sábado, 26 de dezembro de 2020

CITAÇÕES

 
Há anos que as barragens no nordeste transmontano são uma enorme fonte de lucro para a EDP, mas cuja riqueza não é distribuída pelo território onde estão instaladas.

(…)

Na semana passada, a EDP vendeu seis barragens num negócio avaliado em 2,2 mil milhões de euros que precisou de autorização do Governo; esse negócio aconteceu sem que houvesse lugar ao pagamento de impostos.

(…)

Como é possível que o Governo tenha dado uma borla fiscal de tantos milhões à EDP?

(…)

O que se passa nas Terras de Miranda não é, infelizmente, muito diferente do que acontece noutros territórios em todo o mundo.

(…)

O que se passa nas Terras de Miranda não é, infelizmente, muito diferente do que acontece noutros territórios em todo o mundo.

(…)

O valor da borla fiscal agora dada à EDP, 110 milhões, pode ser uma pequena migalha para esta empresa, mas faria uma enorme diferença nestes concelhos.

(…)

Como é possível que um dos maiores negócios da história de Portugal não pague impostos? 

(…)

É preciso que um escândalo como estes ganhe centralidade mediática para que o Governo atue?

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Não se pode reconhecer ou agradecer aos profissionais de saúde e depois exclui-los do prémio que lhes é devido ou oferecer-lhes contratos precários de 4 meses.

(…)

[A. Costa] regateia o investimento no SNS, os apoios aos recibos verdes, aos trabalhadores informais ou aos setores de atividade mais afetados pela crise.

Moisés Ferreira, fb

 

No mundo do trabalho, pode dizer-se que é porrada sobre porrada.

(…)

A proteção social para todos e a existência de um sistema de segurança social propiciador de vida digna (…) não sobrevivem sem trabalho com direitos e emprego valorizado.

(…)

Em 2020 a Segurança Social foi o principal suporte da aplicação do regime do lay-off e sustentou medidas de apoio à família, a proteção no desemprego e os custos de centenas de milhares de baixas.

(…)

Há que proceder ao levantamento das implicações de todas as medidas adotadas, reparar danos e modernizar os serviços. 

(…)

No combate à precariedade, seria importante criar um procedimento especial para apreciação célere dos contratos a termo e temporários que escamoteiam o termo ou ludibriam o fundamento.

(…)

Instituir sistemas de avaliação dos trabalhadores (…) que tenham consequências na sua valorização e na consagração de direitos e não sejam a cenoura para subjugação e aumento da exploração.

(…)

É imprescindível reforçar e modernizar a Autoridade para as Condições de Trabalho.

(…)

Há que clarificar e completar processos de controlo do teletrabalho e aplicar ao trabalho em plataformas digitais o regime de teletrabalho.

Carvalho da Silva, JN

 

Calando-nos [perante as grandes empresas da Internet], aceitamos ceder os nossos dados, deixando vigiar a nossa vida e embrulhando-nos em bolhas comunicacionais que constituem colmeias humanas, submetidas às leis da acumulação. 

(…)

Não somos o produto desse comércio, somos os criadores de um excedente informativo que é transformado em lucro por máquinas de manipulação. 

(…)

As cinco maiores empresas de comunicação cresceram 46% em 2020. Valem hoje 7,2 biliões de dólares. 

(…)

Estes gigantes estão a reformatar a sociedade, criando tecnologias de informação baseadas nos dados sobre a nossa vida, acessos, consumos, viagens e conversas.

(…)

A decisão da Apple de permitir a partir de 2021 que os utilizadores bloqueiem o trânsito de dados enfureceu o Facebook que, com a Google, tem constituído o motor desta Conquista. 

(…)

O FB comprou o WhatsApp e o Instagram para impedir potenciais concorrentes.

(…)

Zuckerberg, não por acaso um aliado de Trump, lançou uma campanha para “dar voz aos pequenos negócios”, na realidade para proteger o seu acesso maximizado à tecnologia de controlo.

(…)

Nesta guerra entre a Apple e o FB existe uma fronteira MAD (destruição mutuamente assegurada), pois estas empresas estão ligadas entre si.  

(…)

Não há inocentes nesta guerra, todas estas empresas querem dominar. 

(…)

Mas há também os índios descontentes.

(…)

Por isso, talvez este conflito Apple-FB seja um sinal dos tempos, há uma opinião pública que faz exigências de proteção contra a Conquista.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A sincronização entre a entrevista de Cavaco Silva e o discurso seguinte de Passos Coelho é reveladora de uma fraqueza e de uma ameaça.

(…)

O ex-Presidente tenta anunciar que ainda está, mesmo que já não esteja, e o ex-primeiro-ministro lembra que esteve mas quer voltar. 

(…)

Tanto entusiasmo é uma fraqueza, baseia-se numa cândida ilusão, a de que o país aspira por austeridade.

(…)

E o ex-primeiro-ministro, como tantos outros, fervilha com o pressentimento de que o país precisa dele e que a sua peregrinação pelo poder é um dever.

(…)

A fraqueza mais funda da direita revela-se nesta busca de quimeras salvíficas.

(…)

A ameaça de Passos Coelho é uma excelente notícia: mostra tudo o que a direita quer, mas não faz, deseja, mas não consegue.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário