Como há que escolher prioridades, que o
orçamento não dá para tudo, noto que as duas mais relevantes que resultam das
eleições são a habitação e a saúde.
(…)
Sobre a saúde quero acrescentar a evidência:
o desgaste sofrido no SNS já alcançou o ponto de alarme.
(…)
Há anos que sabemos que este tempo
chegaria, pois mais de metade do pessoal médico passou os 5º anos e não sobra
capacidade de garantir urgências.
(…)
Os partidos de esquerda não dizem outra
coisa desde há anos: salve-se o SNS e a democracia respira.
(…)
Note-se que o IVA da eletricidade custa
ela por ela o que o Governo já perde com o IRS a zero dos pensionistas
estrangeiros.
(…)
O tempo da credulidade para um
investimento orçamentado que depois será cortado já acabou, e a
responsabilidade foi de Centeno.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Os partidos é que se costumam precaver
com instrumentos que evitam que uma só pessoa os coloque no impasse em que o
Livre se encontra.
(…)
As primárias abertas, a que podem
concorrer e onde podem votar pessoas sem qualquer relação orgânica com o
partido, dão ao candidato uma legitimidade reforçada, pondo o indivíduo eleito
numa posição de brutal superioridade em relação ao coletivo partidário.
(…)
Se às primárias juntarmos a total ausência
de disciplina de voto dos seus eleitos, defendida desde sempre pelo Livre,
temos o caldo completo para o desastre.
(…)
Substituir o coletivo pelo empreendedorismo
individual é muito pouco de esquerda e nada inovador.
Daniel Oliveira,
“Público” (sem link)
Durante a fúria neoliberal do Governo de
Passos Coelho, o aeroporto da Portela foi concessionado a uma empresa chamada
ANA, que é detida por outra empresa chamada Vinci.
(…)
Decisões fundamentais para o país sobre
o seu ordenamento do território foram pura e simplesmente transferidas para
essas empresas [Vinci e Lusoponte].
Luísa Schmidt “Expresso”
(sem link)
Procurar ex-votantes
comunistas no Chega é partir da ilusão de que não havia direita em todos estes
territórios [margem sul e Alentejo].
(…)
O mapa eleitoral do Chega
é, portanto, o do racismo e da xenofobia.
Manuel
Loff, “Público” (sem
link)
Desde 2016 até hoje,
quando escrevo (23 de Novembro), foram assassinados 198 indígenas [na Colômbia]
(…) elas e eles, eram líderes nas suas comunidades, autoridades tradicionais e
espirituais.
(…)
Dos 102 povos indígenas
que existem na Colômbia, 39 encontram-se em risco de extinção tanto física como
cultural.
(…)
O que vemos na Colômbia é
um etnocídio contra uma parte específica da população: aquela que defende e
luta pelo seu território, as suas tradições e pela sua existência física e
cultural.
(…)
Com o regresso dos
assassinatos selectivos, do etnocídio e da violência nos territórios, também
ressurgiu (…) o assassinato de jovens inocentes e desarmados para melhorar a
estatística da acção militar de combate contra grupos armados.
Boaventura
Sousa Santos, “Público” (sem
link)
A trajectória de Lula da
Silva é marcada pela luta por direitos através da construção de consensos e
pactos.
(…)
O capitão Bolsonaro
reformou-se do Exército aos 33 anos, após ter sido descoberto o seu
envolvimento no planejamento de um atentado à bomba que ocorreria na cidade do
Rio de Janeiro.
(…)
Como Presidente, [Lula] não
perseguiu adversários políticos e ampliou o espectro de atores que debatiam as
questões do país.
(…)
[Lula] elegeu como
prioridade o combate à fome, tirou e manteve acima da linha da miséria 36
milhões de pessoas.
(…)
Bolsonaro, por sua vez,
disse que tem muito o que destruir antes de começar a construir um novo país.
Fernanda
Sarkis, “Público” (sem
link)
A corrida às armas,
nomeadamente às nucleares, envolvendo o Cosmos, para além de ser um sorvedouro de
recursos constitui uma ignomínia face à pobreza existente.
(…)
Trump assinou uma diretiva
que prevê a criação de um exército ligado ao Cosmos para assegurar o domínio
militar dos EUA, implicando cortes na defesa do ambiente, na cooperação
internacional e na luta contra a pobreza.
(…)
No Japão, o
Papa encarnando a mais profunda aspiração dos humanos - viver em paz,
considerou imoral e um crime atentatório da dignidade dos seres humanos o uso
da energia atómica para fins bélicos.
(…)
Todas as mulheres e todos
os homens de boa-fé, seja qual for a crença religiosa, a nacionalidade, a
ideologia, devem dar as mãos pela abolição das armas nucleares.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)
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