sábado, 19 de dezembro de 2020

CITAÇÕES

 
É preciso questionar profundamente o modelo político de acolhimento que temos e a estrutura institucional que permitiu que este crime [sobre Ihor Homenyuk] ocorresse.

(…)

Parece que se está a chegar finalmente a um consenso sobre o absurdo que é tratar a relação entre o Estado e as pessoas migrantes como se fosse uma questão de polícia.

(…)

Ao SEF faltam meios, mas abunda, também na componente administrativa, uma incompreensível arbitrariedade e injustiça.

(…)

Portugal deve ter uma polícia para investigar as redes de tráfico e essa é uma boa missão para o SEF, em relação à qual não falta o que fazer.

(…)

Infelizmente, a discriminação, a xenofobia e a violência racista não são casos isolados nas polícias portuguesas. 

(…)

Este organismo do Conselho da Europa [Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância] tem insistindo que o Estado português deveria por em marcha uma política de tolerância zero relativamente ao racismo nos seus serviços. 

(…)

Não é a primeira vez, aliás, que Magina da Silva brinda o país com um discurso irresponsável de pistoleiro.

(…)

A reação das instituições ao assassinato de Ihor Homenyuk esteve muito aquém do exigível. 

(…)

A direção do SEF esteve meses sem assumir que havia responsabilidades.

(…)

Este caso trágico, contudo, tem de ser a oportunidade para mudar tudo no SEF. 

(…)

E haverá pouco quem acredite que Eduardo Cabrita tem ainda condições para conduzir tal empreendimento.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

A verdade é que perdi a conta às comparações feitas com o modelo sueco [no combate à pandemia] e às opiniões que elevavam aos píncaros as ideias das restrições mínimas e da responsabilização individual.

(…)

Nas últimas semanas, os números desmentiam o sucesso escandinavo a cada dia, mas havia sempre alguém que ignorava os factos, torcia as estatísticas, comparava o incomparável.

(…)

A frase lapidar do Rei da Suécia arrumou o assunto: “Falhámos

(…)

Estamos na curva apertada da segunda vaga e com o horizonte carregado, tendo à vista uma possível terceira vaga pandémica já para janeiro – não podemos facilitar.

(…)

Nos internamentos ou em UCI o número de camas ocupadas [no início da segunda vaga] era cinco vezes menor do que atualmente.

(…)

No tocante aos nossos heróis da linha da frente, não tinham o cansaço acumulado de nove meses de pandemia. 

(…)

Não quero ser portador de más notícias, mas ainda temos muitos dias difíceis pela frente.

(…)

Se a terceira vaga nos ameaça, o Governo não se pode mostrar desprevenido como aconteceu na segunda vaga. 

(…)

Haja coragem de colocar o interesse público à frente da pressão dos lobbies privados da saúde.

(…)

O modelo sueco afirmou-se na desresponsabilização de um Estado perante os mais velhos.

(…)

Temos de defender o SNS para que ele nos proteja a todos.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Qualquer reaparecimento público de Cavaco Silva ou de Durão Barroso é um acontecimento equiparável à permanência de crédito malparado: convoca sempre um ajuste de contas com o passado.

(…)

O reaparecimento do ex-presidente é o melhor espelho sobre as diferenças entre o passado e o presente. 

(…)

Se as presidenciais fossem apenas um exercício de elogio à memória, Marcelo desejaria a sombra de Cavaco como prenda de Natal e aspiração de ano novo.

(…)

Durão Barroso, presidente da Goldman Sachs vindo da porta giratória da Comissão Europeia, interpõe processo de 292 milhões de euros contra a República Portuguesa. 

(…)

Incapaz de confinar os vilões húngaros e polacos, Macron permitiu o desrespeito pelos mecanismos do Estado de direito e consentiu, com os seus pares, que a extrema-direita continue a condicionar a tomada de decisões na União Europeia.

(…)

Resta saber se a António Costa e a UE irão continuar a olhar serenamente para os vilões .

Miguel Guedes, JN

 

Deixando de lado a análise sobre onde nasce o dinheiro e como lhe é deitada a mão, direi que é muito importante os nossos empresários colocarem a falta de procura no topo das preocupações.

(…)

A aposta nas exportações - que de forma alguma deve deixar de ser considerada - perspetiva-se como muito limitada por um período indefinido, e as cadeias de valor vão ser sujeitas a mudanças. 

(…)

É, pois, necessário dar redobrada atenção à procura interna. Isso implica reforço do valor dos salários e de outros rendimentos.

(…)

Uma outra contradição tem a ver com a crença de que a liberdade de iniciativa e a maximização do lucro tudo resolvem na economia. 

(…)

Esta via é comprovadamente desastrosa.

(…)

Há que não desperdiçar tempo, mas é indispensável planificação e estudos sérios.

(…)

As opções têm de ser integradas numa estratégia de desenvolvimento do país, onde se consideram não apenas no objetivo do lucro caso a caso, mas sim, nomeadamente, o emprego direto e indireto e a sua qualidade.

Carvalho da Silva, JN

 

Mais de 50% das pessoas trans são discriminadas, pelo menos uma vez, por um profissional de saúde. 

João Correia Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Uma década depois do seu gesto de herói romântico, Bouazizi, o herói popular [tunisino], usado como inspiração para ousar, está hoje transformado para muitos no bode expiatório dos fracassos posteriores.

(…)

Os pobres e desesperados seguem hoje tão pobres e ainda mais desesperados porque antes não sabiam o que era esperança e agora sabem que a perderam para sempre.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário