quarta-feira, 4 de setembro de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (119)

 
Com o guião revelado [pelo PSD] logo depois das eleições, só é enganado quem quer: ou o PS se anula, ou vai-se a votos de novo.

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O governo avançou com um programa fiscal radical e iníquo que atenta contra a progressividade do nosso sistema e concentra benefícios numa minoria de jovens privilegiados.

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[O Governo] começou a distribuir dinheiro centrada em setores com mais peso eleitoral.

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O PS não pode aceitar ser mero ser retificador de decisões do PSD, Chega e IL.

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Se o PSD quer o voto do PS, não tem espaço para este caminho.

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Nada indicia um interesse em negociar ou uma perspetiva de governar a longo prazo.

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Apenas um cerco ao PS para o responsabilizar por novas eleições e a criação de boas condições para ir a votos.

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Se as pessoas responsabilizassem o PS pela crise e este perdesse as eleições, o PSD reforçaria a sua posição e até poderia conquistar uma maioria com o seu pequeno clone, a IL.

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A AD sabe que, desde que consiga responsabilizar o PS pela crise, a probabilidade de vencer e se reforçar é alta.

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A pressão sobre o PS não vem, portanto, de quem busca a estabilidade, mas de quem procura o cenário mais favorável para a direita ir já a votos.

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Mesmo no arranque das supostas negociações, o discurso de Montenegro, colado a um vergonhoso oportunismo nas águas do Douro (…), foi de pré-campanha.

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Marcelo, como Montenegro, apostou na chantagem sobre o PS. 

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Com tudo a seu favor, a começar pelo ambiente mediático, a AD parte para esta suposta negociação impondo condições que são, elas próprias, a negação de uma negociação. 

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Quer uma oposição mais neutralizada do que se houvesse uma maioria absoluta.

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Está a ser preparada uma humilhação política ou a responsabilização do PS por uma crise.

Daniel Oliveira, “Expresso”

 

A anunciada alteração do Governo ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) (…) mostra a falta de visão sistémica sobre o problema complexo que envolve o espaço urbano.

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A dificuldade de acesso à habitação prende-se com dinâmicas de mercado e de uma particular pressão nos centros urbanos por falta de um crescimento mais equilibrado do restante espaço edificável.

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A medida apresentada pelo Governo vai, pelo contrário, agudizar mais o problema de crescimento não-qualificado das nossas periferias e dos espaços entre cidades.

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Um promotor imobiliário de habitações a custos controlados não terá o mínimo incentivo, nem capacidade, para promover a diversidade de usos nestas novas localizações.

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Este tipo de ocupação afecta a justiça social uma vez que relegamos certas classes sociais a zonas da cidade não-qualificadas, perpetuando as desigualdades entre grupos sociais.

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A economia familiar também é afectada porque quem viver nestas novas localizações terá encargos acrescidos de deslocação para aceder a oportunidades de emprego, comércio ou entretenimento.

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O Programa Nacional das Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT) de 2019 promovia a contenção urbana como prática para a gestão do desenvolvimento urbano sustentável.

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A medida agora apresentada representa um retrocesso nesse caminho.

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Nos Países Baixos, duas em cada três pessoas vive a menos de três quilómetros de uma estação de comboio, o que facilita a promoção do transporte público.

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Planear uma cidade demora tempo e é um processo sistemático.

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A construção em locais já integrados na cidade apresenta maiores benefícios sociais e mesmo maior retorno financeiro (e.g. eficiência do uso da infra-estrutura pública).

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A solução para o problema da habitação em Portugal pede um olhar sistémico.

Manuel Caldeira, “Público” (sem link)

 

[Na China] está a surgir um novo desafio: a taxa de obesidade do país pode crescer muito mais rapidamente e aumentar os custos dos cuidados de saúde.

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O stress profissional, as longas horas de trabalho e os regimes alimentares deficientes são factores de risco cada vez mais elevados nas cidades.

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A China enfrenta um duplo desafio que alimenta o seu problema de peso: numa economia em modernização, apoiada pela inovação tecnológica, cada vez mais postos de trabalho se tornaram sedentários.

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Um abrandamento prolongado do crescimento está a forçar as pessoas a adoptarem dietas mais baratas e pouco saudáveis.

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Milhões de trabalhadores trocaram, nos últimos anos, os empregos na construção e na indústria transformadora pela condução em empresas de partilha de boleias ou de entregas.

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Num ambiente deflacionário, os consumidores preferem refeições mais baratas, que podem ser pouco saudáveis. 

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mercado de fast food da China deverá atingir 1,8 biliões de yuans (228 mil milhões de euros) em 2025.

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[Em julho de 2024] a agência noticiosa oficial da China, Xinhua, referiu que mais de metade dos adultos do país é obesa ou tem excesso de peso, um valor superior à estimativa de 37% fornecida pela Organização Mundial da Saúde.

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Um estudo da BMC Public Health estima que os custos dos tratamentos relacionados com o peso deverão aumentar para 22% do orçamento da saúde.

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Em Julho, o NHC da China e 15 outros departamentos governamentais lançaram uma campanha de sensibilização pública para combater a obesidade.

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A OMS define uma pessoa com excesso de peso como alguém com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 25; a obesidade é declarada com o IMC igual ou superior a 30.

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Apenas 8% dos chineses são considerados obesos, mais do que os vizinhos Japão e Coreia do Sul, mas muito abaixo da taxa de 42% dos Estados Unidos, segundo dados da OMS.

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Numa economia que se urbaniza rapidamente na próxima década, muitos chineses com excesso de peso poderão ultrapassar o limiar da obesidade, segundo os médicos.

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O novo impulso da China para aumentar as taxas de urbanização é particularmente preocupante, tendo em conta a sua cultura de trabalho de turnos de 12 horas, seis dias por semana.

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A proporção de rapazes obesos na China aumentou de 1,3% em 1990 para 15,2% em 2022.

Farah Master, “Público” (sem link)


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