Quantas mulheres mais a morrer por o serem? Quantas desprezadas no que
dizem e acreditam? Quantas a suportarem sozinhas a dupla e tripla jornada do
trabalho, da casa, do cuidado? Quantos mais anos até que se possa ter salário
igual, carreira igual, respeito igual? Cada mulher, cada homem comprometido com
a igualdade, no momento do voto sabe que não faltarei à exigência que conta.
E por isso aqui estou. Aqui estamos. Não somos coisas de brincar. Somos
gente a lutar e que não aceita recuos. Temos pressa, como dizia a Sara.
Igualdade por inteiro, como reclamam as jovens da greve feminista. Em nome do
que andámos e por tudo o que temos para andar. E sei que somos muitas, que
somos muitos. Uma onda solidária e exigente que não pára de crescer. (Marisa
Matias)
Sem comentários:
Enviar um comentário