domingo, 31 de agosto de 2025

OPINIÃO SUCINTA DE 39 PESSOAS SOBRE A FLOTILHA HUMANITÁRIA QUE PARTIU HOJE PARA GAZA

 

Pedimos a 39 pessoas uma ou duas palavras sobre a Flotilha Humanitária que partiu hoje para Gaza.

FRASE DO DIA (2498)

 
Educar é, sem dúvida, uma das tarefas mais desafiantes que existem, e educar para a sexualidade acrescenta camadas de complexidade.

Tânia Graça, “Público”


TEMOS DE COMER ANTES DE FILOSOFAR

 

Das pirâmides de Gizé aos grandes banquetes de Estado. A luta de classes no prato de jantar, por Francisco Louçã.


JÁ PARTIU A FLOTILHA HUMANITÁRIA COM AJUDA PARA GAZA

 

ISRAEL ESTÁ A USAR TODOS OS MEIOS, ATÉ OS MAIS SÓRDIDOS, PARA ANIQUILAR A COMUNIDADE PALESTINIANA

 

Israel está a levar a cabo uma campanha deliberada de fome na Faixa de Gaza, destruindo sistematicamente a saúde, o bem-estar e o tecido social dos palestinianos.

As crianças palestinianas estão a ser deixadas a definhar, forçando as famílias a uma escolha impossível: ouvir impotentes os gritos dos seus filhos a implorar por comida ou arriscar a morte ou ferimentos numa busca desesperada por ajuda.

A comunidade internacional, particularmente os aliados de Israel, incluindo a União Europeia e os seus membros, devem cumprir as suas obrigações morais e legais para pôr fim ao genocídio de Israel na Faixa de Gaza. Os Estados devem suspender todas as transferências de armas, adotar sanções específicas e encerrar qualquer envolvimento com entidades israelitas caso isso contribua para o genocídio. Via AI

Mais Aqui


PENÍNSULA IBÉRICA CAMPEÃ NA ÁREA ARDIDA ESTE ANO NA UNIÃO EUROPEIA

 

Os incêndios florestais em Portugal e Espanha representam dois terços da área ardida no território da União Europeia, com os números a disparar em Agosto.

Saiba mais: https://www.publico.pt/2145037


sábado, 30 de agosto de 2025

MAIS CITAÇÕES (348)

 
O Governo de Luís Montenegro anunciou um regime de incompatibilidades para os chamados prestadores de serviço.

(…)

[A ministra Ana Paula Martins] insiste em manter salários desajustados, carreiras bloqueadas e condições de trabalho degradadas.

(…)

[Os médicos internos e especialistas] são o coração do serviço público.

(…)

A fuga de médicos não é um capricho: é a consequência inevitável de quem se vê forçado a trabalhar sem condições.

(…)

Muitos dos médicos que terminam o internato irão para o setor privado ou para o estrangeiro.

(…)

Luís Montenegro não resolve a carência de médicos no público — apenas garante mais médicos para o privado e menos para os utentes do SNS.

(…)

É esta a política em curso: enfraquecer o público para fortalecer o negócio da doença.

(…)

O caminho não é impor barreiras artificiais.

(…)

Luís Montenegro desvaloriza quem escolheu servir o SNS, empurra médicos para o privado e deixa os doentes à espera. 

(…)

[O verdadeiro erro político é] transformar a saúde pública num campo de negócios, em vez de a garantir como um direito de todos.

Joana Bordalo e Sá, “Expresso” (sem link)

 

O total de acessos, nesta 1.ª fase [de colocação de alunos no Ensino Superior], ficou 12% abaixo do ano anterior.

(…)

Uma realidade desastrosa, num quadro em que outros indicadores relativos a condições de trabalho, a níveis salariais e a custos da habitação são muito duros, em particular para os jovens.

(…)

Nos níveis inferiores da escola o desaparecimento de crianças filhas de portugueses é compensado pela entrada de filhos de imigrantes. 

