domingo, 30 de maio de 2021

MAIS CITAÇÕES (132)

 
O MEL juntou uma direita em crise e demasiado dividida para contestar um governo que ainda é popular.

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[Na convenção do MEL esteve] uma direita deprimida e balcanizada, a mais moderada sem discurso, a mais radical com propostas económicas e ansiedades culturais que dizem zero a um país pobre e desigual.

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Como todos os vanguardistas incompreendidos pelo povo, acham que é o país que não está preparado para a verdade. 

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[Na convenção do MEL] o debate foi incrivelmente frágil, politicamente primário, mas afetadamente arrogante. 

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É o estado da arte de uma direita abalada pela sua própria desestruturação, que quando mais se divide e tribaliza mais encurta.

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A direita deitou-se no divã, a explicar a si mesma as razões do seu fracasso.

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Esperar que o futuro venha do passado é sempre o sinal da derrota.

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Tudo preso por arames a um D. Sebastião que está ligado a um momento trágico que só naquelas cabeças foi regenerador.

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Não sei se esta convenção foi um retrato justo da direita ou se foi tomada por um grupo deslocado do mainstream.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A convenção do MEL mostrou que não há vento nem casamento e que a direita não tem ideia do seu futuro, quanto mais do futuro do país.

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O problema político do país começa à direita. E o problema da direita é a própria direita.

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Porque é preciso pensar, estudar, imaginar, criar, para depois propor. 

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A deficiência de Rui Rio não é de retórica, é de discurso.

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A economia mudou radicalmente na última década, a UE alterou as suas políticas e Portugal agrava desigualdades, como país em que 60% dos trabalhadores ganham menos de €800, os precários ganham quando calha e terão reformas de miséria.

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O PSD propõe repetições do passado sem ter sequer a humildade de aprender com os erros da intervenção externa.

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O problema da direita é a direita. Se não há flores para polinizar, abelhas não fazem MEL.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)


Durante muito tempo, alimentou-se a ilusão de que Portugal gozava de imunidade em relação a movimentos populistas de extrema-direita. 

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Depois de se ter apresentado como um líder que iria recentrar o PSD, [Rui Rio] capitulou e assumiu que só tem viabilidade como primeiro-ministro com os votos da extrema-direita. 

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[Rui Rio] oferece toda a espécie de incentivos ao voto numa formação que, de facto, só tem um deputado. Difícil de compreender.

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É neste quadro que a conferência do MEL funciona como observatório dos problemas atuais da direita.

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A direita, para voltar a ser maioritária, precisa de formular um programa político alternativo, de futuro e socialmente mobilizador.

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De facto, o saudosismo e o radicalismo em que parte da direita se quis enredar sabem a mel. Mas para António Costa.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Quando um jornalista é notícia, geralmente, os motivos não nos deixam descansados.

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[O jornalista] Roman Protasevich está preso no único país europeu que tem pena de morte.

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[Na Bielorrússia] ter opinião contrária ao regime ditatorial do presidente Lukashenko, no poder desde 1994, é uma liberdade demasiado perigosa. 

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A difusão de informação crítica ao Governo é vista como um ato criminoso.

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Este jornalista estará longe de ser a figura impoluta que luta pela democracia plena. 

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O ato desproporcional levado a cabo pela Bielorrússia, ao desviar um avião para deter uma pessoa, mostra-nos do que é capaz o extremismo: um atalho com escadas para o precipício.

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Quando se tenta tapar a boca, os olhos e os ouvidos aos jornalistas e aos cidadãos, limitando-os a transmitir a posição manipulada, acaba-se com a liberdade deles, acaba-se com a liberdade de todos.

Bruno Paixão, “Diário as beiras”


Basta olhar os sinais do evento [convenção do MEL] que chegaram através da imprensa e dos telejornais para darmos conta de uma mistura decrépita de nostalgia da ditadura salazarista com a ausência de uma visão de futuro e a falta de projetos credíveis de governo, a par da visível impotência perante as sondagens que apontam para uma confortável maioria de esquerda.

Rui Bebiano, “Diário as beiras”

 

Estamos em maio de 2021. A imagem de um agente policial a salvar uma criança migrante de afogamento em águas de Ceuta contrasta o visionamento de cerca de centenas de crianças a serem trucidadas na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos das forças militares do Estado de Israel.

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A ajuizar pela Resolução 181 da ONU de 1947 é reconhecido direito à existência de dois Estados – de Israel e da Palestina. Decorridos mais de 70 anos esta realidade está ainda por cumprir. Porque?

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Está comprovado que o cerne da conflitualidade assenta na política de colonatos do Estado de Israel.

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Trata-se, não de ocupação de “terra de ninguém” ou de terra pertença de Israel, mas de território que nos termos da Resolução mencionada faz parte de Estado de Palestina.

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A causa próxima deste último conflito, assentou precisamente no controle do acesso à Mesquita de Al-Agsa, situada na parte palestiniana de Jerusalém – a Palestina Oriental (mas ocupada por Israel).

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“Holocausto nunca mais”, não pode, porém, ser um slogan meramente nominal ou de ocasião.

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A verdadeira homenagem a tudo quanto o Holocausto representa exige que a sua metodologia seja perenemente repudiada por todos nós.

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O paradoxo da história reside, porém, na circunstância dessa metodologia estar a ser seguida pelo Estado de Israel aviltando o povo palestiniano.

António Bernardo Colaço, “Público” (sem link)

 

E o que une [a direita] é a sua natureza de classe: menos redistribuição do rendimento e mais abertura de mais esferas da vida social (saúde, educação, pensões,…) à rendibilidade privada.

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Exasperada com o afastamento do poder, não chega à direita que o PS se encarregue de salvaguardar os seus interesses em aspetos tão cruciais como a legislação laboral

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Acima de tudo o facto de, sempre que necessário, a direita tirar as luvas e unir-se em torno da sua matriz fundamental: a salvaguarda e aprofundamento do privilégio.

Alexandre Abreu, “Expresso” Diário (sem link)


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