Em
paralelo com uma concentração marcada no Ministério do Ambiente, uma dezena de
ativistas entraram no Ministério da Economia.
Na
manifestação foi anunciado que a crise climática nunca foi um problema apenas
ambiental, sendo isto cada vez mais óbvio à medida que a crise económica trazida
ao de cima pela Covid-19 piora as condições de vida da população.
Em
simultâneo foi exigida a assinatura de um contrato a ser assinado pelo Ministro
da Economia Pedro Siza, no qual o próprio coletivo Climáximo prestará o serviço
de descontaminação do ministério.
Mesmo
com os avisos claros da toxicidade do ministério já afixados, os funcionários
fizeram a vez de forças de segurança e ajudaram estas a hostilizar os
ativistas.
Dentro
deste contrato estavam incluídas condições como:
-
Nacionalizar as empresas de produção e transporte de energia, de forma a
efetuar uma transição justa, que garanta a geração de energia via fontes limpas
e renováveis e assegure os postos de trabalho dos trabalhadores, recorrendo a
formações profissionais para requalificação, quando necessário.
- Nacionalizar
as empresas de transportes e expandir aquelas já detidas pelo Estado, com uma
política de transportes compatível com as metas climáticas. Para isso, reduzir
drasticamente o transporte aéreo e priorizar as estruturas dos meios de transporte
coletivos e não individuais.
- Criar
uma indústria nacional para o cumprimento das metas climáticas produzindo, para
isso, desde painéis solares a carruagens de comboios, e assegurando
posteriormente a manutenção dos equipamentos;
- Em
todas as empresas nacionalizadas e criadas, garantir os direitos e condições laborais,
rejeitando a subcontratação e a precariedade.
Nos
últimos meses caiu a ficção de que exigências como estas são impossíveis, com
estados prontos a injetar milhões em empresas de forma a preservar os lucros.
Isto contrasta com a impossibilidade de continuar com o rumo do capitalismo
fóssil, sendo necessário nos próximos 10 anos reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa, para metade.
Justiça
climática precisa-se, uma economia para as pessoas exige-se.
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