(…)

O enredo do problema é complexo e condiciona a evolução do tecido socioeconómico, o equilíbrio do sistema de proteção social, a modernização dos serviços públicos, a prestação dos direitos fundamentais a todos os cidadãos.

(…)

Há falta de profissionais qualificados em várias dos subsetores públicos.

(…)

Portugal é hoje um país bloqueado no seu processo de desenvolvimento e a condição de membro da União Europeia - no atual contexto internacional - pode acrescentar cargas negativas pesadas.

(…)

O Estado social depende da valorização e dignificação do trabalho e da cidadania social que coloca os indivíduos como os portadores dos direitos.

(…)

O ataque à escola pública, as políticas de baixos salários e o bloqueio no acesso à habitação conduzem-nos a um inexorável retrocesso.

(…)

O alojamento para estudantes é de valor insuportável para a maioria das famílias. Não há residências públicas para estudantes.

(…)

O acesso ao ensino público é um lugar onde as desigualdades a montante do sistema têm um brutal impacto. 

Carvalho da Silva, JN

 

O capitalismo seduziu todos os povos porque alimenta este “ADN capitalista”: um consumo crescente, pornografia gratuita, expectativas de poder, tecnologia que reduz a necessidade de esforço físico.

(…)

Temos também um “ADN social”: empatia e cuidado pelo outro, sentido de cooperação e de justiça, propensão para a espiritualidade.

(…)

No Ocidente, o sistema que criámos foi a democracia liberal.

(…)

É precisamente a democracia liberal que os tecnolibertarianos (…) visam destruir, para impor um projeto político-ideológico baseado no ultraliberalismo digital, projeto que, na prática, institui um poder autoritário.

(…)

[Trump e quem o rodeia] consideram a democracia ineficiente e um entrave ao avanço da inovação tecnológica.

(…)

Começaram, assim, a desmantelar as “regras e instituições de outra era”, os seus “inimigos internos”.

(…)

Trump pretende decretar um “dia sem regras”.

(…)

[O fenómeno tecnolibertariano] propaga-se pelos países europeus através das plataformas digitais e do financiamento de partidos de extrema-direita.

(…)

[Apenas] mencionam [o trabalho] para salientar que a tecnologia é mais eficiente e muito mais barata e que, portanto, substituirá o trabalho humano.

(…)

Ora, o ADN social está associado ao trabalho; surgiu da necessidade de trabalhar para todos, incluindo crianças e idosos, sobreviverem.

(…)

É no trabalho e nas esferas familiar e social, e não no consumo, que cuidamos dos outros e somos úteis.

(…)

Sociedade pós-humana, sociedade pós-trabalho; a consistência ideológica do terramoto cultural tecnolibertariano é assustadora.

(…)

A esquerda lutou, e bem, contra a exploração do trabalho pelo capital, denunciou o ADN dos capitalistas e reivindicou o aumento dos salários.

(…)

Os trabalhadores não querem ser vistos como vítimas mas sim como pessoas autónomas e capazes de agir.

(…)

O seu ressentimento tem sido canalizado pela extrema-direita para uma revolta contra a civilização liberal.

(…)

É ao ADN capitalista que a extrema-direita e os tecnolibertarianos apelam, pois não acreditam no ADN social.

(…)

Prometem uma sociedade infinitamente próspera e infinitamente livre. Promessas que são um logro existencial.

(…)

O consumo ilimitado conduz às catástrofes ecológicas a que começámos a assistir.

(…)

A liberdade ilimitada conduz a sociedades em que imperam a barbárie e a lei do mais forte.

(…)

A lei da força está de regresso.

(…)

Dados os impasses a que o ADN capitalista nos leva, qual é o projeto que permite construir uma economia dentro dos limites planetários e que seja politicamente viável?

(…)

[Há que] identificar os domínios e as formas em que se exerce a lei da força e conseguir transmitir essa informação aos cidadãos.

(…)

[Há que] criar novas instituições que consolidem o ADN social, começando pelo mundo do trabalho, porque é aí que se pode potenciar o ADN social.

(…)

É hora de levar a centralidade do trabalho (não só o emprego) a sério.

