As tentativas sucessivas de genocídio e de
eliminação cultural do povo curdo por parte da Turquia não é, infelizmente, uma
novidade, mas não é por repetir-se que se deve naturalizar e abandonar as
nossas preocupações.
(…)
Os curdos lutam pela
autodeterminação há centenas e centenas de anos, no tempo dos assírios chegaram
mesmo a ter um território mais vasto do que o atualmente conhecido, mas não
reconhecido, pela comunidade internacional.
(…)
A inação da comunidade
internacional na defesa do povo curdo é um sinal dos tempos. Os direitos
humanos são mesmo relativos, e neste caso permanentemente desconsiderados.
Sem dúvida, [a “geringonça”
acabou] mas esse não será o grande problema pois ela era dificilmente repetível
e há desafios colocados aos partidos à sua Esquerda que exigem a estes uma
maior liberdade de movimentos e acutilância.
(…)
Para a Administração
Pública os sinais parecem ser de que vai haver mexidas nas carreiras
profissionais, mas não está garantido que seja para reforçar capacidade e
valorização do Estado.
(…)
Na área do trabalho há que
esperar para ver, todavia não cheira a valorização do trabalho.
(…)
O problema é que [o PM]
tende a reduzir a política de rendimentos a uma vaga intenção de negociação
entre as partes, no Conselho Permanente de Concertação Social.
O modo de sarcasmo em vez
do modo de pânico é por hoje a resposta mais forte do espaço de opinião pública
[à ação de Ventura].
(…)
O sucesso [de personagens
como Ventura] depende, portanto, da amplitude dessa cultura do medo.
(…)
Ventura sempre foi o que
tinha de ser: passista quando necessário, candidato e devoto do PSD dos quatro
costados, manobrador das disputas da sucessão e até santanista.
(…)
[Ventura] é só sobre
medos. Enfrentem-se os medos e não sobra Ventura.
(…)
Só uma política social
determinada e obsessiva em alcançar resultados pode evitar a degradação da vida
democrática.
(…)
[Ventura] precisa gritar,
pois não quer ser ouvido, só quer amedrontar.
Francisco
Louçã, “Expresso” Economia (sem
link)
Mas podemos dizer hoje que
a lei liberta? Seria arriscado, ou há que reconhecer que tem dias.
(…)
Lembro unicamente como a
indiscretamente chamada judicialização da política recorreu ao arsenal da
manobra: o Brasil e Espanha.
(…)
A lei liberta, ou igualiza
ou garante? Talvez se deva responder que, quando a lei é um jogo de poderes
políticos, certamente que não.
Francisco
Louçã, “Expresso” Economia (sem
link)
Afinal de contas foram os
EUA – ou melhor, as empresas dos EUA – que escreveram as regras da
globalização.
(…)
As multinacionais podem
facilmente transferir as suas sedes e produções para qualquer jurisdição onde
se cobram impostos mais baixos.
(…)
Segundo o FMI, os governos
perdem pelo menos 500 mil milhões de dólares por ano como resultado da
deslocação fiscal corporativa.
(…)
Dada a escala do problema,
é evidente que precisamos de um imposto mínimo global para acabar com o atual
nivelamento por baixo (o que não beneficia ninguém a não ser as corporações).
(…)
Não há provas de que uma
tributação mais baixa leve a mais investimentos.
Joseph
E. Stiglitz. “Expresso” Economia (sem link)
António Costa apresentou
um governo que parece pensado para o curto prazo.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem link)
Se precisássemos de provas
de que o comportamento da justiça espanhola teve motivações políticas, chegaria
a acusação de crime de “rebelião” contra os lideres políticos catalães.
(…)
O melhor símbolo da
natureza política deste julgamento é os acusados terem sido impedidos de se
defenderem em catalão.
(…)
É nas mãos de Madrid que
está a solução pacífica e democrática para este conflito.
(…)
Quem resolve crises
constitucionais são os políticos, não são os tribunais.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
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