(…)
Isto
trocado por miúdos passa muito por racismo e xenofobia. Já sabemos que deixaram
de existir constrangimentos em vocalizar tais preconceitos.
(…)
De
forma mais ou menos explícita, o partido [Chega] vai alimentando e manipulando
esta paranoia coletiva. É esse medo dos imigrantes que lhes garante a votação
estrondosa.
(…)
[Ventura
aprendeu com o que se passa no estrangeiro] que atualmente a única forma de
despertar paixões e de mobilizar as pessoas para a política é usar e acentuar
os seus medos.
(…)
Não chamaria a isto um talento [de Ventura], mas
um descaramento.
(…)
Os
efeitos desta política são de tal ordem que a própria direita tradicional sente
que tem de dar respostas aos medos do eleitorado, sob pena de perder terreno.
(…)
Estamos sempre a falar de políticas
anti-imigração.
(…)
[Montenegro não é como Ventura mas] toma
medidas que vão ao encontro dos portugueses que têm medo. Tranquiliza-os.
(…)
A partir de agora, para entrar legalmente em
Portugal, vai ser preciso um visto de trabalho. Sem esse visto, os
imigrantes que entrarem já não poderão legalizar a sua situação.
(…)
A mensagem política que acompanha estas medidas
é humanista, quase uma apologia dos direitos humanos.
(…)
Nunca uma política anti-imigração se travestiu
tanto de política de defesa dos imigrantes.
(…)
[Estas medidas poderão] contribuir para o
aumento da imigração ilegal e claro que poderão fomentar uma máfia dos
contratos de trabalho.
(…)
[As palavras do Papa sobre emigração são
exemplares]: São, na verdade, quatro verbos: acolher, proteger, promover e
integrar. A beleza das palavras contrasta com a dureza das ações.
Carmo Afonso, “Público”
(sem link)
[O Dia
Mundial do Ambiente que hoje se celebre é] um [bom] momento para refletirmos
sobre o impacto das atividades humanas nos recursos naturais do planeta e para
promovermos iniciativas em prol de práticas amigas do meio ambiente.
(…)
Entre as principais causas da deterioração [dos
ecossistemas] encontram-se a rápida industrialização, as práticas agrícolas não
sustentáveis e a urbanização descontrolada.
(…)
As alterações climáticas intensificam
os desafios enfrentados pelos ecossistemas, perturbando o seu delicado
equilíbrio em todo o planeta e promovendo a degradação ambiental.
(…)
O
impacto negativo da desertificação na agricultura e produção de alimento é
muito significativo, exacerbando a insegurança alimentar e as vulnerabilidades
socioeconómicas.
(…)
De
facto, a lista de desafios ambientais que o planeta enfrenta é vasto e
multifacetado colocando em perigo o bem-estar das gerações presentes e futuras.
(…)
É essencial adotar práticas sustentáveis na
indústria, promover a agricultura regenerativa e implementar políticas de
urbanização que respeitem a natureza.
Sofia Almeida Pereira,
“Público” (sem
link)
Há
mais de meio século que se assinala este dia criado na sequência da primeira
Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, ocorrida em Estocolmo em
junho de 1972.
(…)
Hoje a natureza e o estado do ambiente estão
piores do que em 1972!
(…)
A crise ambiental e, agora, a crise climática,
alastrou a todo o mundo.
(…)
Quanto à natureza, nem se fala; a biodiversidade decaiu assustadoramente nestes 50 anos.
(…)
Desde 1970 até 2014, mais de metade das
espécies de animais desapareceram da Terra.
(…)
Agora,
em 2024, o Dia Mundial do Ambiente tem como temas contrariar os efeitos da degradação
e, nomeadamente, “acelerar o restauro da terra, a resiliência à seca e à desertificação”.
(…)
[Estes 50 anos] foram habilmente aproveitados
pelas empresas para vender mais, e pelos governos para serem laxistas,
exatamente o contrário do desejado.
(…)
Desenvolveram
com grande maestria e enormes investimentos o “greenwashing” que se define, segundo a
Wikipedia, como “a injustificada apropriação de virtudes ambientalistas por
parte de organizações (empresas, governos, etc.) ou pessoas, mediante o uso de
técnicas de marketing e relações públicas.
(…)
[Seria preferível que, por exemplo, a indústria
papeleira] apostasse na investigação dos processos industriais e florestais, de
modo a torná-los menos prejudiciais para o ambiente.
(…)
Seria melhor que as celuloses reconhecessem o
impacto negativo no ambiente da sua atividade.
(…)
O
correto é encarar as realidades de frente e, quando são geradoras de problemas
ambientais ou sociais, procurar diminuir o seu impacto e encontrar
alternativas.
Nuno Gomes Oliveira, “Público” (sem link)
A
conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em Bona (Alemanha),
SB60, está a começar e decorrerá durante as próximas duas semanas.
(…)
O foco
das negociações climáticas desde ano está na área do Financiamento Climático, e
em concreto em estabelecer as bases para um novo acordo global.
(…)
Este ano, os governos devem chegar a um acordo
acerca da Nova Meta Quantificada Colectiva de Financiamento
Climático (NCQG).
(…)
Quanto
a mim (e à sociedade civil presente), algumas das reivindicações [dos países
mais vulneráveis para fazerem face às alterações climáticas] ncluem que a
quantia seja baseada na justiça e na ciência, de acordo com as necessidades dos
países beneficiários.
(…)
Devem
existir submetas para mitigação, adaptação e perdas e danos (os pilares do
financiamento para a acção climática) e o foco deverá estar em financiamento
público e não privado.
(…)
Recuso
desde já o argumento falacioso de que “não há dinheiro”: não há falta dinheiro,
há falta de acção e vontade política.
(…)
Um estudo
recente mostrou que um só imposto sobre a extracção de combustíveis fósseis
pelos países da OCDE poderia gerar 900 mil milhões de dólares até 2030.
(…)
Não é novidade que a indústria fóssil tem
lucrado milhares de milhões de dólares à custa das pessoas.
(…)
A era dos combustíveis fósseis tem de terminar.
(…)
Os
poluidores devem arcar os custos da destruição que causaram, incluindo os das
medidas tomadas para prevenir, controlar e reparar os mesmos, assim como os
custos impostos à sociedade.
(…)
Os
poluidores devem arcar os custos da destruição que causaram, incluindo os das
medidas tomadas para prevenir, controlar e reparar os mesmos, assim como os
custos impostos à sociedade.
Sem comentários:
Enviar um comentário