sábado, 25 de julho de 2020

CITAÇÕES


[O fim dos debates quinzenais dá um sinal] altamente negativo, de desapego ao debate e ao confronto democrático e à fiscalização do Governo [por parte de PS e PSD].
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[No lay-off] há uma gritante desigualdade no modo como a medida trata o trabalho e o capital.
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Os sacrifícios imputados a quem trabalha contrastam com a ausência de contribuição exigida às empresas que acumularam lucros.
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A simplificação do lay-off deu azo a uma vaga de abusos laborais, que o Governo não preveniu no modo como desenhou a lei e que a inoperacionalidade da Autoridade para as Condições de Trabalho não trava.
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A pandemia revelou os efeitos da precarização das relações de trabalho, que o PS não quis inverter até agora.
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Garantir agora a proteção social implica combater a precariedade, fazer uma alteração estrutural à proteção no desemprego e ter uma proteção social que permita às pessoas sair da pobreza.
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[Ao apoios criados no Orçamento Suplementar] além de temporários, têm um problema de fundo: nenhum deles tem sequer como referência o limiar de pobreza.

A saída da crise em que estamos mergulhados impõe alterações no padrão de especialização que tínhamos antes da pandemia.
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Não podemos continuar a depender tanto do turismo e do imobiliário e é necessário colocar o futuro destes setores associado à melhoria das condições de vida dos portugueses.
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Sem dúvida que o volume e as condições gerais das verbas aprovadas para a reconstrução económica e social mais imediata (com realce para os 750 mil milhões) não são o mesmo que os planos de ajustamento impostos pela UE na crise anterior, mas não são, de certeza, um plano Marshall.
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Não se inculque na cabeça dos portugueses a ideia de que vamos ter todos os dias à nossa disposição um pote de muitos milhões de euros para gerirmos como quisermos.
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A distribuição de apoios às empresas sem critérios tem de terminar.
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É imprescindível salvaguardar meios para o reforço da capacidade do Estado com vista a garantir aos portugueses direitos fundamentais, como a saúde e o ensino.
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A proteção das pessoas, do emprego e do sistema da Segurança Social tem de ser prioritária.

A velha luta entre hedonistas latinos e holandeses frugais está ao rubro.
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É apenas um empréstimo dos frugais DDE à comunidade despesista que alimenta as contas do paraíso fiscal holandês com 10 mil milhões de euros/ano de impostos sobre o lucro, desviados das economias reais.
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O Parlamento era para ser a casa do debate em democracia, mas passa da abundância de um debate quinzenal com o primeiro-ministro para a frugalidade da presença de António Costa em formato bimestral.
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Os "vistos gold" eram para ser uma ferramenta para a captação de investimento e para a criação de postos de trabalho, mas, nos últimos oito anos, só 0,19% deram origem a empregos.

Chegaram ao fim os debates quinzenais, criaram-se obstáculos na apresentação de petições ao Parlamento, levantaram-se dificuldades para a apresentação de candidaturas autárquicas.
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A nossa democracia já não anda para a frente, meteu a marcha atrás. PS e PSD uniram-se para esses recuos.
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Escrutínio, fiscalização, debate e transparência, nada disto lhe toca ao coração, bem pelo contrário. Foge que nem diabo da cruz.
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[Nesses dias da “geringonça” os debates quinzenais] foram fundamentais para a criação de uma nova Lei de Bases da Saúde, para o aumento das pensões ou do Salário Mínimo Nacional e outros avanços.
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O ataque ao direito de petição também não tem justificação. PS e PSD elevaram de 4 mil para 10 mil o número de assinaturas necessárias para que o Parlamento discuta uma petição apresentada.
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No caso da lei eleitoral para as autarquias, a história repetiu-se. PS e PSD uniram-se para criar regras que dificultam a apresentação de candidaturas de cidadãos, defendendo o monopólio dos partidos e das máquinas partidárias.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Embora o custo desse dinheiro nestes dias seja muito indiferente a quase todos, dos de cima aos de baixo, esse dinheiro tem um enorme preço: o pouco que já sobrava de Portugal como país independente.
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[Tal como já acontece com a política fiscal Portugal] vai agora ter a sua política económica e social igualmente controlada.
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O princípio de que quem paga manda é uma receita para o desastre, vai alimentar o populismo, tornar indiferente em quem se vota, erodindo a democracia.
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Uma coisa é ser pequeno e fraco e outra é ser subserviente.
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E se há coisa que se pode dizer desde já é que exactamente o dinheiro funciona contra a mudança, tende a solidificar tudo o que está mal.
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O nosso patronato não é particularmente competente, gere mal e considera que as empresas são uma extensão do seu cofre.
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Já o que demos em troca de soberania e democracia, isso vai ser muito difícil de recuperar.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

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