quarta-feira, 1 de junho de 2022

FICA CADA VEZ MENOS RIQUEZA PARA QUEM A PRODUZ

 

No segundo gráfico da série #EmBomRigor, destacamos a tendência de quebra do peso dos salários no rendimento nacional desde o início deste século.

O rendimento nacional reparte-se pelo trabalho (salários, pensões) e pelo capital (juros, dividendos, rendas). A parte recebida pelo fator trabalho – a fatia do bolo que cabe aos trabalhadores – registou desde o início deste século uma quebra acentuada, de 68% para 59% (2016), recuperando ligeiramente durante o período da “geringonça”.

É difícil dissociar esta tendência das alterações ocorridas no mundo do trabalho ao longo destes anos. A promoção da contratação a termo, iniciada com o Código do Trabalho de 2003 (governo PSD/CDS, Durão Barroso) e acentuada durante o período da Troika (governo PSD/CDS Passos Coelho), reduziu o poder de quem trabalha para negociar salários.


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