(…)

É o trabalho que mais cristaliza os traços do ADN social.

(…)

Isso exige enfrentar o ADN capitalista, mostrar que não é no consumo que está o sentido da vida.

(…)

A democracia política não sobrevive sem democracia no trabalho.

(…)

Descartar o trabalho e a política é descartar os trabalhadores e o seu poder. 

(…)

Descartar o Estado e a democracia e substituí-los por uma “República digital” é obter um poder absoluto. 

Helena Lopes, “Público” (sem link)


AS DIFERENÇAS ESTÃO À VISTA…

 

Via Bloco de Esquerda


CABE A CADA UM DE NÓS DESCOBRIR DE QUAL DAS MODALIDADES ESTAMOS MAIS PRÓXIMOS

 

“O fascismo é uma minhoca que se infiltra na maçã. Ou vem com botas cardadas ou com pezinhos de lã”. Palavras sábias de Sérgio Godinho.

Via Yronicamente


HÁ CADA VEZ MAIS MULHERES SEM-ABRIGO


Nos últimos dois anos, o número total de pessoas apoiadas pela Cruz Vermelha Portuguesa aumentou 126% e as mulheres são cada vez menos excepção.

📲Leia tudo: https://www.publico.pt/2144699


CAVACO IGUAL A CAVACO. OBVIAMENTE CONTRA ABRIL

 

Cavaco contra um dos mais destacados homens de abril, humilha Salgueiro Maia e mostra bem de que lado sempre esteve.


IMIGRANTES A COMBATER INCÊNDIOS EM PORTUGAL

 

As fotos de imigrantes a combater a incêndios em Portugal são reais e não foram criadas por Inteligência Artificial, contrariamente ao que foi apontado em várias publicações nas redes sociais. Perceba o caso, ao detalhe, num fact-check, pelo link nos comentários. Via Miguel Madeira e "Expresso"


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

CITAÇÕES

 
[Aharon Haliva, ex-chefe dos serviços de informações das IDF confirmou que] para a extrema-direita e o primeiro-ministro, “o Hamas é bom para Israel” porque “se toda a Palestina estiver destabilizada e enlouquecida, é impossível negociar” e “não haverá acordo”.

(…)

O objetivo sempre foi tirar a Autoridade Palestiniana, que tinha estatuto internacional, da equação, para rebentar com todas as possíveis pontes de diálogo.

(…)

É Israel que não reconhece o direito de existência a um Estado palestiniano e tem uma estratégia consistente e bem-sucedida para o impedir.

(…)

O 7 de Outubro foi pretexto, não causa.

(…)

Alimentar o Hamas, destruindo a legitimidade internacional da causa palestiniana e inviabilizando o diálogo.

(…)

Disseminar uma cultura de desumanização dos palestinianos de modo a facilitar a sua expulsão ou extermínio.

(…)

As coisas não ficarão por aqui até Israel colonizar praticamente todo o território a oeste do rio Jordão.

(…)

Dentro do “muro de ferro” de Jabotinsky, líder terrorista de perfil fascista que inspira Netanyahu, não há lugar para a Palestina.

(…)

Como Putin, Netanyahu sempre disse ao que vinha.

(…)

Ao contrário do que pensam os antissemitas, nada há que predisponha para este crime uma nação construída como sonho de paz e de segurança para o povo mais perseguido da História.

(…)

Mas a razão primeira para o genocídio dos palestinianos é tão antiga como a Humanidade: Israel faz o que faz porque pode. 

(…)

Se Netanyahu foi bem-sucedido na limpeza de Gaza, as coisas não pararão por aqui.

(…)

[Netanyahu continuará] numa bebedeira amoral de poder ilimitado que tanto desumaniza a vítima como o agressor.

(…)

[Crimes contra a Humanidade aconteceram] porque pessoas banais, cúmplices ativas ou passivas do crime, se convenceram de que o seu futuro dependia da ausência de futuro do outro.

