A violência nas relações de intimidade não se fica apenas pelos atos de
violência física que geralmente associamos à violência doméstica.
Gestos de violência ou controlo psicológico, sexual ou social também são
uma forma de violência e mais comuns em contextos de namoro. Tal como na
violência doméstica e sexual, as mulheres e raparigas são as principais
vítimas.
Da mesma forma, é entre homens e rapazes que os atos violentos, bem como a
legitimação de comportamentos violentos é mais comum. Por exemplo, entre os
inquiridos no Estudo Nacional sobre Violência no Namoro da UMAR (2020), o
número de rapazes que considera legítimo pressionar alguém a ter relações
sexuais é quatro vezes superior ao das raparigas (16% vs 4%).
A naturalização de comportamentos violentos em contexto de intimidade
começa muitas vezes nos primeiros relacionamentos. É preciso combater as
diferentes formas de violência no namoro que é, também, uma forma de violência
de género.
67% dos jovens considera legítima a violência no namoro. Mas não é normal.
Não é amor, é violência.
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