quarta-feira, 12 de junho de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (107)

 
[No dia 10 de junho] a única intervenção policial que se vê nos vídeos visa os manifestantes antifascistas [nos confrontos com um grupo de neonazis].

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Os polícias, mais uma vez, atuaram com violência contra estes manifestantes e deram proteção ao grupo de Mário Machado.

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Há fotografias de agentes a cumprimentar muito cordialmente membros do 1143.

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Mário Machado estava presente na noite em que assassinaram Alcindo Monteiro e participou nas agressões levadas a cabo pelo grupo de então.

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Tenham presente que, em fevereiro de 2021, Mário Machado exibiu orgulhosamente nas redes sociais a fotografia do almoço de grupo que precedeu o assassinato de Alcindo Monteiro.

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Cada um deverá tirar daqui as suas conclusões sobre a reabilitação de Mário Machado e sobre o timbre de todos os que o seguem e acompanham.

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Porque continuam a passar uma mensagem de conivência [de polícias] com estas pessoas?

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O assunto deve preocupar-nos. As polícias são fundamentais na vida em sociedade.

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É insano ver agentes policiais assumirem comportamentos que põem em causa essa relação de confiança [que deveriam ter com todos nós].

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Sabemos também que o Chega está profundamente infiltrado nas várias polícias. Isto não é coisa pouca.

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[As pessoas racializadas] têm boas razões para, em vez de segurança, verem nestes agentes a possibilidade de estarem perante um agressor.

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Foi evidente a mão do Chega em algumas das ações de protesto levadas a cabo pelos agentes antes das eleições legislativas.

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Este seria o momento certo para as forças policiais fazerem o corte com a extrema-direita e retomarem a sua melhor tradição sindical.

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As negociações que estão a decorrer entre as forças policiais e o Governo interessam-nos. É justo que as suas reivindicações sejam atendidas.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Como sempre acontece, [do resultado destas eleições europeias] nem todas as previsões acertaram.

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A esquerda europeia, à esquerda dos socialistas e democratas, resistiu e, embora com dificuldades, dá sinais importantes de recomposição em alguns países.

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A esquerda nórdica cresceu, particularmente na Finlândia como reação a um governo que integra a extrema-direita.

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Em França, perante a convocatória de eleições antecipadas por Macron, foi já anunciada uma nova Frente Popular.

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Este sinal francês, que resulta de um sobressalto contra o tapete que Macron parece estender à extrema-direita para governar.

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Ursula Von der Leyen, empenhada defensora do genocídio cometido por Israel em Gaza (…) conta agora, tudo indica, com o apoio dos socialistas europeus para se manter no poder.

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Afinal, o centrão está disponível para os seus entendimentos e negócios.

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Coincidências da história, estas eleições europeias aconteceram ao mesmo tempo em que se realiza em Genebra a conferência da Organização Internacional do Trabalho, a única organização internacional do sistema da Sociedade das Nações que lhe sobreviveu. 

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Integrada na constituição da OIT desde então [a Declaração de Filadélfia, em maio de 1944], este documento afirma os princípios sobre os quais se funda a organização. O primeiro de todos: “o trabalho não é uma mercadoria”.  

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Em que medida pode o “espírito de Filadélfia” inspirar-nos hoje face ao momento europeu? De que alianças precisamos e em torno de que valores? Que pequenos passos podemos dar com as forças que temos? Em que gestos deve a esquerda encontrar-se?

José Soeiro, “Expresso” online

 

Luís Montenegro precisava que o foco das atenções se afastasse da sua derrota eleitoral [anunciando o apoio do governo à candidatura de António Costa à presidência de Conselho Europeu].

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Apesar de ficar mais claro porque António Costa não participou na campanha do Partido Socialista, o anúncio do apoio do atual primeiro-ministro é indiferente. 

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A questão é a de sempre: para além do orgulho de uma Nação que adora ser notada, ganhamos alguma coisa com a esta presidência? 

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Tudo depende se Costa quer fazer política, como Guterres faz, ou fazer pela vida, como Barroso fez.

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Por fim, a ironia de tudo isto: os mesmos que quiseram tramar Costa, fazendo com ele o que não fizeram com Marcelo no caso das gémeas, acabaram por lhe dar uma ajuda.

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Tramou-se o país, que trocou uma maioria absoluta por uma crise política que pode tornar-se estrutural.

Daniel Oliveira, “Expresso”


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