar, que o corte de 5% do vencimento dos políticos é “o
último corte” por reverter?
José Soeiro, “Expresso”
Economia (sem link)
Quando diz barbaridades sobre o meio
ambiente, o atual presidente [Bolsonaro] autoriza e até incentiva a sua
destruição.
Dilma Roussef, entrevista
ao “Expresso” (sem link)
O regresso do fascismo não se fará de
botas cardadas, com marchas militares e mecanismos repressivos como os do
passado.
(…)
É precisamente pela forma sonambúlica
como se deixa entrever que o fascismo de hoje é assustador.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
O PAN defende benefícios fiscais para os
PPR e o plafonamento das reformas. Excelente para a banca, péssimo para a
sustentabilidade do sistema e uma ultrapassagem pela direita ao CDS.
(…)
A escola não serve apenas para formar profissionais.
Serve para formar cidadãos.
(…)
[O que os extremistas querem é] destruir
os consensos sociais e morais que estão na base da democracia. No CDS estão a
sair-se bem.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem link)
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