(…)

Israel tem menos população do que Portugal, menos território do que o Alentejo e um PIB inferior ao da Bélgica. Nunca iria tão longe sem a cumplicidade das nossas nações.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A dimensão humana do primeiro-ministro não resiste ao choque com a realidade após a noção, cair de ficha, de que o fogo queimou bem mais do que floresta. 

(…)

Há um certo heroísmo na certeza de que se deve fazer o que se quer e o que se entende, mesmo quando a percepção indicaria que a Festa do Pontal jamais se poderia ter realizado naqueles termos.

(…)

Mas o arrependimento na sua imagem pública surgiu mais rápido que um Fórmula 1 no Algarve e vai queimar em lume brando, atiçado pelo rescaldo da oposição.

(…)

Enquanto a situação dramática dos fogos florestais se mantiver (…) nenhum primeiro-ministro pode gozar férias no Verão. 

(…)

Também é verdade que [qualquer governante] não pode primar pela ausência e ou pela falta de recato, sobretudo quando uma das grandes catástrofes nacionais se anuncia e se cumpre, quase todos os anos, como uma fatalidade.

(…)

Quando o mal arde para se ver, a contagem de espingardas vem sempre com o cheiro a napalm.

(…)

No momento em que os incêndios se apagam, é o maior condutor de fogo que existe. 

(…)

É preciso coragem e antecipação. E essa coragem passa por encarar a propriedade florestal como uma obrigação do Estado.

Miguel Guedes, JN

 

Enquanto o presidente [da Argentina] se apoia em delírios místicos e latidos imaginários, a economia nacional segue no caos: inflação que corrói salários, pobreza crescente e uma dívida que ninguém sabe como pagar.

(…)

A corrupção é o velho cão de guarda que nunca abandona a política argentina.

(…)

Décadas de governos de todos os espectros prometeram mudanças, mas o sistema de favores, clientelismo e esquemas escusos segue firme.

(…)

Fuga de capitais, falta de investimento produtivo e uma sociedade cada vez mais descrente.

(…)

O governo de Javier Milei, que prometia ser a antítese da "casta política” e da corrupção associada ao kirchnerismo, enfrenta agora seu próprio terremoto ético.

(…)

O vazamento de áudios do ex-titular da Agência Nacional de Deficiência, Diego Spagnuolo, expôs uma suposta rede de cobrança de propinas para a compra estatal de medicamentos.

(…)

Não é o primeiro escândalo a abalar o discurso anticasta de Milei, nem a primeira vez que ele demora a se pronunciar.

(…)

O episódio, que já levou à abertura de investigações judiciais e a operações de busca, foi inicialmente silenciado pela Casa Rosada por cinco dias.

(…)

Ao invés de responder às acusações de corrupção, o presidente transforma o episódio em mais um capítulo da batalha contra os inimigos internos.

(…)

O escândalo estoura em um momento delicado para o governo argentino: duas semanas antes das eleições provinciais em Buenos Aires e a menos de dois meses do pleito legislativo nacional.

(…)

Enquanto o presidente se diverte em batalhas ideológicas e provocações midiáticas e a oposição se perde em disputas internas, a população vive o dilema de como colocar comida na mesa.

(…)

A inflação não late, mas morde — e morde forte.

(…)

Sem [qualquer presidente] enfrentar a corrupção estrutural, nenhum plano econômico — seja liberal, seja keynesiano ou espiritual — vai funcionar.

Marina Pereira Guimarães, “Público” (sem link)


MARIANA MORTÁGUA: “GOVERNO DEVE APELAR AO RESPEITO PELO DIREITO INTERNACIONAL SE ISRAEL TRAVAR MISSÃO HUMANITÁRIA”

 
Via SIC Notícias

CHEGA É ESPECIALISTA A CAPTAR ESTE TIPO DE GENTE PARA O SEU REDIL

 

Deputado [brasileiro] apoiante do Chega acusado de ajudar o PCC [Primeiro Comando da Capital, organização criminosa brasileira] a lavar dinheiro: Nikolas Ferreira propagou informação falsa que ajudou a derrubar a lei que apertava o cerco ao branqueamento de capitais. Mega-operação policial desta semana mostra “quem ganhou com essas fake news”, diz o fisco brasileiro. Suspeito elogiou Ventura e Rita Matias na semana passada no plenário de deputados.

