sábado, 27 de agosto de 2022

MAIS CITAÇÕES (195)

 
Copiando Trump, Bolsonaro prepara a acusação de fraude eleitoral há um ano. Até já a verbalizou numa reunião com embaixadores de 70 países.

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O que foi bom para lhe dar a vitória não chega para o derrotar.

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Na sua última entrevista televisiva, em que disse uma mentira em cada três minutos, o Presidente garantiu que respeitará eleições limpas para, logo depois, dizer que não acredita que o sejam.

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Como Trump, Bolsonaro foi frito pela covid. O ódio não protege, a mentira não vacina. 

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A gestão catastrófica da pandemia, (…), marcou o destino do seu primeiro mandato. 

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Para ele, “idiota” é o pobre, que vota maioritariamente em Lula.

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Se Bolsonaro perder — a debandada de oportunistas assim o indica —, não é pelo ódio que espalhou ou pela corrupção que persistiu. Será pela incompetência.

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Quando um Congresso liderado pelo primeiro réu da Lava-Jato e com mais de metade dos seus membros indiciados por crimes, destituiu uma das poucas políticas honestas do Brasil, começou o golpe.

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Apesar do espetáculo degradante daquele dia, ainda não se previa que aquela aberração política se transformaria no Presidente do Brasil.

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Com a esquerda sem candidato e o centrão comprometido com a selvajaria social do governo de Temer, o vazio tornou possível o impensável. No caos, venceu o imbecil que gritava mais alto.

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A escolha de Alckmin para vice de Lula repete a estratégia de Dilma e só pode repetir o resultado. Mas a alternativa era entregar o poder a mais quatro anos de ódio. 

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O perigo deve ser levado a sério porque a natureza da direita brasileira é golpista e antidemocrática. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Este é, provavelmente, o ano em que mais sentimos a gravidade dos problemas climáticos e ambientais. 

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É possível mudar a organização dos territórios e espaços de habitação, corrigir estilos de vida, utilizar riqueza existente para proteger povos e países em situações mais frágeis.

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Nas movimentações dos países e blocos que determinam as relações à escala global, os incendiários belicistas dominam como já não acontecia há muito tempo.

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A imposição de uma visão dicotómica do Mundo e da necessidade de "guerras justas" - doutrina agora reforçada no nosso Ocidente - ajudam a bloquear soluções.

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[Temos] o dever de não desistirmos das pequenas/grandes utopias e de nos responsabilizarmos como cidadão plenos.

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A Direita critica a obsessão do défice, não para que haja investimento onde ele é indispensável, mas sim para que o reforço momentâneo dos recursos do Estado desague nos mesmos de sempre.

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 Para os trabalhadores e setores desprotegidos da população [a direita] só tem o "programa de emergência social" - o velho assistencialismo caritativo.

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[Os problemas estruturais do país exigem do Governo] abandonar o relacionamento doentio com empresários da pedinchice e das negociatas, substituindo as "ajudas" que lhes vem oferecendo por apoios escrutináveis e com contrapartidas.

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[Os problemas estruturais do país exigem do Governo] apostar na segurança no emprego e em melhorar os salários.

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Há pequenas utopias realizáveis. 

Carvalho da Silva, JN

 

É provável que as perdas humanas [da guerra na Ucrânia] sejam significativamente superiores [à notícia da ONU], devido à informação deficiente que chega de áreas sob conflito intenso.

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Sem surpresa, a guerra levou à rápida deterioração da situação económica na Ucrânia: o Banco Mundial prevê uma quebra de 45% do PIB do país em 2022.

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O défice público ucraniano eleva-se a 5 mil milhões de euros por mês.

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[Existe um] total de necessidades de financiamento externo de 9 mil milhões por mês.

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Em percentagem do PIB, os maiores doadores são a Estónia, a Letónia, a Polónia e a Lituânia, o que sublinha a tal importância da vizinhança geográfica e, de alguma forma, questiona a extensão da solidariedade europeia.

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As sanções económicas [à Rússia] vão fazendo o seu caminho.

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Ainda assim, a economia russa tremeu, mas aguentou-se; as previsões apontam para uma quebra do PIB de 4 a 6% em 2023: nada que se compare ao trambolhão ucraniano.

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O balanço das ajudas e das sanções gerais é, por isso, mitigado: estamos muito para lá do que era imaginável em fevereiro, mas muito aquém de fazer tudo o que nos compete.

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Embora seja impossível calcular o valor das fortunas destes indivíduos [bilionários russos sancionados], os 87 presentes na lista da Forbes de 2022 tinham uma fortuna conjunta de 320 mil milhões.

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Tanto a ajuda como as sanções gerais (vide adaptação à escassez de gás) comportam custos para a população dos países ocidentais.

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O negócio do secretismo explorado pelos oligarcas russos e que o Registo Europeu de Ativos viria enfraquecer serve todos os cleptocratas que vivem à custa da miséria dos povos respetivos.

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Os perdedores podem ser poucos, mas são poderosos, e cada um tem muito a perder.

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Vendo melhor, não admira que os oligarcas se vão safando.

Susana Peralta, “Público” (sem link)


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