(…)
Não
havia estratégia nem força, só houve Trump e Giuliani a incentivarem a sua
turba a correr para lado nenhum.
(..)
[Twitter
e Facebook] de facto, estão a lutar pela sua imagem, depois de quatro anos em
que promoveram ou aceitaram e beneficiaram da verve trumpista.
(…)
Vai
haver uma rede trumpista. Mas fica uma interrogação sobre quem e como se manda
na internet.
(…)
Este
reconhecimento da responsabilidade da empresa [Apple] pela moderação dos
conteúdos da sua rede tem gigantescas consequências jurídicas e constitui uma
inversão da doutrina dos gigantes tecnológicos.
(…)
Até
hoje, as proprietárias das redes sociais têm-se baseado na alegação de que nada
lhes pode ser imputado pela promoção do crime por algum dos seus utilizadores.
(…)
[Para
a Apple] a rede, como um jornal ou uma televisão, responde pelo que escolhe
publicar, tal como o autor do conteúdo.
(…)
Se a
lei for definida nesse sentido — e é a única forma de impor regras universais —
poderá haver uma resposta contra a promoção do crime.
(…)
Não
podem ser as empresas a definir estas regras.
(…)
De
facto, se não for a lei e o Estado a determinar essas regras por procedimentos
verificáveis e forem as empresas a fazê-lo, o arbítrio crescerá.
(…)
[Empresas
como a Google] sabem tudo sobre toda a gente e podem, se quiserem, saber tudo
sobre si.
(…)
Defendermo-nos
desta outra ameaça tecnológica vai ser a questão-chave da democracia no século
XXI.
Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)
Num
símbolo condensa-se, em determinados momentos, toda uma história, neles se
sintetiza um processo, um conflito, com eles se mobiliza uma causa.
(…)
Na
realidade, o que assustava os machos da época [sec. XVIII] (e porventura os de
hoje) era que ele [batom] pudesse ser um sinal de independência e de autonomia
das mulheres sobre o seu corpo.
(…)
Em
2021, de novo o vermelho assusta e perturba os que têm medo das mulheres sem
medo.
(…)
Marisa
Matias sabe bem o que é lidar com a cultura do autoritarismo marialva – e
fazer-lhe frente.
(…)
[Marisa
Matias] está habituada a lutar contra a indiferença e a enfrentar podres
poderes, em Portugal e noutros países.
(…)
A onda
de solidariedade com Marisa Matias que se tem levantado desde ontem é, pois,
mais do que merecida.
(…)
Os
lábios pintados, de mulheres e homens solidários de tantas opiniões, (…) são
uma afirmação democrática e uma arma contra o ódio.
(…)
[Marisa]
é essa força maior que faz diferença na política, agora e depois.
José Soeiro, “Expresso” Diário
Nos dias que correm tentam fazer da democracia uma coisa
pequena, bicho amestrado com destino decidido.
(…)
Comecemos pelo básico: se há derrotados em todas as eleições
recentes são as empresas de sondagens.
(…)
Um outro argumento usado é dizer que há uma tradição em
Portugal: todos os presidentes da República que se recandidataram foram
reeleitos à primeira volta.
(…)
[Nestas eleições joga-se] em primeiro lugar, a independência
do voto de cada um de nós.
(…)
Depois, estão em jogo projetos diferentes para o país, visões
diversas de como nos organizamos em sociedade, que valores fazem parte do nosso
contrato coletivo.
(…)
[É pela defesa do SNS que] podemos já diferenciar algumas das
candidaturas.
(…)
Na construção da Lei de Bases da Saúde, cumprindo o legado de Arnaut e Semedo, foi
Marcelo quem colocou problemas e até ameaçou com o veto.
(…)
Se à esquerda há várias escolhas, é uma vantagem enorme pois
pode mobilizar mais na defesa do SNS, da Escola Pública.
(…)
O voto que soma é o das nossas ideias e dos nossos valores, é
isso que farei.
(…)
Aqui fica um abraço para a minha presidente Marisa, que nunca faltou à defesa dos serviços públicos,
sempre juntou a voz à dos precários, se levantou em defesa dos direitos e da
inclusão, marchou com os jovens pela resposta à crise climática e sabe como é
importante a proteção dos direitos dos animais.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)
Será a primeira [semana] do novo confinamento, quando o número de
infetados e mortos é pesado e alguns que reivindicaram relaxamento no Natal e
Ano Novo acham agora que a culpa está nas hesitações do Governo.
(…)
Estes dias que temos pela frente
desafiam-nos a forte postura contra o abstencionismo.
(…)
É preciso que os portugueses votem no
próximo dia 24, o que não vai ser fácil no contexto da pandemia e perante erros
de alguns candidatos, nomeadamente de Marcelo Rebelo de Sousa.
(…)
A resposta à crise fechada num pretenso
ponto de equilíbrio economia/saúde é uma miragem e uma perspetiva muito
limitada.
(…)
O Governo, com apoio dos principais
atores do sistema, decidiu manter as escolas em funcionamento com ensino
presencial.
(…)
[Na área do trabalho] às perdas herdadas
da anterior crise acresceu já o desemprego e o abaixamento da qualidade do
emprego provocados pela primeira fase da pandemia.
Por ter sonhado com Orbán ou por ter
perdido a cabeça em Budapeste, a procuradora impele o Ministério Público para
acordar, viril, do pesadelo da quebra do segredo de Justiça, após dezenas de
casos em que este foi arruinado e sempre se assobiou para o ar.
(…)
Temos de perceber, urgentemente, que
Ministério Público temos e se este foi um caso isolado.
(…)
A liberdade de Imprensa e o direito
constitucionalmente previsto de protecção das fontes jornalísticas estão em
causa se o Ministério Público acha que tem uma máquina fotográfica e um sistema
de escutas e transcrições "à la carte".
Sem comentários:
Enviar um comentário