sábado, 16 de janeiro de 2021

CITAÇÕES

 
O ataque ao Capitólio foi uma lunática expressão de um Presidente que em todos os momentos fundamentais revelou ser um monumento de mesquinhez.

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Não havia estratégia nem força, só houve Trump e Giuliani a incentivarem a sua turba a correr para lado nenhum.

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[Twitter e Facebook] de facto, estão a lutar pela sua imagem, depois de quatro anos em que promoveram ou aceitaram e beneficiaram da verve trumpista.

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Vai haver uma rede trumpista. Mas fica uma interrogação sobre quem e como se manda na internet.

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Este reconhecimento da responsabilidade da empresa [Apple] pela moderação dos conteúdos da sua rede tem gigantescas consequências jurídicas e constitui uma inversão da doutrina dos gigantes tecnológicos.

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Até hoje, as proprietárias das redes sociais têm-se baseado na alegação de que nada lhes pode ser imputado pela promoção do crime por algum dos seus utilizadores. 

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[Para a Apple] a rede, como um jornal ou uma televisão, responde pelo que escolhe publicar, tal como o autor do conteúdo.

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Se a lei for definida nesse sentido — e é a única forma de impor regras universais — poderá haver uma resposta contra a promoção do crime.

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Não podem ser as empresas a definir estas regras.

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De facto, se não for a lei e o Estado a determinar essas regras por procedimentos verificáveis e forem as empresas a fazê-lo, o arbítrio crescerá.

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[Empresas como a Google] sabem tudo sobre toda a gente e podem, se quiserem, saber tudo sobre si.

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Defendermo-nos desta outra ameaça tecnológica vai ser a questão-chave da democracia no século XXI.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

Num símbolo condensa-se, em determinados momentos, toda uma história, neles se sintetiza um processo, um conflito, com eles se mobiliza uma causa.

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Na realidade, o que assustava os machos da época [sec. XVIII] (e porventura os de hoje) era que ele [batom] pudesse ser um sinal de independência e de autonomia das mulheres sobre o seu corpo.

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Em 2021, de novo o vermelho assusta e perturba os que têm medo das mulheres sem medo.

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Marisa Matias sabe bem o que é lidar com a cultura do autoritarismo marialva – e fazer-lhe frente. 

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[Marisa Matias] está habituada a lutar contra a indiferença e a enfrentar podres poderes, em Portugal e noutros países.

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A onda de solidariedade com Marisa Matias que se tem levantado desde ontem é, pois, mais do que merecida.

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Os lábios pintados, de mulheres e homens solidários de tantas opiniões, (…) são uma afirmação democrática e uma arma contra o ódio.

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[Marisa] é essa força maior que faz diferença na política, agora e depois. 

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Nos dias que correm tentam fazer da democracia uma coisa pequena, bicho amestrado com destino decidido.

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Comecemos pelo básico: se há derrotados em todas as eleições recentes são as empresas de sondagens.

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Um outro argumento usado é dizer que há uma tradição em Portugal: todos os presidentes da República que se recandidataram foram reeleitos à primeira volta.

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[Nestas eleições joga-se] em primeiro lugar, a independência do voto de cada um de nós. 

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Depois, estão em jogo projetos diferentes para o país, visões diversas de como nos organizamos em sociedade, que valores fazem parte do nosso contrato coletivo.

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[É pela defesa do SNS que] podemos já diferenciar algumas das candidaturas.

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Na construção da Lei de Bases da Saúde, cumprindo o legado de Arnaut e Semedo, foi Marcelo quem colocou problemas e até ameaçou com o veto.

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Se à esquerda há várias escolhas, é uma vantagem enorme pois pode mobilizar mais na defesa do SNS, da Escola Pública.

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O voto que soma é o das nossas ideias e dos nossos valores, é isso que farei.

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Aqui fica um abraço para a minha presidente Marisa, que nunca faltou à defesa dos serviços públicos, sempre juntou a voz à dos precários, se levantou em defesa dos direitos e da inclusão, marchou com os jovens pela resposta à crise climática e sabe como é importante a proteção dos direitos dos animais.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Será a primeira [semana] do novo confinamento, quando o número de infetados e mortos é pesado e alguns que reivindicaram relaxamento no Natal e Ano Novo acham agora que a culpa está nas hesitações do Governo.

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Estes dias que temos pela frente desafiam-nos a forte postura contra o abstencionismo.

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É preciso que os portugueses votem no próximo dia 24, o que não vai ser fácil no contexto da pandemia e perante erros de alguns candidatos, nomeadamente de Marcelo Rebelo de Sousa.

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A resposta à crise fechada num pretenso ponto de equilíbrio economia/saúde é uma miragem e uma perspetiva muito limitada.

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O Governo, com apoio dos principais atores do sistema, decidiu manter as escolas em funcionamento com ensino presencial. 

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[Na área do trabalho] às perdas herdadas da anterior crise acresceu já o desemprego e o abaixamento da qualidade do emprego provocados pela primeira fase da pandemia.

Carvalho da Silva, JN

 

Por ter sonhado com Orbán ou por ter perdido a cabeça em Budapeste, a procuradora impele o Ministério Público para acordar, viril, do pesadelo da quebra do segredo de Justiça, após dezenas de casos em que este foi arruinado e sempre se assobiou para o ar.

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Temos de perceber, urgentemente, que Ministério Público temos e se este foi um caso isolado.

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A liberdade de Imprensa e o direito constitucionalmente previsto de protecção das fontes jornalísticas estão em causa se o Ministério Público acha que tem uma máquina fotográfica e um sistema de escutas e transcrições "à la carte".

Miguel Guedes,JN

 

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