sábado, 7 de dezembro de 2024

MAIS CITAÇÕES (311)

 
Na semana passada, a ministra do Ambiente declarou à comunicação social que o país pode estar tranquilo quanto a eventos extremos como o de Valência.

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Os técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) mostraram depois o mapa das 63 áreas em 105 municípios com risco potencial de inundações.

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Graça Carvalho, que também é cientista, sabe bem que Portugal está sujeito a graves vulnerabilidades particularmente face às cheias súbitas e eventos costeiros extremos.

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[O problema nasce no clima], mas onde ele nos alcança é na crescente vulnerabilidade do território e da sociedade perante fenómenos extremos devido à imparável instalação de imóveis, equipamentos, populações, infraestruturas em leitos de cheia e até mesmo sobre a linha de costa.

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Na faixa litoral desaguam não só importantes rios ibéricos como muitas “traiçoeiras” ribeiras.

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Temos ainda a fragilidade física de um litoral fortemente erodido.

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[Há] largos sectores em situação de fragilidade residencial e com insuficiente conhecimento quanto aos riscos da nossa condição climática e ambiental.

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Apesar disto, comparando os dois últimos censos, vemos que a concentração de construções e população no litoral aumentou exponencialmente entre 2011 e 2021.

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Sucedem-se autorizações de novos empreendimentos em zonas de risco elevado.

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Enquanto isso, vai-se avançando com tentativas de aprovações urbanísticas tresloucadas.

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[Todos os dias] assistimos à imparável instalação de novos edifícios em leito de cheia, em zonas costeiras, ou em áreas que nunca deveriam ser impermeabilizadas.

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[Só que estamos perante] a fragilidade das instituições no cumprimento das leis e dos planos e a impunidade dos abusos.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

Após um início conturbado, a COP [29] trouxe alguns resultados positivos, embora poucos sintam razões para celebrar.

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Desde o anúncio, surgiram discussões sobre a integridade das negociações.

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Receia-se que países com economias baseadas no petróleo a presidir à COP comprometam a objectividade e eficácia das políticas climáticas.

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Contudo, o principal resultado deste ano foi o compromisso de triplicar o financiamento para países em desenvolvimento para 300 mil milhões de dólares anuais.

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Foi adiada para o próximo ano [a concretização dos objectivos de eliminação gradual dos combustíveis de energia fóssil]

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Aponta-se que são necessários 1300 mil milhões anuais, o que gerou tensões em grupos junto dos países menos desenvolvidos dos pequenos estados insulares, que abandonaram as sessões de debate.

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Há dois pontos positivos a destacar: o aumento da transparência na monitorização dos progressos dos países em relação às metas climáticas.

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A COP também deu novo impulso aos Planos Nacionais de Adaptação, focados nos países menos desenvolvidos e estados insulares.

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Sem uma visão integrada, será difícil alcançar mais do que resultados tímidos e declarações redondas.

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Mais do que perseguir um consenso global (quase impossível), é crucial adoptar uma abordagem que reconheça diferenças regionais e desafios específicos de cada bloco económico.

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Para serem bem-sucedidas, as políticas climáticas devem ser ambientalmente robustas e economicamente viáveis, transformando a sustentabilidade num motor de inovação e crescimento.

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A urgência climática torna cada vez mais evidente a necessidade de tomar decisões sobre o clima

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O ano de 2024 deverá ser o primeiro em que o aumento da temperatura média global fica acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais – limite considerado por muitos como o máximo aceitável para minimizar os impactos das alterações climáticas.

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Como agentes de sustentabilidade, temos um papel crucial em pressionar os governos para adoptarem políticas eficazes que reflectem os acordos estabelecidos.

Filipe de Morais Vasconcelos, “Público” (sem link)

 

Adensam-se nuvens negras sobre toda a Europa e, no espaço da União Europeia (UE), abate-se uma tempestade. Sobre nós, portugueses, sopram ventos perigosos.

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A UE, apresentada aos povos como projeto de afirmação e defesa da paz, está agora envolvida numa escalada belicista.

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E falta [à UE] uma estratégia de relacionamento internacional com princípios.

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A Alemanha foi defendendo a sua industrialização, embora pouco diversificada, mas os enredos da guerra na Ucrânia, os conflitos tarifários com a China e o atraso na transição energética e digital avariaram o motor da sua economia.

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As suas indústrias-bandeira, que têm extensões diretas e indiretas em Portugal, estão a despedir milhares de trabalhadores.

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A França é hoje, perigosamente, uma nação sem rumo.

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[Do outro lado do Atlântico] a liderança de Trump ampliará a corrosão, e o descrédito das instituições americanas e internacionais. 

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Esta semana, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, disse que “perante o que os países gastam em pensões, no sistema de segurança social e na saúde, basta uma fração desse gasto para garantir o orçamento de defesa” que a NATO está a querer impor.

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Trata-se, pois, de uma ameaça gravíssima aos direitos dos cidadãos da UE.

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Por cá, o Governo inventa problemas de segurança que não temos,

Carvalho da Silva, JN

 

Dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos humanos, decorre uma campanha promovida pela ONU Mulheres (…) em que somos chamados a uma consciencialização e a mobilizar ações concretas para erradicar diversas formas de violência sofridas pelas mulheres no mundo inteiro.

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Uma em cada três mulheres é vítima de agressões físicas e/ou sexuais por ser mulher.

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Em média, no mundo, a cada dez minutos uma mulher é morta às mãos de um parceiro íntimo ou de um familiar.

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Uma em cada quatro pessoas considera que pode ser justificável um homem agredir a sua companheira.

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Por cada dez vítimas de tráfego humano, detetadas no mundo, quatro são mulheres adultas e duas são raparigas menores.

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91% das vítimas de tráfico para fins de exploração sexual são mulheres.

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[No mundo político] as mulheres continuam a ser alvo de resistência, por via de comentários sexistas, intimidação ou assédio.

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[Em Portugal] e de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna, de 2023, a violência doméstica regista 30461 participações às forças de segurança, sendo que a violência contra o cônjuge ou análogo assume 85,5% de toda a violência doméstica.

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Também em Portugal, a Polícia Judiciária assinalou 344 mulheres violadas entre janeiro e setembro de 2024.

Daniela Sofia Neto, “Diário de Coimbra” (sem link)


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