domingo, 26 de julho de 2020

MAIS CITAÇÕES (92)


No final de uma cimeira europeia com três dias de gritaria e um dia de Twiter, o resultado foi vendido como transcendente.
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A conta foi feita por Lagarde: é menos de metade do que era necessário. E por Merkel e Macron: os 400 mil milhões de subsídios eram a linha vermelha, aceitaram a humilhação de a baixar.
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Até ver, é um empréstimo garantido pelo Estados, ou seja, vão pagar nos orçamentos por três décadas
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No Orçamento plurianual, Portugal sofre uma redução precisamente onde o primeiro-ministro prometera não se perder um cêntimo. São cortes de 7,5% na coesão (o Governo soma-lhe os novos fundos extraordinários para evitar esta conta) e de 9% na agricultura.
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A Grécia, menos afetada pela pandemia que Portugal (…), receberá €19 mil milhões de subsídios (…) e 12,5 de empréstimos — a distribuição é feita segundo critérios talhados à medida de cada fato.
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Um país pode reclamar da execução de programas noutros, criando-se uma forma de tutela pelo Conselho que politiza em conflito internacional o que deveria unir a União.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Por se ter tornado o palco universal de todos os discursos de ódio, que ­criam uma febre contagiante e que, por isso, são o pilar da comunicação atual, o Facebook é uma arma mais poderosa do que qualquer míssil.
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Não havendo limites à convocação da violência, todas as milícias do ódio se podem mover naquele universo de 2600 milhões de participantes, e é o que fazem sem limite.
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[Aaron Greenspan] que se tornou um crítico da rede social [Facebook], publicou um relatório, em janeiro de 2019, em que afirma que metade dos perfis é falsa, com base em dados da própria empresa. [A sua] função essencial é promover a mentira.
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Kim Jon-un é só um aprendiz. O feiticeiro já está dentro da nossa casa.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

É fácil antever uma crise económica e portanto social e portanto política em 2021.
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As sondagens que dão agora liderança destacada ao PS são o canto do cisne negro que desabou invisível no nosso mundo.
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Depois da valorização da segurança do Estado lançada pelo Governo, que tinha prazo de validade para três meses, virá o tempo do deserto.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

Desparlamentarizar e desinstitucionalizar o conflito político está longe de ser um bom caminho.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Nem a ideia de que a Europa terá recursos próprios para o Fundo de Recuperação está segura.
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Os “feudais” [vulgo frugais] conseguiram que uma minoria ficasse com a mão na torneira do Fundo de Recuperação.
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À boleia da pandemia, uns poucos Estados conquistaram o poder formal de determinar políticas de outros.
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Apesar de ser um dos países que mais enriqueceu à custa do euro, a Holanda vende a narrativa da frugal vítima espoliada.
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Os holandeses só querem o melhor para nós. Até ficam com os nossos impostos, para não os estourarmos com mulheres e vinho.
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Os nacionalismos europeus nasceram agarrados aos valores e interesses das burguesias nacionais.
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Os nacionalismos europeus nasceram agarrados aos valores e interesses das burguesias nacionais.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

[O falhanço do apoio às artes] em a ver, sim, sobretudo, com o caráter marginal, dir-se-ia mesmo ornamental ou decorativo, que é atribuído pelo Estado às atividades desenvolvidas por esses agentes.
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Nada há de sólido no panorama dos agentes culturais apoiados pelo Estado.
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[Portugal é] como aquele país em que a abundância de equipamentos mais tem crescido na razão inversa das oportunidades de emprego artístico gerado…
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A cultura em geral e o campo das artes em particular não podem ficar para trás. Mas, exigir mais dinheiro, acenando com 1% (ou mais) do PIB, de nada serve, se for para fazer mais do mesmo.
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Antes de mais, é preciso encarar o investimento público na criação, consolidação e desenvolvimento de estruturas de produção artística como um investimento reprodutivo, e não como um ónus ou um desperdício.
Mário Vieira de Carvalho, “Público” (sem link)

Confundir a crítica dos pares com censura diz sobretudo de quem a concebe assim.
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Nem a investigação, nem o debate público sobre a natureza e a ação da extrema-direita se faz no abstrato, e muito menos hoje, quando ela tem o poder e a ambição de poder que tem por todo o Ocidente.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

Os momentos altos destes debates [até agora quinzenais], um pouco por todo o mundo, são reproduzidos nos meios de comunicação e transmitem posicionamentos políticos ao eleitorado.
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Rui Rio disse há poucas semanas que os debates quinzenais impedem o primeiro-ministro de trabalhar, como se submeter-se ao escrutínio do poder legislativo fosse uma desprezível distração na agenda ocupada do chefe omnisciente e todo-poderoso.
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Que [o líder da oposição] o declare publicamente e ajude o partido do governo a acabar com os debates quinzenais entra no domínio do trágico.
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O Parlamento é o lugar por excelência para fazer oposição e os debates quinzenais servem para incomodar o governo.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

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