domingo, 20 de dezembro de 2020

MAIS CITAÇÕES (111)

 
Jardim Gonçalves, assim, recebeu cerca de €38,3 milhões desde que foi afastado da direção do banco, em março de 2005; a partir de agora, passará a receber somente €686 mil por ano. 

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A generosidade da pensão atribuída depois disto [volumosas perdas nunca ressarcidas] é um pálido retrato de um sistema corroído.

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Se a generosa proposta dos partidos de extrema-direita um dia vingar, a redução da taxa máxima de IRS para 15% pouparia por ano a este denodado banqueiro uns módicos €808 mil (na versão anterior da sua pensão) ou €226 mil (na versão cruelmente reduzida da sua pensão atual).

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)


Durante dois anos, Eduardo Cabrita ignorou avisos e relatórios que indicavam uma cultura de abuso no CIT do Aeroporto.

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 O que faz agora, em desespero político, apenas confirma tudo o que não tinha feito.

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Mas só ela [demissão de Eduardo Cabrita] devolverá a autoridade do poder político sobre as forças de segurança.

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Em circunstâncias normais, o diretor da PSP seria imediatamente demitido [depois do episódio de Magina da Siva em Belém].

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É interessante comparar o comportamento de Costa com Cabrita com a que teve com um outro ministro, que tem nas mãos um dossiê difícil: Pedro Nuno Santos. 

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O tom acintoso com que [Costa] desautorizou o seu ministro, mais parecendo que se dirigia a um membro da oposição, teve a intenção evidente de o humilhar publicamente.

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Um primeiro-ministro que esteja mais preocupado em comprometer o futuro político desse ministro do que em garantir o futuro da TAP. 

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O que leva um primeiro-ministro a tentar tirar autoridade a um ministro que a tem e a defender para lá do limite do razoável um ministro que a perdeu? 

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[Pedro Nuno Santos é o único ministro] com peso próprio no PS e que tem ambições independentes da vontade de Costa. 

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[Costa] não se importa que um ministro seja incompetente se lhe for absolutamente leal. E isto tende a agravar-se com o tempo no poder. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A estabilidade dura até ao momento em que um evento que não antecipámos desencadeia uma crise política.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Se [Ihor Homeniuk] tivesse sobrevivido, não haveria nada, nem denúncia, nem notícia, nem IGAI, nem política, apenas um registo perdido de um homem devolvido à prove­niência.

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Quantas vezes polícias abusaram do poder e agiram sem lei, cobertos por uma cultura de silêncio de colegas? 

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Se privam os inquiridos de advogado e de intérprete, privam-nos da lei, da dignidade e da civilização.

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Para Ihor Homeniuk, aquela sala foi Guantánamo.

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Quase tão chocante como a violência sádica foi a cumplicidade de quem lá estava e se calou. 

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O que Eduardo Cabrita fez marca-se pelo que não fez.

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É evidente que a cultura de calar perante a violação da lei tem de mudar, mas não é evidente que isso acontecerá nem como.

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[É preciso] recusar a proteção, pela ação e pelo silêncio, dos que, tendo poder, abusam dele.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

2020 foi um ano tenso em que assistimos ao medo a uma escala mundial que há gerações não se via.

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Criou-se a consciência de que interferimos de uma forma perigosa no sistema terrestre. 

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2020 foi ainda o ano de um salto decisivo na ciência, e isto abrange as ciências todas, porque elas estão ligadas.

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Houve danos que não se conseguiram evitar, mas também esperanças que viram a sua dinâmica avançar.

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Mas alguma coisa de fundamental ficou gravado na consciência de todos perante o papel central que o ambiente significa nas nossas vidas e na nossa segurança.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)


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