Mais Aqui


IBIZA: QUEM TRABALHA NO TURISMO VIVE EM CONDIÇÕES PERFEITAMENTE INDIGNAS

 

Enquanto milhões de turistas se divertem na "isla de la fiesta", quem trabalha no sector tem dificuldade em encontrar um lugar digno para viver.

👉Saiba mais: https://www.publico.pt/414175


MAIS UMA IMAGEM RELACIONADA COM O ATAQUE ISRAELITA AO HOSPITAL EM KHAN YOUNIS

 

Israel realizou ataques consecutivos ao hospital em Khan Younis, separados por apenas alguns minutos, disse o ministério. Os ataques em “dupla ação” mataram jornalistas, profissionais de saúde e equipas de emergência que tinham acudido ao local após o ataque inicial, acrescentou o Hospital Nasser.

Os jornalistas mortos foram identificados como Mohammad Salama, repórter de imagem da Al Jazeera, Hussam Al-Masri, colaborador da Reuters, e Mariam Abu Dagga, que trabalhou com a Associated Press e outros órgãos de comunicação ao longo da guerra. Moath Abu Taha, jornalista freelancer que colaborava com a NBC, também morreu no ataque, acrescentou o hospital.

Saiba mais: https://swki.me/ll0IvZEX


TODO O MUNDO SE LEVANTA CONTRA O GENOCÍDIO QUE OCORRE EM GAZA

 
“Liberdade para Gaza”. Imagem captada no jogo Olympique de Marseille vs Paris Saint-Germain

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

MARIANA MORTÁGUA TOMA PARTIDO PELO FIM DO GENOCÍDIO E DA FOME QUE MATAM CIVIS E CRIANÇAS EM GAZA. O CONTRÁRIO É QUE SERIA LAMENTÁVEL

 

O deputado Ventura acusa-me de tomar partido. Tem razão: tomo partido pelo fim do genocídio e da fome, que diariamente matam civis e crianças em Gaza. O deputado Ventura também toma partido e por isso tira selfies com um dos ministros mais extremistas do governo genocida de Israel. Mariana Mortágua


FRASE DO DIA (2497)

 
Ao tratar migrantes como suspeitos, o Estado não apenas os transforma em bodes expiatórios, mas também legitima uma lógica de exclusão que mina a democracia.

Helena Schimitz, “Público”


FAZER DO CUIDADO A POLÍTICA DE COIMBRA PARA OS MAIS VELHOS

 

Tornar esse cuidado igual para todos e não um privilégio dos que mais têm.

#coimbra #bloco #mudarmesmo #autarquicas2025

Via José Manuel Pureza


O MOVIMENTO SOLIDÁRIO COM A PALESTINA VENCEU!

 

Nos últimos dias, foram enviadas várias queixas sobre o festival, tanto por parte de vários cidadãos como pelo Comité de Solidariedade com a Palestina, contra a sua realização. Autarquia veta aludindo ao risco de fogo.

Saiba mais: https://www.publico.pt/2145206

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ISRAEL RECORRE AO ASSASSINATO DE JORNALISTAS PARA CALAR A DESCRIÇÃO DO MORTICÍNIO EM GAZA

 

Pelo menos 189 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação palestinianos foram mortos em Gaza, desde Outubro de 2023.

Leia mais: https://www.publico.pt/2145232


MAIS UM JULGAMENTO (INJUSTO) À MODA DA ARÁBIA SAUDITA

 

Em dezembro de 2021, o pescador Essam Ahmed afirma ter sido coagido por um homem armado a transportar um pacote a partir do Egito com destino à Arábia Saudita. Durante a viagem de barco, e já depois de ter atirado o pacote ao mar, foi intercetado por guardas de fronteira sauditas enquanto ainda estava em águas territoriais egípcias, tendo sido preso.

