domingo, 14 de novembro de 2021

MAIS CITAÇÕES (155)

 
Depois de Costa ter recusado um acordo escrito, em 2019, oferecendo-nos dois anos de pântano, a política de alianças será o tema desta campanha.

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Foi por causa dos acordos que [Cavaco] exigiu que ela [geringonça] existiu além da vontade de Costa segurar o poder.

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[Em entrevista] Costa deixou os entendimentos à esquerda dependentes do enfraquecimento eleitoral de PCP e BE.

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Conforme a sua conveniência, [Costa] usará as maçanetas das portas da direita e da esquerda, sem fechaduras que o aprisionem a qualquer compromisso. 

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[Para Rangel] Não havendo governo com o Chega, haverá acordos como o dos Açores?

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Rangel disse que o voto no PS era inútil, porque estavam destruídas as condições de governabilidade.

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E, ao contrário de Rangel à direita, [o PS] ainda não excluiu liminarmente entendimentos à sua esquerda.

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O BE já disse que exigirá um acordo escrito, como em 2015, sem fazer isso depender da mudança de liderança no PS, como Costa inventou.

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Se [o Bloco] defende acordos para reverter a lei laboral da troika, como em Espanha, tem de aceitar uma ‘geringonça’ à espanhola. O PCP também.

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E o PAN, desde que lhe deem um ministério, tanto apoia PS como PSD.

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A estabilidade não é um valor político por si só. É um instrumento ao serviço de valores políticos. 

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E a maioria absoluta não só é improvável como, para quem se lembra de Cavaco e Sócrates, deve ser evitada.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em 27 países [na Europa], há de tudo um pouco: coligações, executivos maioritários e até coligações entre coligações.

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No momento atual, há 17 Estados-membros governados por coligações. Esta é a norma.

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Atualmente, as maiorias absolutas monocolores só existem em países com sistemas eleitorais maioritários (França), com bónus maioritário (Grécia) ou onde reina o bipartidarismo (Malta).

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Na Europa de hoje, não há nenhuma maioria absoluta em países com sistemas eleitorais proporcionais, como o português.

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A Europa política é diversa, à esquerda e à direita dominada por coligações e, excecionalmente, por governos de maioria absoluta ou minoritários.

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[É um erro pensar que, depois de 30 de Janeiro] é viável repetir um governo sem maioria, sem coligação e sem acordo parlamentar.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Faltam profissionais ao Serviço Nacional de Saúde. É um facto indesmentível e mensurável no dia a dia dos utentes e dos profissionais do SNS.

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São carências que têm consequências: serviços de urgência que encerram por dificuldade em fazer escalas, especialidades com longuíssimas listas para consulta e cirurgia.

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São disso exemplo os inadmissíveis 908 dias de espera para uma consulta de ginecologia em Faro ou os mais de mil dias para uma consulta de cardiologia na Guarda.

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Em 2020, o SNS pagou mais de 300 milhões de euros em horas extraordinárias e 130 milhões com empresas e prestadores de serviços.

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Já nos cuidados de saúde primários tem aumentado o número de utentes sem médico de família.

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[O PS e o Governo aceitam] que é uma fatalidade o SNS ficar à míngua, os médicos de família não serem para todos os utentes, os hospitais não conseguirem completar escalas, os blocos operatórios não poderem funcionar.

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Apenas metade dos médicos inscritos na Ordem estão efetivamente a trabalhar no SNS.

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O problema principal é que o SNS não está a conseguir atrair médicos, nem sequer está a conseguir fixar todos aqueles que forma.

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Todos os anos são centenas de médicos que se vão embora [do SNS].

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Por isso é que, em vez de encolher os ombros, se deve ter medidas para melhorar condições de trabalho dos médicos e de outros profissionais de saúde.

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Confrontados com o falhanço da estratégia do imobilismo apenas conseguem repetir “não há médicos para contratar”, um lamento falso e que defrauda as pessoas e o SNS.

Moisés Ferreira, “Público” (sem link)

 

É demagógico invocar essas clivagens [político-ideológicas entre o PS e os partidos à sua esquerda] a propósito da negociação para este Orçamento do Estado.

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Relativamente ao Orçamento deste ano, aliás, as exigências do BE e do PCP foram bem explicitadas e nada tinham a ver com o abandono da União Europeia, da NATO ou o deixarmos de viver num regime capitalista.

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Pelo contrário, eram propostas muito concretas, defensoras dos direitos laborais, reforçadoras do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social.

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[Se a melhoria de uma série de condições de vida da maioria da população] é incompatível com o capitalismo e com as regras da União Europeia, então, teríamos que dar razão àqueles que denunciam a falência do capitalismo como modelo produtor de bem-estar.

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A verdade é que nenhuma das propostas apresentadas, quer pelo PCP, quer pelo BE, para a aprovação deste Orçamento de Estado inviabilizam o regime capitalista ou prejudicam o crescimento económico.

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Muito pelo contrário, as políticas que trazem segurança laboral e rendimentos acrescidos às pessoas são políticas potenciadoras do consumo e da natalidade, logo, da procura numa economia de mercado e da sustentabilidade da segurança social.

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[Portugal] quer ser um capitalismo indecente dos baixos salários, longas cargas laborais, inexistência de protecção no emprego, de exploração sistémica e inimigo da família?

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Medidas como os fortes aumentos do salário mínimo (…), o combate à precariedade ou a diminuição do horário de trabalho são tudo medidas necessárias para irmos no bom caminho. 

Gabriel Leite Mota, “Público” (sem link)

 

[Bastou que se aliviassem um pouco as restrições relativamente à pandemia e eis que] os interesses próprios voltam a impor-se e o outro desaparece das nossas preocupações.

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A dita civilização volta a ‘incivilizar-se’ e quem tem a vacina tem tudo, quem não tem a vacina que se dane.

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E nem todos os mecanismos de solidariedade do mundo conseguem funcionar sem vontade política ou pressão social.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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