No segundo gráfico da série #EmBomRigor, destacamos a tendência de quebra do peso
dos salários no rendimento nacional desde o início deste século.
O rendimento nacional reparte-se pelo trabalho (salários, pensões) e pelo
capital (juros, dividendos, rendas). A parte recebida pelo fator trabalho – a
fatia do bolo que cabe aos trabalhadores – registou desde o início deste século
uma quebra acentuada, de 68% para 59% (2016), recuperando ligeiramente durante
o período da “geringonça”.
É difícil dissociar esta tendência das alterações ocorridas no mundo do
trabalho ao longo destes anos. A promoção da contratação a termo, iniciada com
o Código do Trabalho de 2003 (governo PSD/CDS, Durão Barroso) e acentuada
durante o período da Troika (governo PSD/CDS Passos Coelho), reduziu o poder de
quem trabalha para negociar salários.
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