Essam Ahmed relatou que foi levado para um centro de detenção na Arábia Saudita onde foi espancado durante três dias, acabando por assinar uma «confissão» em como tinha transportado drogas e que a detenção tinha ocorrido em águas territoriais sauditas. Essam foi sujeito a um julgamento manifestamente injusto e acabou por ser condenado à morte.

Escreva um e-mail às autoridades sauditas, a pedir a anulação da condenação à morte de Essam Ahmed e a realização de um novo julgamento realizado de forma justa e sem recurso à pena de morte.

Saiba mais em www.amnistia.pt/rede-de-acoes-urgentes/acoes-a-decorrer


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

MARIANA MORTÁGUA REPETIU HOJE AO PRIMEIRO-MINISTRO AS PERGUNTAS QUE MAIS OUVIU ESTES DIAS

 

Há quem faça um aproveitamento oportunista dos incêndios, fingindo apagar o fogo com um raminho para publicar nas redes sociais. Eu preferi ir ao interior do país ouvir os bombeiros e as populações afetadas. Repeti hoje ao Primeiro-Ministro as perguntas que mais ouvi nesses dias. Mariana Mortágua


CITAÇÕES À QUARTA (169)

 
Em Portugal, um novo clima de fogo já está em plena instalação, com cada vez menores períodos entre verões de incêndios catastróficos.

(…)

Mais de 3% do país ardeu de novo, resultado de uma combinação mortal entre crise climática, abandono e plantações de eucaliptos.

(…)

Montenegro declarou que os fogos são uma guerra, mas atualmente é ele o comandante dos incendiários.

(…)

2025 entrou na lista de piores anos de incêndios em Portugal desde a viragem do século, a seguir a 2017, 2003 e 2005.

(…)

A crise climática, o maior desafio que a Humanidade já enfrentou, continua a avançar através do apoio inabalável de governos e empresas para a expansão de emissões de gases com efeito de estufa.

(…)

Empresas fósseis como a Galp ou a EDP lideram a “guerra do fogo”, uma guerra contra toda a sociedade.

(…)

A área ardida em Portugal, cerca de 250 mil hectares, equivale à área de todo o território do Luxemburgo. 

(…)

As temperaturas extremas perduram semanas a fio, incluindo durante as noites, combinam-se com a baixa humidade e os ventos fortes (…) e no mundo rural português e galego conjugam-se com um barril de pólvora.

(…)

Foi nestes territórios que a difusão de uma espécie invasora e altamente combustível, o Eucalyptus globulus, serviu para criar uma indústria monstruosa (em tamanho e impacto) numa área muito pequena.

(…)

Portugal e a Galiza têm quase 1.500.000 hectares de eucaliptal, uma boa parte dos quais abandonados e que se expandem por invasão todos os anos.

(…)

A gestão mediática dos fogos pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, tem sido desastrosa.

(…)

Este conservador de direita posou para a imprensa em férias na praia, anunciou num comício de verão o regresso da Fórmula 1 ao país enquanto milhares de bombeiros lutavam pela vida e pelo menos três pessoas morriam.

(…)

O Governo de direita com o apoio da extrema-direita que se comprometeu em aumentar a despesa com gastos militares em mil milhões de euros em 2025 e aumentá-la até 2029, não tinha aviões de combate a incêndios.

(…)

Montenegro diz que “estamos em guerra e o país tem de vencer esta guerra”, mas é um exercício de inversão da realidade.

(…)

Os incêndios de 2025 são mais um massacre que era não só previsível como, nas atuais condições, inevitável.

(…)

[Estamos perante] decisões que garantem, em Portugal, Espanha ou nos outros países do mundo, o lucro de empresas destruidoras e a corrida rumo ao colapso climático.

(…)

As suas infraestruturas cospem anualmente milhares de toneladas de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa para a atmosfera.

(…)

O Governo demorou semanas a chamar apoio internacional.

(…)

O mesmo Governo junta-se à extrema-direita parlamentar e mediática para gritar que há cabalas de incendiários.

(…)

[Travar a crise climática em Portugal] implica um mundo rural com pessoas, a remoção de uma enorme parte do eucaliptal e a ocupação dos pelo menos 20% do território que estão abandonados.

