Este é o quinto ano consecutivo
de aumento da fome segundo o relatório “O Estado da segurança alimentar e
nutrição no mundo 2020” (SOFI) publicado pela ONU no dia 13 de julho.
O estudo alerta que a região não
alcançará o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 da agenda 2030. As
projeções do SOFI indicam que a fome, considerada a partir de uma estimativa de
número de pessoas que não consomem calorias suficientes para viver uma vida
ativa e saudável, afetará quase 67 milhões de pessoas em 2030, ou seja, cerca
de 20 milhões a mais do que em 2019.
Essas projeções não consideram
o impacto da COVID-19, portanto, estima-se que o problema da fome será ainda
mais urgente quando forem contabilizados os efeitos da pandemia na segurança
alimentar. “Estamos pior agora do que quando a região se comprometeu com os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em 2015. Desde então, outras 9 milhões
de pessoas começaram a passar fome”, disse o representante regional da FAO,
Júlio Berdegué. Em termos percentuais, a fome atualmente afeta 7,4% da população
e deve aumentar para 9,5% em 2030.
A nível sub-regional,
projeta-se que a fome aumente 3 pontos percentuais na América Central até 2030,
o equivalente a 7,9 milhões de pessoas. Na América do Sul, a projeção é que a
fome aumente 7,7%, o que equivale a quase 36 milhões de pessoas. Embora o Caribe
tenha feito progressos, também não está no caminho de cumprir a meta dos OSD de
redução da fome até 2030: estima-se que até 2030, 6,6 milhões de pessoas
viverão com fome nessa área.
“Os números da fome em 2019 são
assustadores assim como a previsão para o ano de 2030. Com o impacto da
pandemia da COVID-19, a realidade será pior do que projetamos neste estudo.
Precisamos de uma resposta extraordinária dos governos, do setor privado, da
sociedade civil e das organizações multilaterais”, disse o representante
regional da FAO Júlio Berdegué.
Via Mídia NINJA
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