segunda-feira, 27 de julho de 2020

JUSTIÇA CLIMÁTICA PRECISA-SE, UMA ECONOMIA PARA AS PESSOAS EXIGE-SE




Em paralelo com uma concentração marcada no Ministério do Ambiente, uma dezena de ativistas entraram no Ministério da Economia.
Na manifestação foi anunciado que a crise climática nunca foi um problema apenas ambiental, sendo isto cada vez mais óbvio à medida que a crise económica trazida ao de cima pela Covid-19 piora as condições de vida da população.
Em simultâneo foi exigida a assinatura de um contrato a ser assinado pelo Ministro da Economia Pedro Siza, no qual o próprio coletivo Climáximo prestará o serviço de descontaminação do ministério.
Mesmo com os avisos claros da toxicidade do ministério já afixados, os funcionários fizeram a vez de forças de segurança e ajudaram estas a hostilizar os ativistas.
Dentro deste contrato estavam incluídas condições como:
- Nacionalizar as empresas de produção e transporte de energia, de forma a efetuar uma transição justa, que garanta a geração de energia via fontes limpas e renováveis e assegure os postos de trabalho dos trabalhadores, recorrendo a formações profissionais para requalificação, quando necessário.
- Nacionalizar as empresas de transportes e expandir aquelas já detidas pelo Estado, com uma política de transportes compatível com as metas climáticas. Para isso, reduzir drasticamente o transporte aéreo e priorizar as estruturas dos meios de transporte coletivos e não individuais.
- Criar uma indústria nacional para o cumprimento das metas climáticas produzindo, para isso, desde painéis solares a carruagens de comboios, e assegurando posteriormente a manutenção dos equipamentos;
- Em todas as empresas nacionalizadas e criadas, garantir os direitos e condições laborais, rejeitando a subcontratação e a precariedade.
Nos últimos meses caiu a ficção de que exigências como estas são impossíveis, com estados prontos a injetar milhões em empresas de forma a preservar os lucros. Isto contrasta com a impossibilidade de continuar com o rumo do capitalismo fóssil, sendo necessário nos próximos 10 anos reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, para metade.
Justiça climática precisa-se, uma economia para as pessoas exige-se.

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