sábado, 15 de maio de 2021

CITAÇÕES

 
[Em 2016] a dimensão do trabalho forçado e da exploração laboral, nomeadamente na produção agrícola no Alentejo, era conhecida e já se tinha tornado um “modelo de negócio”, mesmo que em dimensões menores que as de hoje. 

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A Direita esteve contra esta lei [que responsabilizava solidariamente toda a cadeia de contratação pelas violações aos direitos dos trabalhadores, pelos créditos e encargos sociais, bem como pelo pagamento das respetivas coimas] e as quatro confederações patronais divulgaram um comunicado conjunto em que diziam “repudiar veementemente o conteúdo” do diploma.

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A aplicação da lei mostrou-se muitíssimo difícil e o problema continuou, tendo até aumentando de escala.

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Uma das adversidades é que o recurso ao trabalho de migrantes para as explorações agrícolas intensivas faz daqueles presas fáceis de redes mafiosas encapotadas através de “empresas na hora.

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Este procedimento tornou-se uma estratégia para os engajadores, que perceberam que assim era fácil escaparem à lei.

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Como explicam os inspetores que andam no terreno, continua a existir uma enorme dificuldade em materializar esta responsabilidade solidária. 

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Para acabar com a impunidade, é necessário avançar para a responsabilização direta de toda a cadeia, logo no momento em que se identifica o caso.

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Mas agora que os olhos do país pousaram, nem que por momentos, em Odemira, não se pode perder a oportunidade de fazer o que tem de ser feito.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Uma “discriminação sistemática” diz um grupo de especialistas europeus, um apartheid dizem a Human Rights Watch e a organização não governamental israelita B'Tselem.

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Leis para judeus e leis para árabes, uns são os cidadãos de primeira e os outros nem se percebe se a lei os classifica como cidadãos.

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Leis fora da lei internacional e do cumprimento dos direitos humanos.

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Não se deixe enganar pela narrativa do rocket que o Hamas atirou e que justifica a brutalidade israelita. 

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Nem pela ideia da culpa que deve ser distribuída pelos lados beligerantes.

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Há uma violência estrutural na forma como Israel lida com os palestinianos, em particular em Jerusalém. 

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Há uma lei particularmente injusta, reservada apenas a judeus, que permite reivindicar habitações ou terrenos com base em supostos direitos de propriedade do século XIX.

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A faísca dos acontecimentos recentes foi a notícia de despejo de famílias palestinianas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.

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A Lista Árabe Unida, que reúne partidos da comunidade árabe israelita, tinha adotado uma estratégia arrojada em 2015: tornar central a luta por direitos iguais na sociedade israelita.

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É mais simples atribuir as culpas a um rocket qualquer do que reconhecer a conivência com o genocídio em curso.

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Israel quer tornar impossível a existência da Palestina e o mundo lava as mãos como Pilatos.

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A União Europeia está refém do conselho de segurança da ONU onde os EUA impedem qualquer ação.

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A construção da paz exige a ação solidária contra a ocupação, uma ação internacional coordenada, o cumprimento dos acordos internacionais firmados e o respeito pelos direitos humanos.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Não é só em Odemira que há trabalhadores vítimas de violação dos seus direitos fundamentais no trabalho, na segurança e saúde, na habitação.

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Está instalado naquele conselho um sistema produtivo insustentável, desarticulado das circunstâncias demográficas e ambientais locais e em conflito com elas. 

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Uma das facetas dos processos de financiarização que caracterizam o capitalismo contemporâneo é a aceleração da transformação dos territórios em plataformas extrativas de valor económico.

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No final de cada ciclo expedem para o exterior produtos baratos em grande quantidade enquanto despacham a mão de obra que os produziu.

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O que se passa em Odemira está a ocorrer em muitos outros territórios de caraterísticas diferenciadas. 

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As atividades económicas que transformam territórios em plataformas extrativas exportadoras são brutais com a natureza.

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O "mercado de trabalho" base que se encontra em situações como a de Odemira é, em geral, força de trabalho alugada a intermediários parasitários, legais e ilegais, que se dedicam à exportação/importação de seres humanos.

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[Resolver situações como a de Odemira] implica planeamento e políticas orientadas para a reconversão dos sistemas produtivos locais.

Carvalho da Silva, JN

 

Entre a falta de vontade e a burocracia, a gaveta orçamental devorou várias promessas.

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Continuo a pensar que, se [Costa] quer crise, não pode. 

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O país não compreenderia jogadas desse coturno, e um fracasso eleitoral, que seria ficar longe da maioria absoluta, imporia uma crise prolongada e mudança de protagonistas.

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O Tribunal de Contas, mesmo sem investigar as vendas a prejuízo, confirmou o que a esquerda criticou no caso do Novo Banco: é dinheiro público.

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Desfolhar um malmequer com promessas de namoro será fácil, resolver estes impasses é algo mais difícil, mas imperativo.

Fancisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Que a culpa não seja deles [grandes devedores do Novo Banco], está na natureza do mundo, há sempre uma Bolsa que caiu quando devia subir, um negócio perdido nas brumas tropicais, um sócio que se revelou um pilha-galinhas.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A implantação histórica do capitalismo nos campos fez-se acompanhada de um desprezo de classe que, sendo difícil, superou sempre aquele que o patrão da fábrica tinha pelos seus operários.

Manuel Loff, “Público” (sem link)

 

António Costa poderia estar mais atento à imprensa internacional, antes de dizer que não há capacidade de produção de vacinas. Se as patentes fossem levantadas, há fábricas disponíveis para produzir centenas de milhões.

Santana Castilho, “Público” (sem link)

 

[Na Justiça] assiste-se hoje certamente a efeitos perversos, entre os quais se contam o reforço do corporativismo de uma classe que, além do mais, está sindicalizada, faz greve, julga em causa própria e não é fiscalizada externamente.

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[Combater o assédio] trata-se de uma luta que deve contar com todas e todos, com as feministas socialistas, liberais e radicais e todas as mulheres e todos os homens decentes que abominam o abuso de poder e a misoginia (é disso que se trata)

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O que todos e todas queremos é acabar com as vítimas [de assédio] e alargar o campo da igualdade e da justiça, eliminando fontes de poder arbitrário fundadas na desigualdade estrutural.

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Que fazer? Tem de haver mecanismos preventivos e punitivos, com provas, no momento do assédio, ou quase de imediato. Dizer sempre não.

Irene Flunser Pimentel, “Público” (sem link)


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