(…)

Implica ainda pelo menos mais um milhão de pessoas a habitar o mundo rural.

(…)

Mas sem acabar com a indústria fóssil, esse esforço não servirá para nada.

(…)

[Mas] Montenegro alia-se com a extrema-direita do Chega para eleger como tema prioritário perseguir migrantes e precarizar o trabalho.

João Camargo, “Público” (sem link)

 

Têm-se multiplicado no espaço público as opiniões sobre o Anteprojeto de Lei da Reforma da Legislação Laboral (“Trabalho XXI”). 

(…)

Se os contratos a prazo apenas são admissíveis em situações de excecionalidade (…) o facto de agora se prever que os contratos a termo certo possam passar de uma duração máxima de dois anos (incluindo renovações) para três anos (…) constitui uma ilusão de estabilidade.

(…)

O anteprojeto elimina essa proibição (art. 338.ºA) [de impedir o recurso a mão de obra externalizada nos 12 meses subsequentes a um despedimento] como forma de facilitar os processos de restruturação empresarial.

(…)

Desconfia-se das mães que amamentam depois dos dois anos de idade da criança, limitando-se esse direito.

(…)

A falta por luto gestacional (art. 38.ºA) é revogada. [Isso] na impossibilidade de remuneração concedida ao pai por faltar ao trabalho num contexto de infortúnio familiar.

(…)

O alargamento do âmbito dos serviços mínimos (…) visa certamente enfraquecer a ação sindical.

(…)

No contexto da reforma atual, a suposta prioridade concedida a uma relação contratual entre estafetas e intermediários poderá configurar-se como uma forma de proteger as plataformas, predispostas que sempre têm estado para invisibilizar os indícios de laboralidade.

(…)

O anteprojeto cria enviesamentos, reforçando os desequilíbrios (que sempre existiram mas agora se acentuam) na relação entre capital e trabalho.

(…)

Sobressaem medidas favoráveis aos representantes do mundo empresarial e acentua-se a desvalorização do trabalho.

(…)

Enfraquecimento da contratação coletiva, ao suspender-se a arbitragem tendente a apreciar a denúncia da convenção coletiva, o que significa abrir caminho à caducidade.

(…)

Em resumo, o anteprojeto de lei distancia-se de uma visão para o mundo do trabalho pautada pela igualdade, dignidade e respeito pelo trabalho enquanto valor humano.

(…)

Estando dotada de um viés ideológico que não surpreende, a agenda “Trabalho XXI” está, no entanto, sem o querer, a instigar o campo sindical a promover a coesão que lhe tem faltado.

(…)

O movimento sindical não pode perder esta oportunidade para falar a uma só voz.

Hermes Augusto Costa, “Público” (sem link)

 

Do ponto de vista feminino, a paz não é só a ausência de guerra. É a presença de equidade, diálogo e propósito.

(…)

Não há paz possível onde a desigualdade cresce todos os dias, onde a violência contra mulheres e crianças persiste silenciosa, onde o racismo estrutura acessos, silencia vozes e define quem pode e quem não pode existir plenamente.

(…)

Acreditamos que política também se faz com afeto, presença e ação cotidiana. Essas são práticas de paz.

(…)

Porque manter a paz também é garantir acesso. É abrir espaço. É construir redes de apoio reais.

(…)

É permitir que mulheres racializadas, imigrantes, mães solo e tantas outras que vivem à margem deixem de apenas sobreviver. 

(…)

A ausência de paz mina o presente e adia o futuro.

(…)

Paz não é um conceito abstrato. É prática diária. 

(…)

Reconhecer que a paz começa quando cada uma de nós escolhe não se calar diante do que nos fere.

(…)

A paz não se impõe. Mas pode e precisa ser semeada. E nós [mulheres] sabemos fazer isso.

(…)

[Nós mulheres] acreditamos que um mundo mais justo, mais inteligente, mais humano começa pela coragem de escolher a paz.

Débora Fontes, “Público” (sem link)